"Prévia da inflação": IPCA-15 sobe 0,26% em junho e acumula alta de 5,27% em 12 meses

IndicadorValor
O valor do IPCA-15 HOJE está em0,26%
O IPCA-15 em 12 meses está em5,27%

IPCA-15 Acumulado últimos 12 meses

DataVariação em %Variação no AnoAcumulado 12 meses
2025/Junho0,263,065,27
2025/Maio0,362,805,40
2025/Abril0,432,435,49
2025/Março0,641,995,26
2025/Fevereiro1,231,344,96
2025/Janeiro0,110,114,50
2024/Dezembro0,344,714,71
2024/Novembro0,624,354,77
2024/Outubro0,543,714,47
2024/Setembro0,133,154,12
2024/Agosto0,193,024,35
2024/Julho0,32,824,45

O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial no país, subiu 0,26% em junho. O resultado veio novamente abaixo tanto da média histórica para o mês quanto das expectativas do mercado, que projetavam uma alta de 0,30%.

No acumulado de 12 meses, o índice recuou de 5,40% para 5,27%. Apesar da melhora, a inflação ainda segue acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Entre os nove grupos que compõem o índice, sete registraram alta, com destaque para Habitação, que subiu 1,08%, puxada principalmente pela aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 1. Em contrapartida, o grupo de Alimentação e Bebidas recuou 0,02%, encerrando uma sequência de nove meses consecutivos de alta.

Outro dado importante é a difusão da inflação — que mostra o percentual de itens que subiram de preço no mês. Esse indicador caiu de 66,49% para 57,77%.

Núcleos e serviços subjacentes

Os serviços subjacentes — que desconsideram preços mais voláteis e ajudam a mostrar a tendência da inflação — desaceleraram de 0,45% em maio para 0,42% em junho, mas ainda acumulam alta de 6,6% em 12 meses.

A média dos núcleos de inflação, outro indicador-chave para avaliar a persistência da inflação, também mostrou desaceleração no mês (de 0,40% para 0,31%), mantendo, no entanto, uma variação anual de 5,1%.

Inflação e juros altos por mais tempo

Assim como nos últimos três meses, o IPCA-15 de junho trouxe sinais positivos na leitura mensal: alta abaixo do esperado, desaceleração nos serviços subjacentes e nos núcleos, além de uma queda significativa na difusão. Um dado positivo tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo.

Por outro lado, a inflação acumulada em 12 meses segue acima do teto da meta e os núcleos continuam em patamares que ainda não convergem com o objetivo do Banco Central.

Esses fatores reforçam o comunicado do Banco Central, que sinalizou a manutenção da taxa de juros em patamar elevado por um período bastante prolongado — com projeções indicando manutenção em 15% a.a. ao menos até o fim de 2025.

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