Quem é Alexandre Bompard, CEO do Carrefour e protagonista da crise das carnes?

Alexandre Bompard, atual CEO do Carrefour, é uma figura de destaque no cenário empresarial global e na liderança do varejo francês.

Recentemente, ele esteve no centro de uma polêmica envolvendo o boicote à carne brasileira, o que gerou tensões diplomáticas e comerciais entre Brasil e França.

Graduado em Direito Público pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris e possui pós-graduação em Economia. Também concluiu sua formação na renomada Escola Nacional de Administração da França (ENA).

Após se formar, Bompard iniciou sua carreira na Inspeção Geral de Finanças da França (1999-2002) e, posteriormente, tornou-se assessor técnico do então Ministro dos Assuntos Sociais, Trabalho e Solidariedade, François Fillon, em 2003. Em 2004, migrou para o setor privado, onde ocupou cargos de destaque em grandes empresas, como Canal+ e Fnac Darty.

Entre 2011 e 2017, liderou a Fnac Darty, onde foi responsável pela abertura de capital da empresa e pela aquisição do Grupo Darty.

Em julho de 2017, assumiu o comando do Carrefour, com o desafio de reverter os resultados da rede varejista na França.
Desde então, ele
também preside
a Fundação
Carrefour e, a
partir de 2023,
assumiu a
liderança da
Federação do
Comércio e da
Distribuição (FCD)
da França.

A estrutura do pagamento inclui:

salário fixo: 1,6 milhão de euros anuais;

parte variável: pode chegar a até 190% do valor fixo, dependendo do desempenho da empresa, o que equivale a 3,04 milhões de euros;

ações de longo prazo: 55% da remuneração total é destinada a um plano de ações que garante retorno futuro ao executivo.

Para o ano de 2023, de acordo com o jornal francês l'Opinion, seu salário foi de 4,5 milhões de euros, além de um plano de ações no valor de 5,3 milhões de euros, elevando sua remuneração total a 9,8 milhões de euros.

Qual o salário de Alexandre Bompard no Carrefour?

A recente crise envolvendo o Carrefour começou quando Bompard anunciou que a empresa deixaria de comprar carnes do Mercosul para as operações francesas.

A decisão foi vista como um apoio às pressões de agricultores franceses contrários ao acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, firmado em 2019.

Eles argumentam que a importação de produtos agropecuários do Mercosul, como carnes, aves e açúcar, sem tarifas, prejudicaria a produção local e poderia trazer riscos sanitários.

Vale ressaltar que a operação brasileira é essencial para o Carrefour: o Brasil representa o segundo maior mercado da empresa, perdendo apenas para a França.

Essa não é a primeira crise enfrentada por Alexandre Bompard no comando do Carrefour.

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