Onde investir com a Selic a 13%? Estratégias de ações para 2025

Saiba como a alta da Selic afeta o mercado de ações e descubra quais investimentos são recomendados para períodos de juros altos. Entenda quais ações se destacam e como preparar seu portfólio para 2025

Bruce Barbosa 28/10/2024 11:45 4 min

Com a taxa Selic projetada para chegar a 13% em 2025, o cenário econômico brasileiro se torna desafiador para investidores. Juros altos trazem impactos significativos para o mercado de ações, tornando-o mais volátil e exigindo uma estratégia de investimento mais cautelosa. Neste artigo, exploraremos as melhores opções de investimento nesse contexto, com destaque para ações que continuam atrativas mesmo em meio ao aumento da taxa básica de juros.

Investidores buscam alternativas que ofereçam segurança e rentabilidade, seja em ações de empresas bem estabelecidas, que pagam dividendos, ou na renda fixa. Saiba como proteger seu portfólio e fazer escolhas estratégicas em um cenário de incertezas.

Impacto da Selic alta no mercado de ações

Com a Selic a 13%, o mercado de ações enfrenta um ambiente desafiador, com menor fluxo de capital e preferência por investimentos de curto prazo. Muitos investidores tendem a migrar para a renda fixa, como o CDI, em busca de segurança e retorno imediato, o que afeta o desempenho de várias empresas listadas em bolsa. Esse cenário de aversão ao risco deixa menos espaço para empresas que não entregam resultados visíveis no curto prazo.

Além disso, o mercado está cada vez mais exigente, priorizando ações de empresas com lucros consistentes e alta visibilidade de resultados. Empresas que apresentam bons dividendos e têm perspectivas de crescimento imediato são mais atraentes nesse contexto.

Ações que desafiam a Selic alta

Mesmo com a Selic alta, existem empresas que se destacam e continuam sendo procuradas pelos investidores devido aos resultados sólidos. Entre elas, podemos citar o Banco Inter, que apresentou um aumento de lucro de aproximadamente 200% ano a ano.

Mesmo em um ambiente adverso, empresas que mostram lucros crescentes e pagam dividendos consistentes conseguem manter a atratividade, muitas vezes superando a rentabilidade da renda fixa.

Outros exemplos são empresas como Petrobras e Fras-le, que possuem alta visibilidade de resultados e apresentam retornos atrativos. Essas empresas oferecem dividendos elevados e têm uma estratégia de negócios que compensa a volatilidade do mercado.

Como o investidor deve selecionar ações em tempos de juros altos?

Em tempos de juros elevados, o mercado se torna impaciente com ações que têm resultados a longo prazo. Investidores devem focar em empresas que conseguem mostrar resultados imediatos e têm um histórico consistente de distribuição de dividendos. Companhias que conseguem remunerar o acionista no curto prazo ganham preferência, enquanto ações que dependem de crescimento futuro tendem a ser menos valorizadas.

Além disso, é fundamental avaliar a solidez financeira das empresas e seu setor de atuação. Empresas cíclicas, que sofrem mais com a variação da economia, podem ter mais dificuldade em um cenário de juros altos. Setores como o de bancos e energia, que tendem a ter maior estabilidade, podem ser boas opções para um portfólio defensivo.

Vale a pena investir em renda fixa com a Selic a 13%?

Com a Selic em patamares elevados, a renda fixa se torna extremamente atrativa. Títulos prefixados e indexados à inflação, como as NTN-Bs (ou IPCA+), oferecem rentabilidade garantida e segurança, sendo alternativas interessantes para quem busca menos volatilidade. A rentabilidade desses títulos chega a superar 6,5%, dependendo do prazo, tornando-os competitivos frente a muitas ações.

No entanto, o investidor deve considerar o impacto de longo prazo na renda variável. Se houver expectativas de redução dos juros nos próximos anos, o mercado acionário pode voltar a se valorizar, o que tornaria a renda variável novamente interessante.

Estratégia de investimento para 2025: diversificação e cautela

Para enfrentar o cenário de 2025, o ideal é adotar uma estratégia diversificada, com foco em ativos de alta visibilidade e rentabilidade imediata. Além de ações de empresas sólidas que pagam bons dividendos, incluir uma parcela do portfólio em renda fixa pode ajudar a reduzir o risco. Com a possibilidade de crise política e econômica, ter investimentos defensivos é uma escolha prudente.

Por fim, é importante acompanhar de perto o mercado e ajustar a estratégia conforme novas informações surgirem. A Marília recomenda que os investidores se informem e adaptem seus portfólios com base em fatores como cenário político, câmbio e oportunidades no exterior.

Conclusão: foco em resultados imediatos e rentabilidade alta

Em tempos de Selic alta, o mercado favorece ações com resultados visíveis e dividendos altos.

Para 2025, a paciência do investidor será testada e os melhores retornos estarão em empresas que entregam resultados consistentes e têm perspectiva de crescimento de curto prazo. Além disso, a renda fixa surge como uma alternativa interessante para diversificação e proteção do portfólio.

Prepare-se para um ano desafiador, com foco em ativos de alta visibilidade e rentabilidade. Esse é o momento de ser estratégico, mantendo um olhar atento para as oportunidades que surgem em meio às dificuldades do mercado.

Tópicos Relacionados

Compartilhar

Background Page