O que fazer depois que acabou o caixa?

Avaliamos como agir na bolsa durante fortes recuos — oportunidade de comprar ações, realocação estratégica e dicas para não se perder no pânico do mercado

Nord Research 12/03/2020 17:19 3 min Atualizado em: 01/10/2025 12:02

Quando o mercado entra em purgatório de quedas bruscas — como aconteceu recentemente com múltiplos circuit breakers — muitos investidores ficam sem saber o que fazer. Nós explicamos por que esse momento pode ser uma oportunidade de comprar ações, mostra como realocar sua carteira com inteligência e evita decisões guiadas pelo medo.

Por que essas quedas ocorrem

O mercado caiu com força nos últimos dias por três fatores principais:

  • Medo gerado pelo coronavírus, que traz incerteza global.
  • Colapso nos preços do petróleo, depois do rompimento de acordos entre grandes produtores.
  • Ruídos políticos e fiscais internos, como disputas no Congresso que elevam a instabilidade.

Esses elementos se combinaram para provocar uma forte aversão ao risco e vendas intempestivas no mercado.

Circuit breaker: o que representa no cenário atual

Ter dois circuit breakers no mesmo dia é algo incomum — o último registro semelhante ocorreu em 2008. Esse mecanismo acontece quando o Índice Bovespa recua cerca de 10% ou 20% numa sessão, gerando interrupções para evitar pânico exacerbado.

No dia em questão, estávamos muito próximos de um terceiro circuit breaker, o que reforçou o temor no mercado.

O que fazer se você tiver caixa: aproveite para comprar

Para quem ainda tem caixa parado, esse é um momento ideal para aproveitar bons preços.

  • A bolsa passou a negociar a ~12 vezes lucro, muito abaixo de patamares anteriores.
  • O conselho não é “tentar acertar o timing exato”, mas sim “comprar consistentemente quando cai”.
  • Se surgir nova baixa, ótimo — você pode comprar mais. Se não, terá entradas já posicionadas.

E se você não tiver caixa? Realoque com estratégia

Se seu caixa já foi utilizado, ainda há como agir:

  • Rebalanceie sua carteira — se sua posição em ações ultrapassou o percentual estratégico desejado, venda parte para restaurar o equilíbrio.
  • Troque ativos de menor convicção por empresas que você acredita mais e que tenham sofrido quedas maiores.
  • Evite vender no desespero — priorize movimentações baseadas em convicção e análise, não em pânico.

O papel psicológico: sua maior arma ou inimiga

Tomar decisões guiadas pelo medo ou pela euforia pode custar caro.

  • Mantenha convicção nas empresas em que você acredita.
  • Não invista em negócios que você não compreende.
  • Tenha um “estoque psicológico” para suportar volatilidades sem perder a racionalidade.

Exemplos que ilustram a oportunidade

  • Movida — apresentou alta expressiva de resultados, mesmo caindo no mercado.
  • CVC — negociando a múltiplos baixos, com potencial de recuperação.
  • Banco do Brasil — cotado a poucas vezes sobre o patrimônio líquido, mesmo com lucros recentes elevados.

Esses casos mostram como ativos sólidos podem ficar “em promoção” em momentos de crise.

Risco e retorno: como balancear

Empresas com maior potencial costumam ter maior risco. Compare o risco de falha (dificuldades operacionais, modelagem contábil, instabilidade) com o potencial de valorização no curto e longo prazo. No momento atual, muitas dessas empresas estão precificadas de forma que o upside (ganho possível) supera amplamente o downside (risco de queda adicional).

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