Guilherme Foureaux fala sobre fundos multimercado e Selic
Gestor da Paineiras explica estratégias em fundos multimercado, cenário de juros e perspectivas econômicas para o Brasil
A convite da Nord, Guilherme Foureaux, sócio e gestor da Paineiras Investimentos, fala sobre sua trajetória profissional, a filosofia de gestão de fundos multimercado e o panorama macroeconômico atual. Ele aborda desde estratégia de alocação até cenários para a bolsa, juros e câmbio.
Trajetória profissional e formação da Paineiras Investimentos
Guilherme iniciou sua carreira em 2006 no Banco Modal e, em 2010, mudou-se para o Banco Fibra em São Paulo.
Em 2013, voltou ao Modal Asset como gestor de renda fixa antes de fundar seu próprio fundo, que cresceu de R$ 10 milhões para R$ 65 milhões. Em 2018, esse fundo foi incorporado pela Paineiras, onde ele é sócio e gestor.
Filosofia de investimento e estrutura da gestora
A Paineiras é uma das gestoras mais antigas do Rio de Janeiro, com 12 anos de atuação e sócios com mais de 30 anos trabalhando juntos. A gestora administra R$ 1,6 bilhão, sendo cerca de 30% dos recursos provenientes dos próprios sócios, alinhando interesses entre gestores e investidores.

Estratégia de fundo multimercado único e simplicidade operacional
Utilizam uma única estratégia multimercado, sem obrigação de manter posições por pressão externa. A simplicidade operacional permite entradas e saídas rápidas conforme o cenário muda, com instrumentos como derivativos e ativos de forma direta e ágil.
Histórico de crises enfrentadas e resiliência estratégica
O fundo passou por crises como a de 2008, a crise europeia de 2011, e episódios de volatilidade cambial, mantendo histórico consistente. A estrutura permite adaptação rápida sem mudar nome ou estratégia.
Desafios com juros baixos e relevância dos fundos multimercado
Com a Selic em níveis baixos, produtos de baixa volatilidade enfrentam dificuldades para entregar retornos atrativos. Estratégias precisam repensar taxa de administração e retorno para valer a pena — os multimercados oferecem flexibilidade e adaptação.
Alocação macro: bolsa, câmbio e derivativos como diferenciais
A Paineiras opera bolsa de forma macro (índice, opções), com alocações entre 15–20% em ações e 5–12% em dólar. Também utilizam ouro e derivativos americanos como proteção e diversificação do portfólio.
Efeito da reforma da Previdência e cenário de curto prazo
Se a reforma avançar antes do recesso, pode liberar espaço para quedas dos juros e valorização da bolsa. Mesmo com incertezas, o avanço da pauta sinaliza redução de risco político e melhora no ambiente financeiro.
Visão sobre economia global: Fed, taxa de juros e dólar
O Fed pode propor um corte gradual de juros, o que poderia afrouxar a liquidez global. Expectativas de dólar mais fraco no mundo, se realocação for defensável, favorecem ativos locais e compensação de diferencial de juros.
Estrutura de taxas “2 e 20” explicada
A gestora cobra 2% de administração e 20% sobre performance acima do CDI, modelo global que tende a evoluir conforme juro local reduzido torna recompensas por performance mais justificáveis.
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