Problemas do Banco do Brasil (BBAS3) e o que investidores devem saber
Entenda os riscos de investir no Banco do Brasil (BBAS3), seus desafios com crédito e comparação com outros bancos
Nos últimos meses, muitos investidores voltaram os olhos para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), principalmente após uma queda significativa em seu preço. Apesar disso, especialistas alertam: o momento pode não ser ideal para apostar na estatal. Entenda por que o cenário do banco é preocupante e quais os riscos por trás dessa decisão de investimento.
Lucro em queda e revisão de projeções
O lucro do Banco do Brasil caiu cerca de 21% no último trimestre. Embora o mercado já esperasse um resultado ruim, os números vieram piores do que o esperado. Em contraste, bancos privados como Itaú e BTG apresentaram crescimento no lucro, o que reforça a desvantagem competitiva atual da estatal.
Além disso, o Banco do Brasil colocou em revisão projeções importantes, como lucro líquido, margem financeira bruta e custo do crédito. Essa atitude indica incertezas profundas na operação do banco.

Crédito e inadimplência preocupam
Um dos principais problemas enfrentados é a inadimplência. Como os bancos trabalham com ciclos de crédito longos, os calotes que o Banco do Brasil está enfrentando hoje podem ser reflexo de empréstimos concedidos há um ou dois anos. A instituição ainda precisa reavaliar a qualidade dessa "safra" de crédito, o que pode gerar impactos nos próximos trimestres.
Comparativo com Bradesco e Itaú
O Bradesco passou por situação semelhante há cerca de dois anos e até hoje não conseguiu retomar plenamente sua lucratividade. Já o Itaú, com um modelo mais digital e ágil, continua entregando crescimento sólido e consistente no lucro, com rentabilidade (ROE) acima de 22%.
Dividendos: vale a pena pela renda?
O principal atrativo do Banco do Brasil sempre foram os dividendos, que giram em torno de 10% ao ano. No entanto, o Itaú também oferece retorno semelhante com dividendos (em torno de 7%), mas com muito menos risco e maior estabilidade nos resultados. O Bradesco, mesmo com queda no lucro, ainda paga cerca de 9% em dividendos.
Crescimento das fintechs e perda de mercado
Fintechs como Nubank e Banco Inter têm crescido de forma acelerada, com lucros acima de 50% no trimestre. Esse crescimento ocorre à custa dos bancos tradicionais, incluindo o Banco do Brasil e o Bradesco. Isso mostra que o setor bancário tradicional está sob forte pressão competitiva, especialmente aqueles que não se modernizaram.
Conclusão: qual risco você quer assumir?
Investir em ações é escolher os riscos que se está disposto a correr. Embora o Banco do Brasil esteja barato sob a ótica do múltiplo preço/lucro, o risco operacional, político e de crédito faz com que o investimento seja mais arriscado. Já o Itaú, mesmo negociando com múltiplos maiores, oferece maior previsibilidade, estrutura moderna e gestão eficiente.
Se a escolha é entre um banco estatal com incertezas no balanço ou um banco privado com resultados consistentes, a decisão deve considerar muito mais do que o preço da ação.
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