Desvalorização do dólar: entenda os impactos nos seus investimentos
O dólar está em queda. Veja por que isso está acontecendo, os efeitos sobre a economia global e como afeta seus investimentos
A desvalorização do dólar tem surpreendido muitos investidores e levantado dúvidas sobre os reais impactos dessa movimentação no mercado financeiro global. O que está por trás dessa queda e como isso pode afetar seus investimentos, especialmente em empresas como Petrobras? Acompanhe a análise a seguir.
Por que o dólar está caindo?
A principal razão para a recente queda do dólar é o aumento dos gastos do governo americano, impulsionado por políticas expansionistas promovidas por Donald Trump. Apesar da taxa de juros elevada nos Estados Unidos, o excesso de gastos públicos, somado à desaceleração econômica, tem enfraquecido a moeda americana.
A economia americana está mostrando sinais de desaceleração. Embora ainda não se fale em recessão, a perda de ritmo é evidente em dados como a geração de empregos. Esse enfraquecimento diminui a atratividade de investimentos nos EUA, reduzindo o fluxo de capital estrangeiro e pressionando o dólar para baixo.

Dólar fraco no mundo todo, não só no Brasil
É importante destacar que a queda do dólar não está relacionada diretamente com o desempenho da economia brasileira.
O dólar tem perdido força frente a diversas moedas globais. O índice DXY, que mede o dólar frente a uma cesta de moedas como o euro e o iene, confirma essa tendência de enfraquecimento mundial da moeda americana.
Impacto da política fiscal americana
Além dos gastos crescentes, o plano de Trump de reduzir impostos agrava ainda mais o déficit fiscal. Isso aumenta a percepção de risco, gera inflação e dificulta a redução dos juros pelo Federal Reserve, o que pressiona a moeda americana ainda mais. O mercado, que trabalha com expectativas futuras, já precificou parte desses riscos, refletindo a desvalorização atual.
E a Petrobras com isso?
A Petrobras, por sua vez, tem enfrentado um cenário adverso. A combinação de dólar e petróleo em queda afeta diretamente seus lucros.
Mesmo com aumento na produção, a estatal viu sua geração de caixa diminuir. Para piorar, aumentou seus investimentos em áreas com retorno menor, como refino e gás, em vez de focar na exploração, que historicamente oferece melhores resultados.
Além disso, a empresa iniciou um novo ciclo de investimentos na margem equatorial, região promissora, mas que exigirá bilhões de reais — o que deve reduzir ainda mais os dividendos pagos aos acionistas.
Vale a pena incluir a Petrobras na carteira de investimentos?
Para quem busca dividendos elevados, a Petrobras ainda pode oferecer oportunidades, mas o cenário de médio prazo é desafiador. A tendência é de dividendos menores, ao menos enquanto durar o ciclo de investimentos e a queda no preço do petróleo.
As alternativas mais previsíveis são empresas como BB Seguridade, que têm boa rentabilidade, previsibilidade e menor exposição à volatilidade do mercado internacional ou à interferência política.
O papel das eleições no cenário futuro
Por fim, a política brasileira também terá papel importante nos rumos do dólar. Por ora, o câmbio reflete principalmente fatores externos, mas a depender dos desdobramentos eleitorais, o real pode se fortalecer ainda mais — ou voltar a se enfraquecer, se houver perda de confiança na política fiscal local.
Quer proteger sua carteira e ainda receber rendimentos consistentes, mesmo diante da desvalorização do dólar?
Com a Nord Dividendos, você investe em empresas sólidas que pagam dividendos regulares e têm previsibilidade na geração de caixa, como BB Seguridade e outras líderes do mercado.