Análise de ações Brasil 2025: visão de João Braga no Skin in the Game #81
Uma conversa sobre valuation, fluxo de capital estrangeiro, empresas com forte potencial como Arezzo e Inter, além do papel da tecnologia na análise de investimentos
A análise de ações Brasil 2025 foi o foco do episódio 81 do programa Skin in the Game, com a participação de João Braga, sócio e analista de investimentos da Encore Asset Manegement.
Com mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro, ele compartilhou uma visão otimista sobre o cenário atual e os motivos que o fazem acreditar que este é um dos momentos mais favoráveis da sua carreira para investir em ações brasileiras.
Por que 2025 é um bom ano para investir em ações brasileiras?
Segundo João, o mercado está extremamente focado no curto prazo, o que cria oportunidades para quem tem um horizonte de longo prazo e um passivo que permite explorar essa arbitragem temporal.
A combinação de valuations descontados, resultados corporativos consistentes e mudanças no cenário internacional abre espaço para uma realocação de capital global em direção aos mercados emergentes, especialmente o Brasil.
Os 7 motivos para otimismo com a bolsa brasileira
João destaca sete motivos que sustentam seu otimismo. O primeiro é o nível de posicionamento extremamente baixo: fundos, investidores locais e estrangeiros estão pouco expostos à bolsa brasileira.
O segundo é o valuation historicamente barato, com múltiplos inferiores aos de períodos críticos como 2015 ou 2008.
O terceiro é o crescimento do PIB acima das expectativas desde 2020, sustentado por estímulos e reformas estruturantes.
Em quarto lugar, ele aponta o fim do ciclo de alta de juros, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o que pode impulsionar os ativos de risco.
O quinto ponto é o bom desempenho das empresas, mesmo com Selic em 13,75% ou mais. João explica que os resultados do primeiro e segundo trimestres de 2025 superaram expectativas, dando ainda mais confiança para manter posições.
O sexto ponto é o movimento de diversificação global, com investidores buscando alternativas fora dos Estados Unidos. E por fim, o sétimo é o ciclo político, com eleições se aproximando, que podem impulsionar a bolsa caso surjam candidatos com propostas mais favoráveis ao mercado.
Na construção de sua carteira, João tem apostado em empresas com forte potencial de valorização no médio e longo prazo.
Onde investir agora
Entre os cases, destaca Arezzo (agora Azzas 2154), que negocia a múltiplos de lucro muito baixos mesmo com resultados sólidos e potencial de crescimento internacional. Outro case importante é Inter (INBR32), que conseguiu um diferencial com o consignado privado e tem ROE crescente.
João ainda mantém posição em PRIO (PRIO3), mesmo com o papel andando de lado, por considerar o retorno de caixa expressivo, mesmo com o preço do petróleo estável. Ele destaca que o lifting cost baixo garante resiliência e que, no cenário de valorização, o upside é relevante.
O papel da tecnologia e dados na análise de investimentos
Outro ponto abordado no programa é a forma como a Encore utiliza dados e tecnologia na gestão. João explica que a empresa investe em dados alternativos, inteligência artificial e dashboards próprios para aprimorar a análise das empresas e entender movimentos antes de eles se refletirem nos preços.
Segundo ele, essa abordagem mais técnica e fundamentada tem sido um diferencial na hora de captar investidores estrangeiros e melhorar as decisões de alocação.
Assista ao vídeo completo e entenda, direto com João Braga, por que 2025 pode ser o melhor ano para investir na bolsa brasileira.
