Vibra (VBBR3) tem lucro 43% menor no 2T25. Vale a pena comprar ações?
A companhia teve um lucro líquido de R$ 493 milhões no trimestre. Veja receita, Ebitda e perspectivas da companhia para 2025
A Vibra (VBBR3) reportou resultados acima do consenso de mercado no 2T25, alcançando uma receita líquida de R$ 45,8 bilhões, representando um crescimento de +8%. O Ebitda foi de R$ 1,5 bilhão, baixa de -5%, e o lucro líquido atingiu R$ 493 milhões, uma queda de -43%, com todos os resultados comparados ao mesmo período do ano anterior.
Volume de vendas e margens
A Vibra reportou um volume de vendas de 8,7 milhões de m³ no 2T25, baixa de -1% em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para o crescimento de +6% em Lubrificantes, que atingiu o maior nível desde 2020.
Apesar do aumento na receita líquida, as margens mais baixas de comercialização e a perda com inventários de produtos contribuíram para que o lucro bruto, de R$ 2,2 bilhões, permanecesse estável no trimestre.
Ebitda ajustado e endividamento
Já suas despesas operacionais apresentaram um crescimento de +28%. Com os efeitos não recorrentes de recuperações tributárias e vendas de imóveis, o Ebitda ajustado (desconsidera os efeitos de recuperações tributárias extraordinárias) teve uma baixa de -5%, totalizando R$ 1,5 bilhão, com margem Ebitda de R$ 143/m³. Desconsiderando esses efeitos não recorrentes, o Ebitda ajustado recorrente foi de R$ 1 bilhão (R$ 113/m³), uma redução de -28%.
Assim, com o resultado financeiro (negativo) subindo +159%, o lucro líquido ajustado ficou em R$ 493 milhões, baixa de -43% no período.
Por fim, o seu endividamento líquido atingiu R$ 21 bilhões (+102%), impactado pela aquisição dos 50% restantes da Comerc. Com isso, sua alavancagem (dívida líquida/Ebitda) ficou em 1,8x (vs. 0,9x no 2T24). Porém, sem os efeitos não recorrentes de recuperações tributárias extraordinárias, a alavancagem foi de 2,9x.
Quais as perspectivas para a Vibra Energia em 2025?
Apesar dos desafios que vem enfrentando, como cenário macroeconômico desafiador, excesso de oferta de combustíveis, demanda menor que o esperado e efeitos do mercado clandestino, a Vibra tem se destacado no mercado de distribuição de combustíveis, superando desafios e alcançando novos patamares consistentes de margens e redução da volatilidade.
Paralelamente, seguirá focada no crescimento das cinco áreas estratégicas anunciadas em seu Investor Day: alcançar a liderança no setor de postos de gasolina, ampliar a oferta no segmento B2B, expandir a capacidade logística, conquistar o primeiro lugar em lubrificantes e continuar avançando em energias renováveis.
Mesmo posicionada em um setor previsível e resiliente, não temos recomendação de compra para VBBR3 no Nord Dividendos.