Vibra (VBBR3) reporta queda de -24% no lucro líquido no 1T25
A companhia teve um lucro líquido de R$ 601 milhões no trimestre; veja nossos comentários sobre o 1T25

A Vibra (VBBR3) reportou resultados em linha com o consenso de mercado no 1T25, alcançando uma receita líquida de R$ 45 bilhões, representando um crescimento de +13%. O Ebitda foi de R$ 2 bilhões, alta de +44%, e o lucro líquido atingiu R$ 601 milhões, uma queda de -24%, com todos os resultados comparados ao mesmo período do ano anterior.

A Vibra reportou um volume de vendas de 8,4 milhões de m³ no 1T25, baixa de -2% em relação ao mesmo período do ano anterior, com quedas de -15% no etanol e -48% no óleo combustível, que foram parcialmente compensadas pela alta de +5% no diesel.
Apesar do menor volume de venda, as melhores margens de comercialização e ganhos operacionais contribuíram para um aumento de +15% em seu lucro bruto, que atingiu R$ 2,6 bilhões no trimestre.
Já suas despesas operacionais apresentaram um crescimento de +34%. Com os efeitos não recorrentes de recuperações tributárias e vendas de imóveis, o Ebitda teve uma alta de +44%, totalizando R$ 2 bilhões, com margem Ebitda de R$ 215/m³. Desconsiderando esses efeitos, a margem Ebitda ajustada recorrente foi de R$ 164/m³.
Assim, com o resultado financeiro (negativo) subindo +101%, o lucro líquido ficou em R$ 601 milhões, baixa de -24% no período.
Por fim, o seu endividamento líquido atingiu R$ 21 bilhões (+93%), impactado pela aquisição dos 50% restantes da Comerc. Com isso, sua alavancagem (dívida líquida/Ebitda) ficou em 1,8x (vs. 1,1x no 1T24). Porém, sem os efeitos não recorrentes, a alavancagem deverá alcançar 2,5x.

Quais as perspectivas para a Vibra Energia em 2025?
Apesar dos desafios que vem enfrentando, como cenário macroeconômico desfavorável, excesso de oferta de combustíveis, demanda menor que o esperado e efeitos do mercado clandestino, a Vibra tem se destacado no mercado de distribuição de combustíveis, superando desafios e alcançando novos patamares consistentes de margens e redução da volatilidade.
Além disso, mesmo com o aumento da alavancagem após a aquisição da Comerc, a companhia pretende continuar em busca da distribuição de dividendos elevada, com payout (distribuição dos lucros) de 40%.
Paralelamente, seguirá focada no crescimento das cinco áreas estratégicas anunciadas em seu Investor Day: alcançar a liderança no setor de postos de gasolina, ampliar a oferta no segmento B2B, expandir a capacidade logística, conquistar o primeiro lugar em lubrificantes e continuar avançando em energias renováveis.
Dividendos e JCP de Vibra
A companhia não anunciou novas distribuições de proventos. O dividend yield da Vibra Energia dos últimos 12 meses é de 9,5%.
Vale a pena comprar ações da Vibra Energia (VBBR3)?
Mesmo posicionada em um setor previsível e resiliente, seguimos recomendando “aguardar” para VBBR3 no Nord Dividendos.

