VGIR11 é o fundo imobiliário para turbinar seus dividendos em 2025
VGIR11 é um fundo com 97,6% do PL alocado em CRIs, boa parte originado do segmento residencial, com uma taxa média de CDI + 4,79% a.a. e DY bastante atrativo
Os fundos imobiliários de papel atrelados ao CDI se destacaram diante dos aumentos da Taxa Selic nas reuniões do início do ano do Copom.
Este é o caso do Valora CRI CDI (VGIR11), que, segundo minha estimativa, pode entregar um rendimento em torno de R$ 1,60 a R$ 1,70 por cota nos próximos 12 meses, equivalente a um yield de aproximadamente 17% com base no preço atual.

Sobre o Fundo
O VGIR11 é um fundo de papel gerido pela Valora Investimentos e que investe seus recursos predominantemente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com foco em operações atreladas ao CDI, buscando oferecer aos cotistas rendimentos superiores ao indexador.
Atualmente, a maior parte de seu patrimônio líquido (97,6%) está alocada em 53 operações de CRIs com risco de crédito intermediário, enquanto os 2,4% restantes estão mantidos em caixa.

Além disso, as suas operações estão atreladas principalmente ao segmento residencial (76%) e contam, em grande parte, com garantias robustas, como a alienação fiduciária de terrenos e imóveis, além de cotas de SPEs detidas pelas incorporadoras.

O Loan-To-Value (LTV) médio ponderado da sua carteira é de cerca de 63%. Em outras palavras, o valor dos ativos dados como garantia nas operações equivale, em média, a 1,59 vezes o saldo devedor dos recebíveis, oferecendo maior segurança aos cotistas caso seja necessário executar essas garantias.
Lembrando que o LTV é um indicador que mede a relação entre o valor do saldo devedor do empréstimo e o valor estimado dos ativos dados em garantia na operação. Portanto, quanto menor, melhor.
Outro ponto que me chama a atenção no VGIR11 é o seu foco em operações exclusivas, geralmente estruturadas pela própria gestora, o que proporciona maior controle sobre a estruturação, precificação e acompanhamento dos CRIs.
Essa estratégia resulta em uma carteira amplamente composta por CRIs de ofertas exclusivas para investidores profissionais, que, em geral, oferecem uma relação risco-retorno mais atrativa em comparação às opções disponíveis nas plataformas das corretoras.
Ponto de atenção
O principal ponto de atenção em relação a fundos de papel está no risco de crédito de suas operações. Afinal, em casos de inadimplência ou default, não apenas a renda, mas também parte do patrimônio desses fundos pode ser comprometida.
Com o VGIR11, não é diferente. Apesar das boas garantias oferecidas, é essencial considerar esse risco antes de investir no Fundo, especialmente porque sua carteira apresenta certa concentração direta ou indireta em alguns riscos específicos, com destaque para a Helbor.
Fundada em 1977, a incorporadora possui foco em empreendimentos residenciais e comerciais, atuando em diversos estados brasileiros. A Helbor é uma empresa listada, facilitando o monitoramento de seu risco de crédito.
Por fim, as taxas médias dos CRIs giram em torno de CDI + 4,79% a.a. (100%), o que entendo ser um excelente patamar de remuneração frente ao risco e à duration de apenas 1,8 anos da carteira.
Nossa recomendação
A nossa recomendação de COMPRA de VGIR11 está pautada nos seguintes pilares: (i) excelente liquidez no mercado secundário; (ii) portfólio composto por operações com risco de crédito controlado e garantias robustas; (iii) spread médio líquido bastante atrativo, considerando os riscos e as durations das operações; e (iv) maior exposição a CDI+ em um cenário Selic elevada.
Conforme antecipado, o principal ponto de atenção em relação ao Fundo é a concentração da carteira em alguns riscos específicos.
Essa situação demanda monitoramento constante e justifica uma exposição mais conservadora ao Fundo, limitada a um máximo de 5% da carteira de FIIs, especialmente no cenário atual.
Por fim, a expressiva desvalorização dos FIIs nos últimos meses destaca a importância de uma estratégia bem estruturada de diversificação, essencial para mitigar os impactos das oscilações e proteger o portfólio contra volatilidades excessivas.
Além disso, alinhar os investimentos ao seu perfil de risco e objetivos financeiros é indispensável.

