VGIR11 é o fundo imobiliário para turbinar seus dividendos em 2025

VGIR11 é um fundo com 97,6% do PL alocado em CRIs, boa parte originado do segmento residencial, com uma taxa média de CDI + 4,79% a.a. e DY bastante atrativo

Otmar Schneider 18/09/2025 17:48 4 min
VGIR11 é o fundo imobiliário para turbinar seus dividendos em 2025

Os fundos imobiliários de papel atrelados ao CDI se destacaram diante dos aumentos da Taxa Selic nas reuniões do início do ano do Copom.

Este é o caso do Valora CRI CDI (VGIR11), que, segundo minha estimativa, pode entregar um rendimento em torno de R$ 1,60 a R$ 1,70 por cota nos próximos 12 meses, equivalente a um yield de aproximadamente 17% com base no preço atual.

Sobre o Fundo

O VGIR11 é um fundo de papel gerido pela Valora Investimentos e que investe seus recursos predominantemente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com foco em operações atreladas ao CDI, buscando oferecer aos cotistas rendimentos superiores ao indexador.

Atualmente, a maior parte de seu patrimônio líquido (97,6%) está alocada em 53 operações de CRIs com risco de crédito intermediário, enquanto os 2,4% restantes estão mantidos em caixa.

  Alocação por ativos. Fonte: Valora

Além disso, as suas operações estão atreladas principalmente ao segmento residencial (76%) e contam, em grande parte, com garantias robustas, como a alienação fiduciária de terrenos e imóveis, além de cotas de SPEs detidas pelas incorporadoras.

 Alocação por indexador. Fonte: Valora

O Loan-To-Value (LTV) médio ponderado da sua carteira é de cerca de 63%. Em outras palavras, o valor dos ativos dados como garantia nas operações equivale, em média, a 1,59 vezes o saldo devedor dos recebíveis, oferecendo maior segurança aos cotistas caso seja necessário executar essas garantias.

Lembrando que o LTV é um indicador que mede a relação entre o valor do saldo devedor do empréstimo e o valor estimado dos ativos dados em garantia na operação. Portanto, quanto menor, melhor.

Outro ponto que me chama a atenção no VGIR11 é o seu foco em operações exclusivas, geralmente estruturadas pela própria gestora, o que proporciona maior controle sobre a estruturação, precificação e acompanhamento dos CRIs. 

Essa estratégia resulta em uma carteira amplamente composta por CRIs de ofertas exclusivas para investidores profissionais, que, em geral, oferecem uma relação risco-retorno mais atrativa em comparação às opções disponíveis nas plataformas das corretoras.

Ponto de atenção

O principal ponto de atenção em relação a fundos de papel está no risco de crédito de suas operações. Afinal, em casos de inadimplência ou default, não apenas a renda, mas também parte do patrimônio desses fundos pode ser comprometida.

Com o VGIR11, não é diferente. Apesar das boas garantias oferecidas, é essencial considerar esse risco antes de investir no Fundo, especialmente porque sua carteira apresenta certa concentração direta ou indireta em alguns riscos específicos, com destaque para a Helbor.  

Fundada em 1977, a incorporadora possui foco em empreendimentos residenciais e comerciais, atuando em diversos estados brasileiros. A Helbor é uma empresa listada, facilitando o monitoramento de seu risco de crédito. 

Por fim, as taxas médias dos CRIs giram em torno de CDI + 4,79% a.a. (100%), o que entendo ser um excelente patamar de remuneração frente ao risco e à duration de apenas 1,8 anos da carteira.

Nossa recomendação

A nossa recomendação de COMPRA de VGIR11 está pautada nos seguintes pilares: (i) excelente liquidez no mercado secundário; (ii)  portfólio composto por operações com risco de crédito controlado e garantias robustas; (iii) spread médio líquido bastante atrativo, considerando os riscos e as durations das operações; e (iv) maior exposição a CDI+ em um cenário Selic elevada.

Conforme antecipado, o principal ponto de atenção em relação ao Fundo é a concentração da carteira em alguns riscos específicos.

Essa situação demanda monitoramento constante e justifica uma exposição mais conservadora ao Fundo, limitada a um máximo de 5% da carteira de FIIs, especialmente no cenário atual.

Por fim, a expressiva desvalorização dos FIIs nos últimos meses destaca a importância de uma estratégia bem estruturada de diversificação, essencial para mitigar os impactos das oscilações e proteger o portfólio contra volatilidades excessivas.

Além disso, alinhar os investimentos ao seu perfil de risco e objetivos financeiros é indispensável. 

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