Lucro da Vale (VALE3) aumenta 6% no 2º trimestre. Veja os resultados
Vale reporta resultados mais fracos no 2T25, mas melhores que as expectativas do mercado; mineradora ainda anuncia proventos no valor de R$ 1,89 por ação
Como já era esperado pelo mercado (após análise dos dados divulgados em sua prévia operacional), a Vale (VALE3) divulgou resultados mais fracos no 2T25, mas melhores que as expectativas do mercado.
Assim, suas ADRs (recibos das ações negociados na Bolsa americana) reagiram de forma neutra no after hours (pós-mercado) após a divulgação dos resultados, com leve alta de +0,1% (após terem caído mais de +1% ontem).
Resultado da Vale no 2T25
A Vale registrou uma produção de 83,6 milhões de toneladas de minério de ferro no 2T25, alta de +4%, com forte desempenho da planta de Brucutu e recorde de produção para um segundo trimestre no S11D. Já a produção de pelotas recuou -12%, enquanto cobre e níquel subiram respectivos +18% e +44%.
Já as vendas de seu principal produto foram na direção contrária, caindo -3%, devido à estratégia de otimização do portfólio de produtos, com concentração de minério na China (prazos de entrega mais longos) e recomposição de estoque após restrições de produção e embarque no 1T25. Enquanto isso, as vendas de cobre e níquel cresceram +17% e +21%, respectivamente.
Além da queda nas vendas, os preços realizados no período também foram menores, com os finos de minério de ferro sendo comercializados por US$ 85/tonelada (-13%) e as pelotas por US$ 134/tonelada (-15%). A baixa nos preços deve-se à diminuição dos preços de referência do minério de ferro no período. Já o preço do cobre ficou estável e o de níquel caiu -15%.
Assim, a receita da companhia totalizou US$ 8,8 bilhões no trimestre, baixa de -11% em relação ao mesmo período de 2024.
Seu custo caixa C1 (custo das operações da mina ao porto) caiu -11%, atingindo US$ 22 por tonelada. Ainda assim, o Ebitda proforma (exclui itens não recorrentes e inclui resultado de coligadas e empresas parceiras) foi de US$ 3,4 bilhões, contração de -14%, em função, principalmente, da desconsolidação da Vale Indonésia (PTVI).
Com o resultado financeiro positivo (beneficiado por efeitos cambiais) compensando o resultado operacional mais fraco, o lucro líquido proforma totalizou R$ 2,1 bilhões, alta de +6%. Quando desconsideramos impairments (redução do valor recuperável de um ativo) e despesas não recorrentes, o lucro líquido apresentou uma queda de -24%.
A geração de fluxo de caixa livre foi de US$ 1 bilhão, R$ 811 milhões mais alta, devido a uma menor variação de capital de giro e menor Capex. A empresa fechou o trimestre com uma alavancagem (dívida líquida/Ebitda) ainda em patamares confortáveis, de apenas 0,9x (vs. 0,5x no 2T24).
O que esperar de VALE3?
Apesar da recuperação recente, as ações da Vale acumulam queda de quase -2% em 2025. O movimento tímido pode ser explicado pela alta volatilidade dos preços das commodities e dos ativos de risco globais em meio às incertezas geradas pela guerra comercial em vigor.
As tensões entre EUA e China, porém, vêm esfriando, trazendo alívio para os mercados. Além disso, nos patamares atuais de preço do minério de ferro (US$ 100), a mineradora consegue manter uma alta geração de caixa livre, podendo beneficiar os resultados do segundo semestre de 2025.
VALE3 anuncia US$ 1,45 bilhão em JCP
Por fim, a Vale também anunciou seu pagamento semestral de JCP, no valor bruto de R$ 1,89 por ação (R$ 1,61 líquido), o que representa um dividend yield (neste pagamento) de 3,5%. A data-com será no dia 12 de agosto e o pagamento está previsto para o dia 3 de setembro.
A tendência é que a empresa volte a entregar rendimentos satisfatórios aos seus acionistas, com um dividend yield projetado de quase 9% para 2025. Com essa projeção e com suas ações negociando por apenas 7x lucros, seguimos recomendando a compra de VALE3.
VALE3 não é a única opção
Sim, as ações da Vale ainda não “andaram” no ano atual.
Contudo, no Nord Dividendos, estamos conseguindo apresentar um excelente desempenho em 2025, apesar das ações da mineradora.
Com movimentos positivos da maioria das nossas 11 ações recomendadas, nossa carteira já acumula, no ano, alta de +13%.
Agora, desde a criação da série, estamos acumulando uma forte valorização de +99% contra +62% do principal índice da Bolsa brasileira.
Se quiser saber todas as nossas recomendações, participar das nossas monitorias e ainda tirar suas dúvidas em um canal direto, não deixe de conhecer o Nord Dividendos.