TRXF11 compra imóveis ocupados pelo GPA (PCAR3) na Grande São Paulo

Fundo imobiliário TRXF11 adquire três imóveis ocupados pelo GPA na região metropolitana de SP, reforçando sua estratégia de expansão

Otmar Schneider 19/08/2025 13:48 3 min
TRXF11 compra imóveis ocupados pelo GPA (PCAR3) na Grande São Paulo

O fundo imobiliário TRXF11 comunicou ao mercado que concluiu a aquisição de três imóveis, todos locados ao grupo GPA (PCAR3), grupo varejista que controla marcas como Pão de Açúcar e Extra. Os ativos estão localizados em Cotia (SP) e São Paulo (SP), nos bairros da Lapa e Santana. 

Detalhes da transação

O valor total da transação foi de R$ 98,85 milhões (R$ 6.710,23/m²), sendo R$ 55,34 milhões referentes ao saldo devedor de CRIs assumidos pelo TRXF11 e R$ 43,5 milhões pagos à vista. 

Pelo modelo de aquisição, ou seja, parte paga à vista e o restante com alavancagem, o Yield On Cost estimado é de 10,5% ao ano o que se traduz em um cap rate superior à média do portfólio, trazendo mais rentabilidade para o fundo. 

Quais são os imóveis comprados pelo TRXF11

Os imóveis adquiridos são bem conhecidos dos assinantes, pois seguem o mesmo perfil de outros ativos já presentes no portfólio do Fundo, lojas “big box” do Pão de Açúcar, somando uma área bruta locável (ABL) de 14,7 mil m². Os ativos já estão prontos e possuem contratos atípicos de longo prazo, variando entre 15 e 20 anos.

Portfólio do TRXF11 após imóveis comprados 

Com a aquisição dos três ativos, o portfólio do Fundo passa a contar com 72 imóveis, distribuídos em 39 cidades. O prazo médio contratual recua ligeiramente para 14,61 anos, enquanto a alavancagem sobe para 23,12% (de 21,84%), em função do saldo devedor dos CRIs assumido pelo Fundo nos novos ativos. 

Esses CRIs foram emitidos a uma taxa de IPCA + 5,17%, inferior à taxa média de securitização do TRXF (IPCA + 6,53%). Assim, mesmo com o aumento da alavancagem, o custo mais baixo dessa dívida contribui para elevar o retorno da aquisição.

Do ponto de vista qualitativo, a exposição ao Pão de Açúcar, que antes representava 13,96% da receita de aluguel, passa a ser de 16,44%.

Fonte: TRXF11 RI

Minha visão

Avalio a transação como positiva, pois adiciona ativos localizados na região metropolitana de São Paulo e contribui para ampliar a exposição a outros locatários, ajudando a diluir a concentração em Assaí.

Por outro lado, um ponto de atenção é o fato dos imóveis terem sido adquiridos do FII CPUR11, fundo no qual o TRXF11 já possui exposição em carteira (7,69%). Não é a primeira vez que ocorrem transações entre esses dois fundos, o que naturalmente chama a atenção e nos deixa atentos para negociações entre eles. 

No entanto, esse tipo de transação não é novidade no mercado e tende a se tornar mais frequente à medida que o setor imobiliário se consolida e os fundos aumentam de tamanho.

O fundamental, nesse contexto, é observar se a negociação foi feita em condições adequadas para os cotistas. Até aqui, a operação está em linha com a estratégia do fundo e reflete uma decisão de caráter estratégico/comercial. 

Os ativos são aderentes à estratégia do TRXF11, estão alugados a um inquilino com ótimo risco de crédito e a um cap rate que traz um retorno acima da média da carteira atual do fundo.

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