Ibovespa renova máxima: os sinais do novo ciclo da Bolsa
O Ibovespa encerrou acima dos 143 mil na última quinta-feira, 11, e pode estar no início de um novo ciclo. Descubra os sinais da tempestade perfeita e saiba como se posicionar

Nos últimos meses, conversamos com dezenas de investidores na Nord Wealth. O que ouvimos?
- “Quero reduzir a Bolsa...”
- “Agora é foco em dividendos…”
Abaixo, estão as três últimas mensagens que recebemos dos nossos bankers da Nord Wealth.

A lógica parece fazer sentido, mas, na prática, pode ser um erro relevante considerando que a Bolsa brasileira, hoje, reúne as condições para um novo ciclo de valorização.
Ainda que o cenário pareça desafiador, este não é o momento de jogar apenas na defesa.
É hora de se posicionar para o próximo ciclo. Não é hora de pé trocado.
Sinais de um novo ciclo já começaram
O que temos pela frente: um ciclo que combina uma Bolsa descontada, corte dos juros se aproximando, lucratividade e rentabilidade em expansão, dinâmica favorável para os emergentes e ainda uma possibilidade de mudanças com o próximo ciclo eleitoral (2026).
Valuation descontado: múltiplos abaixo da média
O Ibovespa negocia hoje a apenas 8x lucro projetado para 12 meses, bem abaixo da média histórica de ~10x. O índice small caps negocia a 10x lucros, contra 14x em relação à sua média histórica.


Lucros em expansão
De modo geral, desde 2017, observamos as empresas brasileiras entregando crescimento dos resultados, níveis mais altos de rentabilidade e um endividamento mais elevado. Essa dinâmica, combinada com o desempenho fraco das ações, reflete nessa compressão de múltiplos.
Juros em queda e fluxo estrangeiro positivo
O ciclo de corte de juros nos EUA já parece iminente para as próximas reuniões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No Brasil, o mercado já precifica os primeiros cortes de juros entre dezembro ou início de 2026.
A combinação de um dólar mais fraco com as incertezas sobre a economia e o excepcionalismo americano no longo prazo contribuem para um fluxo positivo para os mercados emergentes.
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Cenário político pode impulsionar o mercado
A chance de termos um governo pelo menos um pouco mais reformista em 2027 adiciona um “call de opcionalidade” para esse ciclo. Seja quem for, o próximo presidente precisará encarar e organizar as contas públicas do país.
Tudo isso junto cria um ponto de entrada que, daqui a alguns anos, pode ser lembrado como um dos mais claros.
A tempestade perfeita
Nos anos 2000, a Bolsa multiplicou 4 vezes em menos de 10 anos com o boom das commodities.
Agora, vemos sinais parecidos, mas sem depender de um ciclo positivo para as commodities.
A diferença é que, desta vez, as empresas brasileiras estão mais rentáveis, mais lucrativas e menos alavancadas.
E mesmo diante desse ciclo favorável que vai se construindo, nunca vimos uma alocação de pessoas físicas tão baixa. Atualmente, a participação do investidor pessoa física na B3 é de apenas 12% do volume total (estoque), o menor patamar desde 2019.

É possível que estejamos diante da tempestade positiva perfeita para os investidores; com isso, estamos, gradualmente, nos posicionando para aproveitar esse ciclo.
Os primeiros sinais
Os primeiros sinais já começaram: mesmo com o ambiente doméstico e externo complexo, a Bolsa brasileira bate recordes.
O Ibovespa renovou sua máxima histórica ao ultrapassar os 143 mil pontos, acumulando alta de +19% em 2025. O desempenho do índice small cap é ainda mais significativo, com ganho de +28% no ano.
Nossas carteiras mais arrojadas são ainda melhores. Em 2025, a série Nord 10X acumula +52%, o Deep Value +30% e o Nord Small Caps +27% (fechamento de agosto).

Esse pode ser apenas um dos primeiros sinais de uma tempestade positiva perfeita para a Bolsa brasileira. Mesmo assim, reconhecemos os riscos domésticos e externos, reforçando a importância da seletividade nas escolhas das nossas teses.
Por que evitar o “pé trocado”
Seguimos vendo o Brasil como uma oportunidade interessante para o investidor de longo prazo.
A combinação de múltiplos descontados, empresas com trajetória consistente de resultados, cenário mais construtivo para emergentes e a possibilidade de mudanças a partir do ciclo eleitoral de 2026 sustenta nossa visão otimista.
Até mesmo o Victor Bueno, analista responsável pelo Nord Dividendos, tem alocado uma pequena parte da carteira em teses que combinam crescimento com dividendos.
Por aqui, gradualmente e sem desconsiderar os riscos, estamos nos posicionando para poder aproveitar esse ciclo que, aos poucos, vai se formando.
E você, vai aumentar sua exposição à Bolsa brasileira ou prefere seguir na defesa?
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