Taxa Selic hoje: veja o valor atual e o impacto nos seus investimentos
Descubra o valor atualizado da taxa Selic hoje, o que influencia sua variação e como ela afeta seus investimentos, empréstimos e a economia brasileira

A taxa Selic hoje está em 14,25% ao ano, após o Copom elevar os juros em 1 ponto percentual na reunião de 19 de março de 2025.
Essa alta, amplamente antecipada desde janeiro, reflete o esforço do Banco Central para conter a inflação e dar previsibilidade a investidores e consumidores.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e serve de referência para todas as demais taxas no país. Por isso, ela afeta diretamente tanto o mercado financeiro quanto o seu bolso — de financiamentos imobiliários a aplicações em renda fixa.
A seguir, entenda o que é a Selic, como ela é decidida e quais reflexos essa mudança tem no seu bolso.
Sumário
- O que é a taxa Selic e por que ela é importante?
- Como funciona a taxa Selic na prática?
- Como a taxa Selic é definida?
- O que é o Copom?
- Por que a Selic sobe ou desce?
- Como a Selic afeta seus investimentos?
- Melhores investimentos para um cenário de Selic a 14,25%
- Quando será a próxima reunião do Copom?
- Histórico recente da taxa Selic
- Expectativas para a taxa Selic nos próximos anos
- Como acompanhar a taxa Selic diariamente?
O que é a taxa Selic e por que ela é importante?
A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira, usada como referência para empréstimos, financiamentos e aplicações de renda fixa.
Quando o Banco Central (BC) altera a Selic, ele busca influenciar o ritmo da economia visando controlar a inflação. Juros mais altos encarecem o crédito e reduzem o consumo, ajudando a conter a alta de preços.
Como funciona a taxa Selic na prática?
Quando o Copom altera a Selic, há um efeito cascata em toda a economia. Em linhas gerais, juros mais altos visam conter a inflação, enquanto juros mais baixos estimulam o crescimento.
A taxa impacta:
- empréstimos;
- financiamentos;
- aplicações em renda fixa;
- cartões de crédito.
Além de diversos outros instrumentos financeiros.
Quando a Selic sobe
- Crédito mais caro: financiamentos de imóveis e veículos aumentam de custo.
- Juros do rotativo e cheque especial sobem: dívida de cartão e conta corrente torna-se mais onerosa.
- Consumo desacelera: famílias reduzem gastos de maior valor.
- Renda fixa atrai: Tesouro Selic e CDBs pós-fixados ficam mais interessantes.
- Renda variável perde fôlego: ações e fundos de maior risco perdem apelo.
Quando a Selic desce
- Crédito mais acessível: empréstimos e financiamentos ficam mais baratos.
- Renda fixa reduz a atratividade: títulos conservadores rendem menos.
- Bolsa tende a subir: investidores buscam retornos maiores no mercado acionário.
- Economia ganha impulso: consumo e investimentos se expandem, mas com risco de pressão inflacionária.
Importante reforçar aqui que, embora juros menores sejam bons para o crescimento econômico, podem representar riscos se a inflação estiver alta ou descontrolada.
Como a taxa Selic é definida?
A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), um grupo formado por membros do Banco Central. A cada 45 dias, o comitê se reúne para analisar o cenário econômico e decidir se a taxa será mantida, aumentada ou reduzida.
Essa decisão leva em conta diversos fatores, como o nível da inflação, o comportamento do câmbio, os indicadores de atividade econômica e as expectativas do mercado. O objetivo principal é manter a inflação sob controle, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A Selic funciona como uma âncora da política monetária. Ao ser ajustada, influencia diretamente o custo do crédito e o rendimento de aplicações financeiras, como a poupança e os títulos de renda fixa. Assim, ela impacta o consumo, o investimento e o ritmo da economia como um todo.
O que é o Copom?
O Copom é o órgão do Banco Central responsável pela política de juros. Formado pelo presidente e diretores do BC, ele analisa indicadores domésticos e internacionais antes de decidir sobre o nível da Selic.
Por que a Selic sobe ou desce?
Como mencionado, a taxa é ajustada pelo Banco Central com o objetivo principal de controlar a inflação. Quando os preços estão subindo acima da meta, a tendência é elevar a Selic para reduzir o consumo e conter a alta dos preços. Já em momentos de desaceleração da economia, o corte na Selic busca estimular o crédito, o investimento e a atividade econômica.
Outros fatores também são considerados, como o comportamento do dólar, o cenário internacional e a situação fiscal do país.
Como a Selic afeta seus investimentos?
A Selic é um dos principais referenciais do mercado financeiro e impacta diretamente a rentabilidade de diversos tipos de investimento.
Quando a Selic sobe, os investimentos em renda fixa pós-fixada se tornam mais rentáveis. Ao mesmo tempo, aplicações conservadoras, como a poupança, também sofrem alterações no rendimento.
Por outro lado, a alta da Selic pode desvalorizar ativos de renda variável, já que o custo do crédito sobe e o apetite por risco diminui. Fundos imobiliários e ações, por exemplo, tendem a sofrer pressão em cenários de juros elevados. Já quando a Selic cai, o efeito se inverte, favorecendo o mercado acionário e reduzindo os ganhos em aplicações mais conservadoras.
Melhores investimentos para um cenário de Selic a 14,25%
Em um cenário de Selic elevada, como a 14,25%, os investimentos em renda fixa pós-fixada ganham destaque. Títulos como Tesouro Selic, CDBs, LCIs e LCAs acompanham os juros e entregam bons retornos com baixo risco.
Outra alternativa são os fundos DI, que oferecem simplicidade na aplicação e acompanham de perto a taxa básica de juros. Para quem busca proteção contra a inflação e possibilidade de ganhos com marcação a mercado, os títulos públicos indexados ao IPCA, como o Tesouro IPCA+, são boas opções em meio a um juro real elevado.
Mesmo em cenários de juros altos, vale considerar alguma exposição à renda variável, desde que com estratégia.
A Nord Research acompanha todos esses movimentos econômicos e faz as melhores recomendações de investimentos para você.
Quando será a próxima reunião do Copom?
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para os dias 6 e 7 de maio de 2025. Segundo sinalizações recentes do Banco Central, é esperada uma alta da Selic, porém em ritmo mais moderado.
A curva de juros do mercado aponta uma maior probabilidade de um aumento de 0,50 ponto percentual, refletindo a postura ainda cautelosa da autoridade monetária diante do cenário inflacionário. No entanto, o BC evitou se comprometer com novas altas além dessa próxima reunião.
Analistas também acompanham de perto o ambiente internacional — especialmente as decisões do Federal Reserve nos EUA e atuais as políticas tarifárias de Trump — e os desdobramentos fiscais internos, que podem influenciar os próximos passos do Copom.
Histórico recente da taxa Selic

Desde 2014, a taxa Selic passou por ciclos bem definidos. Após atingir 14,25% em 2015 para conter uma inflação elevada, a taxa entrou em trajetória de queda a partir de 2016, chegando ao piso histórico de 2,00% em 2020, em resposta à crise provocada pela pandemia.
Com a alta dos preços e instabilidades globais, o Banco Central iniciou um forte ciclo de alta em 2021, elevando a Selic até 13,75% em 2022. Já em 2023, com a inflação apresentando sinais mais controlados, teve início um novo ciclo de cortes, interrompido em 2024 com a retomada das altas, levando a Selic de volta ao patamar de 14,25% ao ano no início de 2025.
Expectativas para a taxa Selic nos próximos anos
De acordo com o Relatório Focus — que reúne as projeções dos principais agentes do mercado — a expectativa é que a Selic encerre 2025 em 15%, caindo para 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028.
O anúncio recente de redução no ritmo de alta dos juros pode indicar que o atual ciclo está perto do fim. A partir daí, o Banco Central deve passar a observar os efeitos defasados da política monetária, que tendem a impactar a economia com algum atraso.
Seguem no radar da autoridade monetária: a trajetória da inflação — especialmente nos grupos mais sensíveis, como o de serviços —, os sinais de desaceleração da atividade econômica, o comportamento do câmbio, além das expectativas do mercado.
Apesar de a Selic estar em um nível considerado restritivo, o IPCA ainda permanece acima do teto da meta nos últimos 12 meses, o que justifica a postura vigilante do BC. Analistas seguem atentos a esses desdobramentos para avaliar a possibilidade de cortes a partir de 2026, como hoje está projetado.
Como acompanhar a taxa Selic diariamente?
Você pode acompanhar a taxa Selic diariamente no site do Banco Central do Brasil. Basta aplicar o filtro da data que você quer descobrir o valor da taxa de juros.
No blog da Nord Investimentos você também pode acompanhar a Selic, além de análises e relatórios sobre cenário macroeconômico, tendências de juros e estratégias de investimento baseadas na política monetária. É uma forma prática de entender não apenas o número do dia, mas o que ele significa para os seus investimentos.

