O que é taxa Selic acumulada e por que acompanhar

Conheça detalhes sobre a Taxa Selic acumulada: como esse índice funciona e quais são os seus impactos em investimentos de renda fixa.

Nord Research 07/06/2023 08:49 5 min Atualizado em: 30/10/2023 16:18
O que é taxa Selic acumulada e por que acompanhar

O termo Taxa Selic é muito conhecido no mercado financeiro, mas nem todos sabem o que significa a Taxa Selic acumulada e quais seus desdobramentos sobre diferentes investimentos.

Para entender o que é a Taxa Selic acumulada, primeiro é necessário entender o que é a Taxa Selic por si só. Também conhecida como a taxa básica de juros, esse índice serve para o Banco Central ter o controle sobre a inflação. Ele afeta diversos aspectos da economia, por isso é um termo muito conhecido no mercado financeiro.

Essa tarifa é gerida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e trata-se de um indicador fundamental para entender o cenário econômico brasileiro. Seu nome vem do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, estrutura responsável por administrar os títulos públicos nacionais.

A Selic traz impactos, por exemplo, nas taxas de juros cobradas pelos bancos em empréstimos, nos valores aplicados na caderneta de poupança e no rendimento de outros investimentos. Continue a leitura e conheça mais sobre esses indicadores!

O que é a Taxa Selic acumulada?

A Taxa Selic acumulada nada mais é do que a soma de todos os percentuais da taxa básica de juros ao longo do ano. Dessa forma, ela indica a oscilação desse índice, utilizado pelo Estado para administrar a inflação, fenômeno que marca a perda do poder de compra de uma moeda.

Quais as diferenças entre meta Selic e Selic acumulada?

A meta Selic é a taxa de juros projetada pelo Copom para atingir os objetivos traçados por sua política monetária, enquanto a Taxa Selic acumulada diz respeito somente à variação desse índice ao longo do ano.

A definição da meta Selic acontece a cada 45 dias, ou seja, oito vezes durante o ano. Dessa forma, cada reunião do Banco Central para dialogar sobre o tema acaba por determinar as tarifas de juros ao longo do próximo um mês e meio.

Diversos aspectos são considerados para que seja acordada uma nova cifra para o índice. Nesse sentido, tanto aspectos da economia local quanto mundial entram em discussão.

O Banco Central usa dos seus recursos, relacionados à negociação de títulos públicos, para conduzir a “Taxa Selic efetiva”, aquela praticada pelos bancos nas negociações entre si, ao valor da meta. Por isso, quando se fala de Taxa Selic, normalmente o índice em questão é o estipulado pelo órgão federal.

Qual a relação entre a Taxa Selic acumulada e os investimentos?

Mudanças na Selic podem influenciar empréstimos pessoais, consignados, financiamento de imóveis e veículos, além do câmbio. No caso dos investimentos, o que acontece é que a taxa básica de juros é a base para aplicações de renda fixa. Em alguns casos especiais, é a taxa acumulada o critério que norteia os rendimentos.

Um dos principais exemplos é a caderneta de poupança. Quando a Taxa Selic acumulada fica acima de 8,5% ao ano, o pagamento da poupança é a Taxa Referencial (TR) somada a 0,5% ao mês. No caso de uma tarifa abaixo de 8,5% ao ano, ela paga a Taxa Referencial somada a 70% da Selic.

Vale ressaltar que diversos ativos de renda fixa também consideram a taxa básica de juros. Isso acontece com o Tesouro Direto, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), entre outros.

No caso de investimentos de renda variável, nem a meta Selic ou a tarifa acumulada impactam diretamente sobre eles. No entanto, como a taxa básica de juros tem grande influência sobre toda a economia brasileira, ela pode acarretar consequências indiretas nesse tipo de ativo.

Dessa forma, é importante estar atento à Taxa Selic acumulada, já que — independentemente do seu perfil de investidor — é muito provável que as variações desse índice vão impactar, em maior ou menor grau, sua carteira de aplicações.

Tabela Selic acumulada nos últimos anos

Confira os percentuais da Taxa Selic acumulada durante os últimos três anos, mês a mês:

Mês

2021

2022

2023

Janeiro

0,15%

0,73%

1,12%

Fevereiro

0,13%

0,76%

0,92%

Março

0,20%

0,93%

1,17%

Abril

0,21%

0,83%

0,92%

Maio

0,27%

1,03%

-

Junho

0,31%

1,02%

-

Julho

0,36%

1,03%

-

Agosto

0,43%

1,17%

-

Setembro

0,44%

1,07%

-

Outubro

0,49%

1,02%

-

Novembro

0,59%

1,02%

-

Dezembro

0,77%

1,12%

-

Para conhecer o valor desse indicador em um ano, basta fazer a soma dos índices ao longo dos 12 meses. Em 2021 e 2022, por exemplo, os valores da Selic acumulada foram de — respectivamente — 4,39% e 11,73%.

A grande diferença entre esses números indica, por exemplo, rentabilidades razoavelmente distintas para investimentos em renda fixa nesses anos.

Por fim, se você tem interesse em começar a investir, sobretudo em aplicações de renda fixa, lembre-se de se atentar à Taxa Selic e suas variações como parte crucial da tomada de decisão.

Gostou de saber mais sobre a Taxa Selic acumulada? Para conhecer outros desdobramentos a respeito desse importante indicador da economia brasileira, acompanhe nosso artigo acerca do Tesouro Selic, uma modalidade de investimento que ganhou popularidade nos últimos anos.

Resumindo

O que significa Selic acumulada?

Taxa Selic acumulada é o apanhado dos percentuais da taxa básica de juros, que vai de janeiro a dezembro. Ela é influenciada pela inflação, além de outros fatores da economia, tanto no Brasil quanto no exterior. O acúmulo só é confirmado ao fim do ano, quando são divulgadas todas as tarifas.

Quando analisar a Taxa Selic acumulada?

Ela é fundamental para quem deseja conduzir investimentos de renda fixa. Ou seja, deve ser considerada com relevância quando o investidor estudar fazer aplicações na poupança e Tesouro Direto, por exemplo.

O que causa o aumento da Selic?

A Taxa Selic pode subir quando a inflação está em crescimento. Ela é o instrumento utilizado pelo Banco Central para tentar frear o aumento dos preços com a redução do consumo. Em resumo, trata-se de um grande indicador da economia nacional, uma vez que, quando está alta, diminui o poder de consumo.

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