Small Caps em 2026: o que esperar do mercado?
2025 foi excelente para as small caps. Mas o que esperar para 2026? Veja os destaques do ano e as projeções para as ações com maior potencial
De uma forma geral, 2025 foi um ótimo ano para a Bolsa brasileira. Após um 2024 desafiador, os principais índices do país registraram recuperação no ano atual, com o Ibovespa subindo +34,4%, enquanto outros não ficaram muito atrás, como os índices de small caps (SMLL) e de dividendos (IDIV), com altas respectivas de +30,7% e +30,3%.
Obs.: fechamos o artigo na tarde de ontem, 30/12, um pouco antes do fechamento do último pregão do ano — logo, as variações anuais podem ter algumas (poucas) diferenças.

Vale destacar que, entre as maiores altas do Ibovespa no ano, estão muitas small caps (valor de mercado até R$ 12 bi), como Cogna (+237%), Cyrela (+98%) e Vivara (+82%).
Ou seja, também podemos afirmar que 2025 foi um ótimo ano para as small caps.
São, basicamente, três fatores que justificam o movimento: (i) queda dos juros futuros no país; (ii) volta do fluxo estrangeiro e (iii) valuation atrativo.
Juros futuros em queda
Sim, eu sei que a Selic está em 15% ao ano, seu maior patamar desde 2006.
Contudo, o mercado é movido por expectativas e o que importa, no fim do dia, é o que os investidores esperam daqui para frente.
No início do ano, com o mercado extremamente pessimista em relação aos rumos fiscais do país, os juros futuros (2031) eram precificados em cerca de 15,5% e, ainda que tenham subido nas últimas semanas (bateram menos de 13% nas mínimas), fecham o ano em cerca de 13,5%.

Como diria a Marilia: “A taxa de juros é a mãe da Bolsa” (inclusive, o novo livro dela, “Renda fixa é a mãe da Bolsa”, já está disponível nas melhores livrarias do país).
Quando os juros estão em baixa, a tendência é que a Bolsa esteja em alta (e vice-versa).
Isso ocorre por uma série de fatores, como a interferência no valuation das ações (juros impactam na taxa de desconto e, consequentemente, nos “preços justos” dos analistas), o custo de capital das empresas, a escolha dos investidores por outros ativos de diferentes relações de risco x retorno (juros altos favorecem a renda fixa), entre outros.
Até por uma questão de liquidez, quando os juros estão altos, as small caps são as que mais sofrem na Bolsa, mas, ao mesmo tempo, são as que mais sobem com a queda dos juros.

Gringos voltando em peso
Além do “fator juros”, precisamos falar sobre a volta dos investidores estrangeiros.
O movimento se concentrou, principalmente, na primeira metade do ano, período marcado por uma forte rotação global de ativos em meio às tensões geopolíticas pelo mundo.
Em 2025, o saldo de investimentos de fora do Brasil na B3 chegou próximo à marca de R$ 30 bilhões — mais do que compensando a queda dos investidores institucionais brasileiros, cujas posições seguem próximas às mínimas dos últimos anos.

Já o investidor pessoa física no país contribuiu para um saldo positivo de quase R$ 7 bilhões — mostrando uma recuperação após anos extremamente desafiadores.
Small caps, small prices
Por fim, mas não menos importante: o valuation das “pequeninas” do nosso mercado.
No início do ano, o índice SMLL estava negociando a um múltiplo EV/Ebitda de apenas 5,5x — ou seja, praticamente a metade da média histórica da Bolsa brasileira, que é de 10x.
Conforme a cotação do SMLL subia mais de +30% no ano, seu EV (enterprise value ou “valor de firma” = valor de mercado + dívida líquida) médio também crescia, o que, em tese, deveria levar o múltiplo EV/Ebitda do índice para mais de 7x.
Entretanto, ao final de 2025, o EV/Ebitda do SMLL se encontra em pouco mais de 6x.
A explicação para isso é simples: além da expansão de valor de mercado das empresas, seus resultados também melhoraram (em média), “segurando” o múltiplo em níveis ainda atrativos.
Considerando as projeções do mercado para 2026, tanto para o Ebitda (métrica de potencial de geração de caixa operacional) quanto para o lucro líquido das small caps, se o índice seguir na cotação atual, estará negociando a um EV/Ebitda de 5x e a um Preço/Lucro de 9,5x (também abaixo da média histórica da Bolsa, que é de 15x) no final do próximo ano.
Sendo assim, podemos afirmar que ainda existem muitas oportunidades entre as small caps no mercado brasileiro (só peço, por favor, que não saia comprando qualquer small cap).
O que esperar para 2026?
Apesar das boas projeções do mercado para os resultados das empresas, é inegável que o cenário para o próximo ano ainda é incerto e pode gerar bastante volatilidade.
Além de ser um ano eleitoral (que, por si só, já tende a gerar oscilações maiores do que a média), precisamos lembrar que ainda estamos falando de um país que convive com riscos fiscais que podem mudar o humor do mercado rapidamente.
Tanto que, nas últimas semanas, com notícias amargas vindas de Brasília e sinalizações mais duras por parte do Banco Central, os investidores já voltaram a precificar juros mais altos por mais tempo (antes, o mercado acreditava que a Selic seria cortada logo no início de 2026).
Dessa forma, mesmo com um valuation ainda atrativo, as incertezas e os juros altos podem afastar o interesse dos investidores (institucionais ou pessoa física, brasileiros ou gringos).
Queria muito estar escrevendo um artigo mais otimista, mas eu preciso ser realista e honesto com você. Se não houver mudanças, 2026 tende a ser um ano de muitas emoções.
E, por isso, reforço mais uma vez: não compre qualquer small cap.
Juntos para sempre
Contudo, 2026 é uma preocupação para amanhã. Hoje, ainda podemos celebrar 2025.
Se os investidores do SMAL11 (ETF que replica a carteira/desempenho do índice SMLL) ficaram felizes neste ano, acredito que os do Nord Small Caps ficaram ainda mais.
Enquanto o SMLL subiu +30,7%, nossa carteira acumulou alta de +47,8% em 2025 — ou seja, um desempenho quase +60% superior ao nosso principal benchmark (índice de referência).

Isso quer dizer que estamos satisfeitos e confortáveis? Não. Muito pelo contrário!
Ainda no mês de dezembro, incluí mais duas novas posições em nossa carteira, e de duas a três novas poderão ser incluídas em janeiro, para que 2026 também seja um excelente ano para os nossos assinantes e para nós (sempre investimos naquilo que recomendamos).
Victor, mas e se o cenário piorar muito no próximo ano, o que mudará?
Do nosso lado, seguiremos com a mesma estratégia de sempre: buscar a melhor gestão possível de nosso portfólio e entregar bons retornos aos nossos clientes.
Em 2024, por exemplo, que foi um péssimo ano para os ativos de risco brasileiros, enquanto o SMLL caiu -25%, tivemos queda acumulada de apenas -3,7%.
Essa é a nossa ideia de longo prazo: cair menos quando o mercado cai (como foi em 2024) e subir mais quando o mercado sobe (como foi em 2025).
Se quiser conhecer mais sobre o Nord Small Caps, vou deixar uma oferta exclusiva abaixo.
Normalmente, a assinatura anual da carteira (e todos seus serviços) custa 12x R$ 150.
Porém, enchi o saco do nosso diretor de marketing e ele liberou, pelo mesmo preço, a assinatura vitalícia (isso mesmo, para sempre) da carteira do Nord Small Caps e, de brinde, você ainda leva a assinatura da ótima carteira do Nord 10X (de ações de crescimento).
Ah, e você tem 30 dias para testar e ver se o produto está alinhado com seus objetivos.
É a sua chance de começar o ano tomando melhores decisões de investimentos!
Desejo que tenha uma ótima virada de ano e que seu 2026 seja ainda melhor que 2025!
Nos vemos no ano que vem!

