SLC Agrícola (SLCE3) registra prejuízo de R$ 14,5 milhões no 3T25

A SLC Agrícola (SLCE3) registrou prejuízo de R$ 14,5 milhões no 3T25 e celebrou um acordo de R$ 1,033 bilhão com fundos do BTG Pactual para irrigação e arrendamento de terras

Nord Research 07/11/2025 10:49 3 min Atualizado em: 15/11/2025 11:56
SLC Agrícola (SLCE3) registra prejuízo de R$ 14,5 milhões no 3T25

A SLC Agrícola (SLCE3) reportou no 3T25 resultados mistos em relação ao consenso de mercado. A receita líquida totalizou R$ 2 bilhões, representando um aumento de +27,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o Ebitda foi de R$ 531 milhões, alta de +15%. A companhia teve prejuízo de R$ 14,5 milhões no período.

Destaques financeiros do 3T25. Fonte: SLC Agrícola RI

Volume crescendo em praticamente todas as culturas

A SLC apresentou um aumento de +50% a/a no volume faturado devido aos maiores volumes para o milho e soja.

O destaque ficou para o volume faturado do milho, com um aumento de +80% do volume faturado, reflexo da maior produtividade da cultura. A soja também apresentou um aumento relevante de +30% do volume faturado.

Já o caroço de algodão apresentou um bom desempenho, devido ao aumento do preço, que mais do que compensou a estabilidade do volume no período.

A combinação do aumento do volume e dos maiores preços, contribuiu de forma significativa para a receita da SLC alcançar R$ 2 bilhões (+28% a/a).

O aumento da produtividade contribuiu para que o crescimento dos custos fosse menor que o da receita, refletindo em uma expansão de +12,7 p.p. da margem bruta na comparação anual.

Margens, Ebitda e lucro

Contudo, as maiores despesas com armazenagem, frete, royalties e administrativas, pressionaram o Ebitda ajustado, que encerrou o trimestre em R$ 531 milhões (+15% a/a). A margem Ebitda finalizou em 25,5% (-2,9 p.p. a/a).

Somado ao resultado financeiro negativo, a companhia reportou um aumento de +59% a/a, pressionando a última linha do resultado, refletindo em um prejuízo de R$ 14,5 milhões no 3T25.

A SLC finalizou o 2T25 com uma dívida líquida de R$ 5,99 bilhões, aumento de +16% t/t, reflexo do custeio da safra e das aquisições de terras. Assim, a alavancagem do trimestre ficou em 2,3x dívida líquida/Ebitda, mesmo patamar reportado no 1T25.

Por fim, a companhia reportou um fluxo de caixa livre de R$ 567 milhões, impactado positivamente pelo momento do ciclo financeiro, com o término do pagamento de insumos e início do faturamento do algodão e do milho da safra 2024/25.

O que esperar de SLC Agrícola (SLCE3) em 2025?

Após uma safra impactada por eventos climáticos, a expectativa é de recuperação para os próximos trimestres, impulsionada pela expansão da área plantada pela empresa e por uma possível melhora para as commodities agrícolas.

Nos três primeiros meses de 2025, o destaque ficou para o anúncio da aquisição da Sierentz Agro Brasil, em março. Com a aquisição, a SLC Agrícola aumentará sua área plantada em 13% na safra 2024/2025, superando a expansão de 10% da área plantada projetada no seu guidance para 24/25.

Ação da SLC (SLCE3) vale a pena após o 3T25?

A SLC Agrícola é uma das maiores produtoras de grãos do Brasil, com atuação voltada para o cultivo de soja, milho e algodão. No momento, não temos recomendação de compra para as ações da companhia.

No passado, SLCE3 fez parte de nossas carteiras devido à sua elevada produtividade. No entanto, consideramos que o crescimento futuro da empresa dependerá diretamente do ciclo de preços das commodities.

Apesar da expansão da área plantada e ganhos de margem, um crescimento mais robusto da SLC depende do ciclo de preços das commodities agrícolas.

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