Romi (ROMI3) reverte prejuízo e tem forte expansão de Ebitda no 3T25

Receita líquida cresce 32%, Ebitda ajustado avança mais de 60% e lucro líquido volta ao campo positivo; veja todos os detalhes

Rafael Ragazi 22/10/2025 19:00 3 min
Romi (ROMI3) reverte prejuízo e tem forte expansão de Ebitda no 3T25

As indústrias Romi (ROMI3) contabilizaram uma receita operacional líquida de R$ 349,3 milhões, crescimento de 32% em relação ao 3T24. O Ebitda ajustado atingiu R$ 38 milhões, alta de 60,8% e o lucro líquido foi de R$ 27,4 milhões, alta de 103%. No pregão após a divulgação, os papéis da empresa subiram +3,6% na bolsa.

Principais destaques do 3T25. Fonte: Romi RI

Carteira de pedidos no trimestre

Entre os principais pontos positivos, destaca-se o aumento de 16,7% na entrada de pedidos, que totalizou R$ 388,5 milhões no trimestre. Esse avanço foi impulsionado principalmente pela unidade de Máquinas Burkhardt+Weber (BW), cuja entrada de pedidos cresceu 272,4% em relação ao 3T24. 

Por outro lado, houve retração de -29,7% na entrada de pedidos da unidade de Máquinas ROMI, o que indica uma desaceleração nesse segmento. A unidade de Fundidos e Usinados, entretanto, apresentou alta de +36% na carteira de pedidos em relação ao mesmo período do ano anterior.

A carteira de pedidos consolidada encerrou o trimestre em R$ 895,3 milhões, alta de 18% na comparação anual. 

Destaques do 3T25

O crescimento da receita foi sustentado por um desempenho mais forte nas unidades de Máquinas BW e Fundidos e Usinados. A participação das máquinas BW no faturamento total aumentou significativamente, saindo de 6,2% no 3T24 para 28,5% em 3T25. Esse movimento compensou parcialmente a queda nas vendas de Máquinas ROMI e permitiu um forte crescimento na receita.

O Ebitda ajustado de R$ 38 milhões representa um avanço relevante frente aos R$ 23,6 milhões do 3T24. A margem Ebitda cresceu +2 p.p., principalmente por conta do aumento do volume na BW. 

Também vale mencionar a distribuição de R$ 16,8 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), sinalizando retorno aos acionistas.

Perspectivas e riscos

A empresa encerrou o trimestre com uma posição de dívida líquida de R$ 149 milhões, o que representa uma baixa alavancagem de menos de 1x seu Ebitda dos últimos 12 meses.

Em relação às perspectivas futuras, a empresa não divulgou projeções específicas nem guidance para os próximos trimestres. Ainda assim, a presença na feira EMO Hannover, na Alemanha, junto à B+W, mostra um alinhamento estratégico com as tendências tecnológicas internacionais, o que pode beneficiar a companhia no médio e longo prazo.

Entre os principais riscos estão a possível continuidade da retração na demanda por máquinas ROMI, que pressiona as margens e a dependência do setor industrial, que está sujeito a ciclos econômicos e decisões de investimento em capital fixo.

No momento, possuímos uma recomendação neutra para os papéis da companhia.

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