Por que e como criar uma reserva de emergência?

Entenda o que é reserva de emergência, qual sua importância, qual o valor ideal, como criar, quais são os melhores investimentos e quando usar.

Nord Research 22/08/2023 10:43 10 min
Por que e como criar uma reserva de emergência?

Uma reserva de emergência é uma quantia utilizada somente para imprevistos. Por isso, é o primeiro passo para quem deseja começar a investir. Entenda!

Quem deseja formar uma carteira de investimentos e começar a construir seu patrimônio precisa cumprir alguns passos para ter sucesso. O primeiro é a criação de uma reserva de emergência, que vai garantir as situações de imprevisto para que você continue tendo uma boa rentabilidade no restante do portfólio.

Esse é o primeiro passo para elaborar um bom plano de investimentos. Afinal, você precisa ter certo nível de segurança para evitar um possível endividamento futuro e começar a rentabilizar mais o seu patrimônio.

Em suma, mais do que uma etapa para investir, a reserva de emergência é uma verdadeira ferramenta de educação financeira. Por isso, vale a pena conhecê-la e saber como aplicá-la nas suas finanças.

Neste post, vamos apresentar melhor os detalhes. Que tal conferir?

Sumário

O que é reserva de emergência?

A reserva de emergência é uma quantia guardada para uso somente em situações inesperadas. Ela deve estar aplicada em produtos financeiros de alta liquidez e baixo risco — como Tesouro Selic, CDBs e fundos DI — para permitir o saque a qualquer momento. Em teoria, o ideal é que sela seja suficiente para cobrir suas despesas mensais por cerca de 6 meses.

Normalmente, esse montante tem a função de cobrir gastos imprevistos ou uma queda repentina de renda. Dessa forma, você tem mais tranquilidade para lidar com as situações e evita o endividamento e a contratação de empréstimos.

Esse mecanismo é fundamental para investir. Afinal, você deixa de resgatar valores diante de qualquer imprevisto e mantém a sua carteira rendendo.

Ao mesmo tempo, tem segurança e mantém o seu orçamento equilibrado. Por isso, também ajuda na parte psicológica das finanças, já que esse assunto pode gerar prejuízos à saúde mental.

Portanto, ter uma quantia já reservada para situações extremas é uma maneira de manter o estresse financeiro sob controle. Isso influencia até mesmo na qualidade de vida do indivíduo.

Qual a importância de ter uma reserva de emergência?

Preservar uma reserva de emergência é fundamental para assegurar o transcorrer de um planejamento financeiro mesmo em tempos de crise. Assim, com o uso desse capital em situações emergenciais, a pessoa evita realizar muitas mudanças bruscas e imediatas na sua rotina e consegue mais calma para realizar as adaptações necessárias gradualmente.

Além disso, veja, a seguir, de forma mais detalhada, alguns dos principais benefícios de ter essa quantia guardada.

1. Estabilidade financeira

É normal passar por situações financeiras desafiadoras ao longo da vida. Se você tem uma reserva para imprevistos, a tendência é que consiga manter o pagamento das contas sem precisar recorrer a empréstimos nem deixar de quitar as dívidas em aberto. Assim, ainda que em períodos de maior turbulência, a pessoa consegue uma maior estabilidade.

2. Tranquilidade emocional

Ao ter um dinheiro guardado, você sabe que poderá contar com ele se perder o emprego ou tiver que fazer um tratamento médico. Ter essa garantia é essencial para evitar “dores de cabeça” e complicações relacionadas à saúde mental, como ansiedade e depressão.

3. Liberdade financeira

A segurança de uma reserva financeira permite que a pessoa tome decisões importantes com resguardo. Essas escolhas podem ser, por exemplo, a saída de um emprego para se realocar no mercado de trabalho ou a aquisição de algum bem de maior valor, como um carro.

Nesse sentido, ciente de que há um montante guardado para situações emergenciais, o indivíduo tem maior liberdade para administrar suas finanças e tomar decisões “ousadas”.

Quanto deve ser uma reserva de emergência?

O ideal é que uma reserva de emergência tenha o valor de aproximadamente 6 meses do seu custo de vida. No entanto, quanto maior ela for, maior será a segurança da pessoa. Dessa forma, não existe um montante exato, já que a necessidade de cada pessoa ou família é diferente.

De modo geral, a reserva é contextual, ela varia conforme a realidade de cada um. Por exemplo, quem trabalha no serviço público e goza de estabilidade, dificilmente perderá o emprego. Por isso, pode pensar em ter uma reserva menor.

Já quem atua como autônomo precisa de uma quantia maior. Então, de 9 a 12 meses é o recomendado. Por isso, a média é de 6 meses, sempre com a indicação de que vale a pena considerar um período mais longo.

Para chegar no valor exato para você, considere a sua situação atual e seu custo de vida mensal. Por exemplo, se ele for de R$ 5 mil por mês, você precisará guardar entre R$ 15 mil (3 meses) e R$ 90 mil (18 meses).

A reserva desse montante deve ser planejada de forma gradativa para evitar privações drásticas na rotina da pessoa.

Fatores que interferem no cálculo da reserva de emergência

  1. Estabilidade no seu emprego;
  2. nível de empregabilidade na sua área de atuação;
  3. quantidade de filhos e dependentes;
  4. possibilidade de gastos imprevistos devido a automóvel e casa próprios;
  5. estado de saúde e cuidados tomados por todos os membros da família;
  6. dívidas e parcelamentos já contraídos;
  7. nível de controle financeiro.

Quanto mais disciplina você tiver, menor é a sua necessidade de ter uma reserva de emergência grande. De toda forma, essa é uma decisão pessoal e que deve considerar todos os fatores citados. Por isso, na dúvida, é possível buscar ajuda de um especialista para pensar a maneira de acumular e preservar esses recursos.

Como fazer a sua reserva de emergência?

1. Descubra seus gastos mensais

O primeiro passo para construir sua reserva é saber exatamente quanto você gasta durante o mês. Ainda que esse valor varie, a média tende a ser a mesma.

Além disso, o detalhamento permitirá identificar os gastos fixos e variáveis. Os primeiros são aqueles pagos todos os meses, como aluguel ou financiamento imobiliário, compras parceladas, condomínio, plano de saúde, mensalidades escolares, serviços de assinatura, contas de luz e água.

Por sua vez, os gastos variáveis são aqueles que variam conforme o seu estilo de vida. Por isso, podem ser eliminados com mais facilidade. Alguns exemplos são jantas e almoços em restaurantes, compras em supermercados, ingresso para eventos e mais.

2. Calcule o seu custo de vida

Com os gastos mapeados, veja qual é a média de despesas ao longo do mês. O ideal é considerar vários meses para ter uma visão realista. A partir disso, você saberá quanto precisa guardar para sua reserva de emergência.

3. Defina um valor para reserva

Considere todos os fatores supracitados para decidir quantos meses de despesa deseja cobrir. Lembre-se de que deve ser, em média, de 6 meses. No entanto, pode ser um pouco maior ou até menor, dependendo das particularidades da rotina de cada um.

Então, multiplique o valor das suas despesas mensais pela quantidade de meses definida. Isso trará o resultado da reserva de emergência.

4. Crie metas de economia

Para acumular esse montante de emergência, você precisa economizar. Por isso, defina metas para reservar o máximo possível todos os meses. Nesse sentido, vale a pena diminuir os gastos supérfluos e reduzir as contas de consumo.

Também busque fazer compras na promoção e substituir algumas marcas para gastar menos no supermercado. Outra dica é pagar as contas de forma antecipada quando elas tiverem algum desconto.

5. Saiba onde guardar sua reserva de emergência

O dinheiro para imprevistos deve ser guardado em produtos financeiros de alta liquidez. Além disso, busque opções que superem a inflação. Caso contrário, não existirá um ganho real. Adiante, vamos trazer algumas alternativas de investimento para a reserva de emergência.

6. Planeje aportes financeiros mensais

Você organizou o seu orçamento e começou a investir. Agora, está na hora de definir quanto vai aplicar todos os meses no seu portfólio de investimentos voltado para imprevistos.

É possível definir um valor fixo ou um percentual da sua renda mensal. A segunda opção é melhor para quem tem comissões ou renda extra, por exemplo. Aliás, aumentar a sua remuneração é uma boa forma de acelerar a formação da sua reserva de emergência.

7. Reavalie a sua reserva de emergência com frequência

Conforme for construindo o seu banco emergencial, reavalie a situação e veja se é necessário fazer ajustes. Por exemplo, se você teve um filho, terá que guardar um montante maior. Caso tenha aumentado seu custo de vida, também. Então, considere essas alterações na dinâmica de vida e de comportamento.

Quais os melhores investimentos para reserva de emergência?

Os melhores investimentos para reserva de emergência são Tesouro Selic, Certificados de Depósito Bancário (CDBs), alguns Exchange Traded Funds (ETFs) e Letras de Crédito, seja do setor imobiliário ou do agronegócio, com liquidez diária em 90 dias.

Entre todas essas alternativas, o Tesouro Selic e fundos que investem nesse título público com taxa de administração zero são os melhores.

Melhores investimentos para reserva de emergência

  1. Tesouro Selic;
  2. CDB com liquidez diária e rentabilidade acima de 100% do CDI;
  3. Fundos de renda fixa, especialmente os fundos DI;
  4. Fundos de investimento com prazo D+0 ou D+1, para garantir resgate rápido.

Vale a pena fazer algumas observações a esse respeito. O Tesouro Selic é o único título público que não sofre a marcação a mercado em caso de resgate antecipado.

Já em relação ao Certificado de Depósito Bancário, é preciso saber como escolher o melhor CDB. Para a formação da reserva de emergência, é preciso observar cuidadosamente a liquidez e a rentabilidade.

Por fim, com relação aos fundos de investimento, é necessário conferir as taxas cobradas e a política de investimento. Dessa forma, você toma a melhor decisão para sua carteira.

Ainda vale a pena contar com uma casa de análise, como a Nord Investimentos. Assim, você consegue identificar os melhores investimentos para os seus objetivos e perfil de investidor.

Aproveite para saber mais sobre onde deixar sua reserva de emergência em 2023:

Quando usar a reserva de emergência?

Você deve usar a reserva de emergência quando tem uma queda de renda repentina ou seus custos elevados de forma drástica inesperadamente. Portanto, essa quantia economizada ao longo dos meses deve ser capaz de suprir o pagamento das suas despesas mensais fixas durante um período predeterminado para que a pessoa planeje adaptações que permitam retornar à estabilidade.

Exemplo de situações para usar a reserva de emergência

  • Desemprego;
  • tratamento de saúde;
  • atendimentos veterinários de urgência para o pet;
  • reparos e manutenções inadiáveis no carro ou na casa;
  • viagens não planejadas e/ou por necessidade, como motivos familiares;
  • mudança de cidade, estado ou país;
  • despesas com burocracias, autorizações ou documentações imprevistas.

Portanto, a orientação é não utilizar esse dinheiro para comprar coisas supérfluas nem para quitar o cartão de crédito devido a um descontrole financeiro. Essas situações devem estar previstas no seu orçamento.

Por outro lado, você deve utilizar nas situações descritas para garantir que não se endividará. Assim, se deseja saber se vale a pena usar a reserva de emergência, considere se é um gasto urgente, necessário e imprevisto. A resposta, em teoria, deve ser "sim" para todos esses critérios.

Agora, você já sabe por que como criar a sua reserva de emergência. Então, está na hora de colocar a mão na massa, rever suas finanças e economizar. Assim, sua vida ficará muito mais tranquila.

E você, gostou de ver essas dicas? Aproveite para seguir a Nord Investimentos nas redes sociais e se atualizar. Estamos no Spotify, LinkedIn, YouTube e Facebook.

Resumindo

O que é reserva de emergência?

A reserva de emergência é uma quantia guardada para uso em situações de imprevistos. Por isso, deve ser alocada em investimentos de alta liquidez, a fim de suprir as suas necessidades básicas por um período predeterminado. Algumas opções de produtos financeiros para alocar esse montante são Tesouro Selic, CDBs, fundos DI, ETFs e fundos de renda fixa em geral.

Como fazer a sua reserva de emergência?

  1. Descubra seus gastos mensais;
  2. calcule seu custo de vida;
  3. defina um valor para reserva;
  4. crie metas de economia;
  5. saiba onde guardar sua reserva de emergência;
  6. planeje aportes financeiros mensais;
  7. reavalie sua reserva de emergência com frequência.

Compartilhar