Reforma do Imposto de Renda vai ficar para 2025

Devido às eleições municipais, a reforma do Imposto de Renda será adiada para 2025. Entenda melhor o impacto dessa decisão.

Nord Research 15/01/2024 12:00 4 min Atualizado em: 16/01/2024 04:32
Reforma do Imposto de Renda vai ficar para 2025

Sumário

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Reforma do Imposto de Renda deve ficar para 2025. De acordo com o ministro, as eleições municipais marcadas para outubro de 2024 geram um “problema de janela que terá que ser avaliado pela política”.

As declarações do ministro da Fazenda foram dadas durante uma entrevista exclusiva ao O Globo, publicada em 02 de janeiro de 2024.

Nela, Haddad aponta a entrada da questão do Imposto de Renda na agenda de 2024 através da reforma tributária e declara que a emenda “colocou um prazo” para que o governo apresentasse uma proposta.

O que é a Reforma do Imposto de Renda?

A Reforma do Imposto de Renda, que deve ficar para 2025, é uma das pautas da Reforma Tributária, considerada uma das mais amplas mudanças realizadas até hoje no sistema tributário brasileiro.

Com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o governo pretende simplificar a cobrança de tributos, reduzir alguns impostos cobrados à população, tornar o sistema tributário mais claro e extinguir impostos e tributos como:

  • PIS;
  • COFINS;
  • IPI;
  • ICMS;
  • ISS.

Quanto à Reforma do Imposto de Renda, os principais objetivos do governo com a medida são reajustar a tabela para pessoas físicas, reduzir a cobrança para empresas e mudar a tributação sobre lucros, valor de bens e investimentos.

Importância da Reforma do Imposto de Renda

Ao ser questionado sobre a Reforma do Imposto de Renda, o ministro da Fazenda ressaltou a importância da medida. Para Haddad, o Brasil tem uma carga tributária sobre o consumo desproporcionalmente maior do que sobre a renda e patrimônio.

A Reforma do IR beneficiará contribuintes e empresas, segundo o ministro Fernando Haddad. 

Nesse sentido, do ponto de vista do ministro, “essa reforma deve viabilizar a redução da carga sobre o consumo, o que permitiria uma alíquota de IVA menor. Tributa mais a renda, diminui o peso sobre o consumo e o efeito fica neutro sobre a carga tributária total”.

Quem ganha com a Reforma do Imposto de Renda? 

A Reforma do IR promete beneficiar os contribuintes e empresas. Para as pessoas físicas, o ajuste na tabela do IRPF resultará na isenção ou redução de impostos para mais de 16 milhões de pessoas, segundo as estimativas do governo brasileiro. Isso vai proporcionar um alívio financeiro direto para as famílias.

Em relação as empresas, a redução do imposto pode oferecer mais recursos disponíveis para investimentos e geração de emprego. Com isso, busca-se equilibrar o sistema e promover uma distribuição mais justa da carga tributária, estimulando o crescimento econômico de forma abrangente.

Desafios após a aprovação da Reforma do Imposto de Renda

Ainda durante a entrevista, o ministro da Fazenda aponta as prioridades do ano após a aprovação da Reforma do Imposto de Renda. “Há a obrigação por lei de regulamentar a Reforma Tributária, que são 71 assuntos que podem constar até na mesma lei complementar”, declara.

Além disso, Haddad também destaca a necessidade de monitorar as medidas para cumprir o arcabouço fiscal e a implementação de um projeto para diminuir a volatilidade do dólar e atrair investimentos externos, “uma espécie de hedge cambial, associado a projetos de transformação ecológica”.

Conclusão

Neste artigo, explicamos o porquê a Reforma do Imposto de Renda foi adiada para 2025. Segundo anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, essa mudança ocorreu devido às eleições municipais de 2024. O ministro destacou a importância da reforma para corrigir a disparidade na tributação sobre consumo e renda, com objetivo de reduzir a carga sobre o consumo. 

Após a aprovação, os desafios incluem a regulamentação da Reforma Tributária e prioridades como a estabilidade do dólar e a atração de investimentos externos. Isso exigirá estratégias consistentes para alcançar o equilíbrio fiscal e promover o desenvolvimento econômico sustentável.

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