Com amortização, cotistas do RBRX11 receberão R$ 0,33 por cota

Etapas finais do processo de incorporação do RBRF11 pelo RBRX11. Confira os próximos passos e orientações para os cotistas

Otmar Schneider 25/11/2025 13:09 5 min Atualizado em: 25/11/2025 15:00
Com amortização, cotistas do RBRX11 receberão R$ 0,33 por cota

O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) RBR Alpha Multiestratégia Real Estate (RBRF11) está na etapa final do processo de incorporação pelo RBR Plus Multiestratégia Real Estate (RBRX11). Como parte da operação, o RBRX11 irá realizar a distribuição da amortização, ou seja, a devolução do caixa remanescente do RBRF11 em função do seu encerramento.

Como funciona a amortização no encerramento?

O valor total a ser recebido pelo cotista (amortização em dinheiro + cotas do RBRF) é de R$ 7,04, valor que representa a soma da amortização em caixa de R$ 0,33 por cota e da parcela equivalente a R$ 6,70 que será entregue em cotas do RBRX11, de forma proporcional (para cada 100 cotas detidas do RBRF, o cotista receberá 85 cotas do RBRX).

Fonte: RBR Asset

O que o cotista vai receber?

O que o cotista vai receber em dinheiro são os R$ 0,33 por cota, que serão pagos no dia 01/12/2025. Esse é o montante direto que cada investidor do RBRF receberá por cota que possuía, respeitando apenas o ajuste do imposto de renda quando houver ganho de capital na operação.

E como isso funciona na prática? Como a amortização ocorre dentro do processo de encerramento do Fundo, a Receita trata o evento como se fosse uma “venda” da posição do cotista no RBRF. Dessa forma, se o custo médio do investidor for inferior ao valor patrimonial utilizado no processo (R$ 7,03743710), há ganho de capital, e o administrador retém automaticamente o IR devido “na fonte”, antes de repassar o valor ao cotista.

Nesses casos, o investidor não recebe os R$ 0,33 de forma integral, recebe apenas a parte que sobra após o recolhimento do imposto, cuja alíquota é de 20%. Já quem tem custo médio igual ou superior ao valor patrimonial não tem IR a pagar e recebe o valor total dos R$ 0,33 por cota.

Fonte: RBR Asset

Contexto da incorporação do RBRF11 pelo RBRX11

A proposta da RBR Asset de incorporação do RBRF11 pelo RBRX11, consolidando ambos os fundos em um único veículo de investimento, foi aprovada em AGE em setembro de 2025. Com a incorporação, o RBRX11 se tornará o terceiro maior hedge fund listado do mercado.

A operação prevê a transferência integral dos ativos do RBRF11 para o RBRX11, por meio da subscrição de cotas da 5ª emissão do RBRX11, cujo montante total pode alcançar até R$ 1,3 bilhão.

Essa emissão será integralmente subscrita pelo RBRF11, que entregará seu portfólio como forma de integralização e, em contrapartida, receberá cotas do RBRX11 avaliadas também a valor patrimonial. 

Com o movimento, os cotistas do RBRF11 passarão a deter cotas do RBRX11, de forma proporcional à sua participação, e o RBRF11 será encerrado por meio de sua amortização integral.

Fonte: RBR Asset

Sobre o RBRX11

O RBRX11 é um fundo do tipo Hedge Fund, que possui flexibilidade para investir em uma ampla gama de ativos do setor imobiliário, como: (i) ações e fundos de ações do setor; (ii) CRIs e debêntures imobiliárias; (iii) cotas de FIIs e FIDCs; (iv) participações em SPEs; e (v) imóveis diretamente.

Benefícios esperados para cotistas

Vemos a transação como positiva, pois a incorporação ao RBRX11 representa uma oportunidade de reorganização estratégica relevante.

Ao serem transferidos pelo valor patrimonial, os ativos do RBRF11 passam a integrar um fundo com escopo mais amplo e maior flexibilidade de atuação, o que pode acelerar a reciclagem do portfólio e destravar valor que antes estava limitado pelo custo histórico de aquisição.

Além disso, a conversão atual elimina os prejuízos contábeis acumulados no RBRF, justamente em um momento em que o mercado segue descontado — o que abre espaço para uma eventual distribuição de ganhos de capital no futuro, caso haja valorização dos ativos. Isso pode impactar positivamente o rendimento distribuído aos cotistas e, por consequência, o valor de mercado da cota.

Outro ponto importante é que, com a fusão, o fundo passa a ter acesso a oportunidades de investimento que antes estavam fora do escopo do RBRF11, reforçando sua capacidade de alocação estratégica.

Pontos de atenção

Pelo lado negativo, haverá um aumento da taxa geral do fundo (administração + gestão), já que o RBRF possui taxa total de 1% a.a. (+20% de performance sobre o que exceder o benchmark), enquanto o RBRX possui taxa total de 1,25% a.a. (também com performance de +20%), para patrimônios líquidos acima de R$ 1 bilhão.

Maior diversificação e potencial de retorno

Na prática, a performance histórica dos dois fundos foi bastante próxima, mesmo com essa diferença de custo, sendo que o RBRX apresentou menor volatilidade no período — o que pode ser explicado por sua menor liquidez.

Portanto, embora o aumento de custo seja um ponto negativo, ele é compensado por benefícios estruturais mais relevantes, como o mandato ampliado, a eficiência tributária da reorganização e o potencial de geração de valor para os cotistas no médio e longo prazo, conforme destacado mais acima. 

Fonte: RBR Asset

Para ver mais detalhes sobre a incorporação, acesse o material completo, clique aqui. 

Abaixo, segue o cronograma com as próximas etapas:

Fonte: RBR Asset
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