Produção da Petrobras cresce 17% no 3T25 e bate novo recorde
A produção média de petróleo foi de avançou 17% no período contra o terceiro trimestre de 2024, para 3,14 milhões de boed
A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou sua prévia operacional do 3T25, atingindo a marca de 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no terceiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 8% em comparação ao segundo trimestre do ano.

Prévia operacional do 3T25 da Petrobras
O avanço na produção da Petrobras foi impulsionado principalmente pela entrada em operação e pelo aumento da capacidade de novas plataformas, como o FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, e o FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero.
Além disso, o ramp-up — ou aumento gradual da produção — de outras unidades, como o FPSO Maria Quitéria, FPSO Anita Garibaldi e FPSO Anna Nery, em campos como Marlim e Voador, também contribuiu para o resultado recorde.
Riscos e desafios ainda afetam o desempenho
Apesar do desempenho expressivo, a estatal ainda enfrenta os desafios típicos do setor de exploração e produção de petróleo, como eventuais manutenções programadas ou imprevistas nas plataformas, atrasos na perfuração de novos poços, volatilidade dos preços internacionais do petróleo e do gás, além das variações cambiais e de custos operacionais.
A Petrobras também está sujeita a riscos de governança e interferência política, além de questões regulatórias e tributárias que podem impactar sua rentabilidade e estratégia de longo prazo.
Ainda vale comprar ações PETR4?
Para o 3T25, a expectativa para a Petrobras é de um leve recuo de 4% na receita, 3% no Ebitda e uma queda mais acentuada de 35% no lucro líquido, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Assim como observado no 2T25, o foco volta a recair sobre os investimentos da companhia. Naquele trimestre, o aumento de 31% na base anual do Capex pressionou a geração de caixa e levantou preocupações sobre a capacidade da estatal em manter o atual nível de distribuição de proventos, diante do avanço dos investimentos.
Mesmo com múltiplos atrativos à primeira vista — cerca de 4x lucros e 3x Ebitda —, as ações da Petrobras (PETR) seguem negociando próximas à média histórica.
Dessa forma, sem uma assimetria favorável e considerando os riscos inerentes à estatal, além da proximidade de um ciclo eleitoral, que tende a aumentar a volatilidade, mantemos recomendação neutra para PETR3 ;PETR4.

