PRIO3, RRRP3 e RECV3 registram alta com disparada do Petróleo após conflito Israel-Hamas

Diante da alta nos preços do petróleo, as ações de petroleiras dispararam na bolsa de valores brasileira. Veja nossa recomendação

Fabiano Vaz 11/10/2023 13:33 3 min
PRIO3, RRRP3 e RECV3 registram alta com disparada do Petróleo após conflito Israel-Hamas

O petróleo (Brent) abriu a semana em forte alta de +4,11%, para US$ 88,06, após a guerra em Israel pressionar as cotações internacionais da commodity. 

Rota comercial

Embora Israel não seja um grande produtor, o canal de Suez, na fronteira do Estado de Israel com Egito (região chamada de península do Sinai), é um dos mais importantes pontos de trânsito de petróleo do mundo.

O mercado também se preocupa que o conflito possa prejudicar a oferta de petróleo bruto no Oriente Médio se países como o Irã e Arábia Saudita, grandes produtores de petróleo, estiverem envolvidos.

Petroleiras sobem com conflito Israel-Hamas

Diante da alta nos preços do petróleo, as ações de petroleiras dispararam na bolsa de valores brasileira.

Desde o início dos ataques terroristas a Israel feitos no sábado, 7, os papéis da Petrorecôncavo (RECV3) sobem +11,35%, a R$ 21,49, 3R Petroleum (RRRP3) e Prio (PRIO3) acumulam alta de +8,33%, a R$ 30,82 e R$ 48,25, respectivamente. Enauta (ENAT3) valoriza +7,83%, a R$ 17,77, e as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) sobem +5,07%, a R$ 35,21. 

Ações de petroleiras sobem desde o início do ataque
Fonte: Bloomberg

No setor, preferimos as ações das petroleiras juniors, com Petrorecôncavo negociando a 2,2x, Prio a 3,7x e 3R Petroleum a 3,2x Ebitda 2024. Os múltiplos são atrativos nos preços atuais e as companhias proporcionam uma boa visibilidade futura.

Além disso, as perspectivas de crescimento de produção e os ganhos de eficiência dessas três companhias contribuem para a nossa margem de segurança.

Por meio do incremento da produção e do controle de custos, empresas como RECV3, PRIO3 e RRRP3 conseguem reduzir os impactos de um cenário de preços internacionais de petróleo mais baixos. E, em cenários de preços mais favoráveis, como o atual, conseguem impulsionar sua lucratividade.

Sobe e desce do petróleo

No final de setembro, a cotação do petróleo tinha superado os US$ 94, o maior patamar desde outubro de 2022, mas engatou uma tendência de baixa com uma previsão de demanda menor em meio a juros mais altos nos Estados Unidos por mais tempo.

O número de variáveis que influenciam os preços do petróleo são grandes e por isso é praticamente impossível prever os preços no futuro.

Além de uma desaceleração da economia americana e da extensão que o conflito Israel-Hamas pode tomar, as variáveis mais importantes que podem influenciar o petróleo no curto e médio prazo são: a atividade econômica chinesa, a oferta da commodity pelos principais produtores e os estoques dos EUA ainda em níveis baixos.

Para o Brasil, dependendo da intensidade e da duração, uma alta da commodity pode provocar uma pressão inflacionária para o país. 

Desse modo, continuamos monitorando e avaliando os riscos associados às variações de preço do petróleo.

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