PIB da Zona do Euro desafia expectativas e cresce no 2º trimestre, segundo resultado preliminar

PIB da zona do euro avança acima do esperado, com destaque para Espanha e Portugal; setor de serviços se fortalece e BCE adota cautela com cortes de juros

Nord Research 30/07/2025 11:11 2 min
PIB da Zona do Euro desafia expectativas e cresce no 2º trimestre, segundo resultado preliminar

O PIB da Zona do Euro cresceu 0,1% no segundo trimestre de 2025, superando as expectativas de estabilidade. Na comparação interanual, o avanço foi de 1,4%, acima da projeção de 1,2%.

Apesar do crescimento mais moderado em relação ao 0,6% do primeiro trimestre, é importante destacar que aquele resultado foi inflado por uma antecipação pontual de exportações, em resposta à escalada da guerra tarifária. O dado atual, portanto, indica que a economia do bloco mantém alguma capacidade de adaptação, mesmo sob incertezas externas relevantes.

O PMI composto preliminar de julho reforça essa leitura. A atividade no setor de serviços apresentou uma melhora significativa e acima do esperado, bem como a recessão na indústria parece caminhar em direção ao fim sustentando essa perspectiva de resiliência da economia na zona do euro.

No recorte por países, Espanha (+0,7%) e Portugal (+0,6%) puxaram o crescimento entre os países do bloco, impulsionados pelo turismo e serviços. Em sentido oposto, Alemanha e Itália recuaram 0,1%, enquanto a Irlanda registrou retração mais intensa, de 1,0%.

No caso alemão, o governo anunciou para 2026 um orçamento recorde com €126,7 bilhões em investimentos e €174,3 bilhões em empréstimos. A medida busca reverter o quadro de estagnação econômica e, se bem implementada, pode contribuir para elevar o crescimento agregado da zona do euro nos próximos trimestres.

Política monetária

O acordo comercial recente com os Estados Unidos ajudou a reduzir parte das incertezas externas. Ainda assim, não há mudança relevante nas apostas do mercado sobre a política monetária.

O BCE deve manter os juros elevados por mais tempo, priorizando a estabilização das expectativas inflacionárias, sinalizando que qualquer flexibilização será gradual e dependente de dados.

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