PCE: inflação nos EUA atinge 2,3% em maio e segue em trajetória de desaceleração
A inflação americana vem se mostrando mais comportada. No entanto, ainda é preciso um processo de desaceleração consistente nos componentes mais estruturais

A inflação ao consumidor dos EUA medida pelo PCE apresentou uma alta de +0,14% em maio, em linha com as expectativas, após +0,12% no mês anterior e 0,00% em maio de 2024.
O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, apresentou uma alta de +0,18%, também em linha com as expectativas, após +0,14% no mês anterior e +0,08% em maio de 2024.

No acumulado em 12 meses, o núcleo do PCE passou de +2,58% para +2,68%.

Na comparação mensal, os preços de serviços aceleraram de +0,07% para +0,14%. Vale ressaltar, por outro lado, que o resultado do mês anterior havia sido o menor desde abril de 2020, devido a fatores mais transitórios.
Desse modo, a alta de +0,14% em serviços ainda representa o segundo menor resultado desde maio de 2024 (+0,11%).
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Olhando para o preço mais resiliente dentro de serviços, aluguéis mostraram uma boa desaceleração de +0,35% para +0,26%, o menor resultado desde novembro de 2024 (+0,25%).

No acumulado em 12 meses, aluguéis recuaram de +4,23% para +4,07%. Ou seja, patamar ainda alto, mas em processo de desaceleração gradual.

O que chamou atenção nesse dado foi a pressão de bens não duráveis, que acelerou de +0,07% para +0,47%, o maior resultado desde janeiro de 2025 (+0,505%), principalmente em razão dos maiores preços da categoria de “revistas, jornais e papelaria”, além de “itens de recreação” e “produtos farmacêuticos”.

Ou seja, tivemos um dado comportado e com bom sinal no qualitativo diante da queda do preço de aluguéis, após as maiores pressões apresentadas nos dois meses anteriores. No entanto, é preciso que os preços de aluguéis continuem apresentando uma trajetória consistente de desaceleração.
Além disso, devemos monitorar a dinâmica dos preços de bens adiante.
Direto ao ponto
Ao levarmos em consideração tanto os dados do PCE quanto os do CPI (ambos dados de inflação ao consumidor), a nossa interpretação é de que os dados estão mais comportados nos últimos meses, mas ainda precisam seguir apresentando trajetória de desaceleração consistente em seus componentes mais estruturais.


