EUA cria 303 mil novas vagas, acima do esperado

EUA cria 303 mil vagas em março, acima das expectativas de 214 mil.

Nord Research 05/04/2024 12:31 2 min Atualizado em: 05/04/2024 16:32
EUA cria 303 mil novas vagas, acima do esperado

Principal dado de mercado de trabalho dos EUA, o Payroll mostrou a criação de 303 mil vagas em março, acima das expectativas de 214 mil. O dado do mês anterior teve uma leve revisão para baixo, passando de 275 mil para 270 mil.

A taxa de desemprego caiu de 3,9% para 3,8%, em linha com o consenso. Observamos uma variação na taxa entre 3,7% e 3,9%, mas ainda sem quebrar a barreira dos 4,0%.

Enquanto isso, os salários subiram 0,3%, em linha com o esperado. Já o dado do mês anterior foi revisado para cima, de +0,1% para +0,2%. Com isso, os salários acumulam uma alta de +4,1% em 12 meses, ainda acima dos patamares compatíveis com a meta de inflação.

Ou seja, após a divulgação de fevereiro ter apontado para uma leitura mais tranquila diante de revisões importantes dos meses anteriores, alta da taxa de desemprego e salários mais baixos, a informação de hoje volta a reforçar a dinâmica apertado do mercado de trabalho americano.

Por vezes podemos observar um Payroll relativamente mais fraco (como na leitura anterior), mas a interpretação na totalidade permanece em direção a uma atividade aquecida na maior economia do mundo.

Para observamos uma desaceleração mais aguda, é necessária uma sequência de dados mais fracos, o que, por enquanto, não aconteceu, apesar da possibilidade de observarmos uma maior desaceleração adiante.

Com essa leitura mais forte, os juros futuros voltaram a abrir, subindo cerca de 5 pontos-base.

Na próxima semana, teremos a divulgação do CPI (inflação ao consumidor).

Em termos de política monetária, esse Federal Reserve não tem o costume de surpreender o mercado em suas decisões.

Isso significa que, se tivermos dados mais pressionados de atividade e inflação até a reunião de maio, a autoridade monetária pode não dar as sinalizações de que os cortes se iniciarão na sua reunião seguinte, deixando uma maior possibilidade do início de cortes para julho.

Até lá, nossa tarefa é ir acompanhando os próximos dados para fundamentar quais serão os próximos passos do Fed.

Estaremos atentos ao CPI e ao PPI (inflação ao produtor).

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