Os 5 maiores erros dos investidores de renda fixa: o que não fazer

Confira quais são os principais erros que investidores cometem ao investir em renda fixa. Saiba como evitá-los e aumente suas chances lucro.

Nord Research 11/09/2023 11:38 7 min
Os 5 maiores erros dos investidores de renda fixa: o que não fazer

Investir em renda fixa é uma escolha popular para muitos investidores, especialmente em um cenário de taxas de juros elevadas. No entanto, é fundamental evitar cometer erros que podem comprometer seus retornos e colocar em risco seu patrimônio.

Continue sua leitura para entender quais são os cinco maiores erros cometidos pelos investidores de renda fixa e saiba como evitá-los.

Sumário

Assista o vídeo: evitando armadilhas ao investir em CDB

Neste vídeo, Marilia Fontes, especialista em Renda Fixa na Nord Research, explica quais são os cinco erros mais comuns cometidos por investidores de ativos de renda fixa privada. Confira e saiba como evitá-los.

A importância de ter cuidados ao montar sua carteira de investimentos

Saber montar sua carteira de investimentos é fundamental para alcançar seus objetivos financeiros. No entanto, esse processo requer atenção e cuidados específicos para garantir que seus investimentos sejam bem-sucedidos.

É sempre importante considerar a diversificação dos investimentos para reduzir o risco. Isso porque, diferentes ativos têm comportamentos distintos em diferentes condições de mercado.

Se você monta uma carteira de investimentos sem critérios, pode não alcançar os resultados esperados. Por isso, é fundamental fazer escolhas bem pensadas e criteriosas.

Os maiores erros dos investidores de renda fixa

Para não cometer erros ao investir em renda fixa, é importante conhecer quais são as principais armadilhas desse tipo de investimento e entender como se livrar delas.

Está em dúvida? Veja quais são os 5 maiores erros dos investidores de renda fixa, como em Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

Erro 1: Não se atentar ao indexador do título

Uma das decisões mais importantes ao investir em CDBs, LCIs ou LCAs é escolher o tipo de indexador: pré-fixados, pós-fixados e indexados à inflação (geralmente atrelados ao IPCA). Cada um deles possui características e riscos distintos.

  • Pré-fixados: são títulos com taxa de juros definida no momento da compra. Podem ser vantajosos quando as taxas de juros estão em queda, mas arriscadas quando as taxas sobem. Por exemplo, rendimento fixo de 6%;
  • Pós-fixados: São geralmente atrelados ao CDI ou à taxa Selic. Suas taxas variam conforme o comportamento desses índices. São indicados quando as expectativas são de que as taxas de juros vão subir. Por exemplo, rendimento de 100% do CDI;
  • Indexados à inflação: São ajustados conforme a inflação, protegendo o investidor do impacto do aumento dos preços. São indicados para proteger o poder de compra. Por exemplo, IPCA+.

Evitar esse erro significa analisar cuidadosamente o cenário macroeconômico antes de escolher o indexador para que sua carteira de investimentos esteja alinhada com suas expectativas de mercado.

Alguns investidores, por não saber qual escolher, acabam escolhendo todos ou um só. Essa não é uma escolha errada, mas pode te dar prejuízo se feita sem estratégia. Sendo assim, se você tiver dúvidas, sempre conte com ajuda especializada para elaborar suas estratégias.

Erro 2: Ignorar o emissor do título

Muitos investidores focam exclusivamente nas taxas oferecidas pelos títulos, sem considerar o emissor. O emissor é o banco ou instituição financeira responsável pelo título e pode influenciar diretamente a segurança do investimento.

Um dos erros da renda fixa é não conferir a saúde financeira do emissor do título. 

É importante verificar a saúde financeira do emissor, seu histórico e classificação de risco antes de investir.

Você também não deve confundir o emissor com o banco ou corretora de compra. Por exemplo, ao fazer um investimento em CDB na XP Investimentos, você não está investindo na corretora, ela é apenas o intermediário.

Não se deixe levar apenas pela taxa de juros oferecida, pois um emissor mais arriscado pode exigir uma taxa maior para atrair investidores. A análise do emissor é fundamental para proteger seu capital.

Erro 3: Confiar apenas na garantia do FGC

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma entidade que garante a devolução do valor investido em até R$ 250.000 por CPF e por instituição financeira em caso de falência do banco emissor. No entanto, o FGC não é uma garantia absoluta de que você nunca perderá dinheiro.

Assim como qualquer outra seguradora, o FGC garante esse pagamento em alguns cenários. No entanto, se uma crise financeira abalar o sistema bancário, o FGC pode não conseguir garantir todos os investimentos, uma vez que não terá dinheiro em caixa para arcar com todos os valores.

Ainda que a garantia do FGC seja segura e confiável. Você não pode contar apenas com ela. É muito mais sensato investir em opções seguras e sólidas, com mais chances de lucro, do que apenas confiar no pagamento do FGC em caso de crise.

Erro 4: Manter uma carteira travada em prazos longos

Outro erro comum é fazer investimentos com prazos muito longos, como cinco anos ou mais, especialmente no caso de CDBs. Isso limita a capacidade de aproveitar oportunidades de mercado e se adaptar às mudanças nas taxas de juros e na economia.

É importante entender que o mercado financeiro atua em ciclos, com momentos de baixas, quedas, estabilidade, mas sempre em ciclos. Quando você aloca todo seu dinheiro em um único local com vencimento longo, fica travado e pode perder boas chances de fazer aportes estratégicos e aumentar seu lucro.

Portanto, é aconselhável manter uma carteira mais flexível, com títulos de prazos mais curtos, permitindo que você aproveite as oportunidades que surgem no mercado.

Isso não significa que você não pode fazer investimentos longos. Contudo, tudo deve ser pensado com estratégia a fim de maximizar suas chances de lucro.

Erro 5: Não conferir a taxa justa

Por fim, um erro comum é não verificar se a taxa oferecida pelo título é justa em relação ao risco assumido. Por exemplo, comprar um CDB, que é mais arriscado, pelo mesmo preço que estaria rendendo um Tesouro Selic, considerado mais seguro.

Dessa forma, é importante comparar a taxa de retorno oferecida com as taxas de títulos públicos equivalentes e considerar o perfil de risco do emissor.

A melhor maneira de fazer isso é consultar fontes confiáveis, como:

  • Títulos pre-fixados: confira a taxa justa no site da B3 (Bolsa de Valores do Brasil);
  • Títulos IPCA+: no site da Anbima Títulos Públicos;
  • Títulos pós-fixados: a taxa do Governo é 100% do CDI, então a taxa tem que ser maior, por exemplo, 110% do CDI.

Assim você pode verificar as taxas de títulos públicos e títulos privados calcular a taxa justa para o título que você está considerando.

Taxa na B3

Por exemplo, para saber a taxa justa no site da B3, o passo a passo é o seguinte:

  1. Acesse o site da B3 para verificar as previsões da taxa Selic para o período de investimento desejado;
  2. Selecione o campo “DI x Pre”;
  3. Procure pela taxa de referência para o tipo de CDB pré-fixado que você está interessado em comprar. Por exemplo, se você está procurando um CDB pré-fixado de seis meses, verifique as taxas correspondentes a 180 dias;
  4. Compare essa taxa de referência com a taxa que está sendo oferecida pelo banco ou instituição financeira na qual você está considerando investir no CDB pré-fixado. Se a taxa oferecida pelo banco for menor do que a taxa de referência da B3, isso pode ser um sinal de que o investimento não é tão vantajoso.

Como saber qual a taxa justa quando é o mesmo banco?

Se você tem dúvidas sobre como calcular a taxa justa, pode acessar a Planilha de Conversão de Ativos, elaborada por Marilia Fontes. Ela é gratuita e serve para você fazer esses cálculos de forma simples e prática. Aproveite!

Acesse a planilha de conversão de ativos e calcule a taxa de juros sem erros. 

Conclusão

Neste texto, aprendemos quais são os maiores erros que investidores podem cometer ao investir em títulos de renda fixa sem a estratégia correta. Estes erros são:

  • Não se atentar ao indexador do título;
  • Ignorar o emissor do título;
  • Confiar apenas na garantia do FGC;
  • Manter uma carteira travada em prazos longos;
  • Não conferir a taxa justa.

Para evitar esses erros, os investidores devem realizar uma análise detalhada de seus investimentos, considerando os fatores como o indexador, o emissor, a garantia do FGC, o prazo de investimento e a taxa justa.

Além disso, em caso de dúvidas é importante buscar orientação especializada e utilizar boas ferramentas para tomar decisões financeiras mais estratégicas.
Também para fazer bons investimentos, é preciso conhecer bem o mercado. Por isso, acompanhe o blog da Nord Research para ficar por dentro de novidades e atualizações sobre o mercado financeiro.

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