O que são criptomoedas, como funcionam e por que investir

Saiba o que são criptomoedas, como funcionam, quais são as principais, qual o potencial de investimento, vantagens e riscos. Leia o artigo!

Nord Research 19/04/2023 14:38 12 min Atualizado em: 16/08/2023 11:24
O que são criptomoedas, como funcionam e por que investir

Entender o que são criptomoedas permite encontrar novas formas de investimento e potencializar a rentabilidade da sua carteira de ativos. Saiba mais sobre o assunto.

Você já entende exatamente o que são criptomoedas? Se esse conceito ainda parece confuso, está na hora de tirar suas dúvidas. Afinal, os ativos digitais vêm conquistando inúmeros investidores — e existem vários motivos para isso.

É claro que isso depende de saber como começar em cripto da forma certa. Até mesmo porque as moedas digitais são o ativo mais desejado pelos brasileiros em 2023. Essa foi a resposta para 35% dos entrevistados de uma pesquisa.

A segunda classe de produtos financeiros mais buscada foi a do setor imobiliário, com 26%. Ou seja, a diferença de 9 pontos percentuais deixa claro a preferência dos investidores.

Muito disso é derivado do alto potencial de rentabilidade. Tanto que, em 2023, o Bitcoin está tendo um resultado melhor do que a renda fixa, o ouro e o Ibovespa. Até 16 de março, a alta do criptoativo já tinha chegado a 51,97%.

Esses dados devem ter aguçado a sua curiosidade. Então, que tal saber mais sobre o que são as criptomoedas? É o que vamos explicar neste artigo. Confira!

Sumário

O que são criptomoedas?

Criptomoedas são moedas digitais que usam a criptografia para validar as transações financeiras, portanto é um tipo de dinheiro que existe somente no âmbito virtual. Essa característica também faz com que esses ativos sejam descentralizados. Ou seja, não existe regulamentação por nenhum órgão ou país específico.

No mundo dos investimentos, os criptoativos consistem em um meio de troca entre investidores que operam no mercado de trading. Todas as operações são seguras e transparentes porque estão vinculadas à blockchain.

Essa tecnologia é uma cadeia de blocos que armazena todas as informações de cada transação realizada. Dessa forma, há o registro de todas as operações financeiras, corretores, investidores e outros dados relevantes.

Cada criptomoeda tem um valor. Ele é definido por diferentes fatores, como na renda variável. Assim, há um impacto significativo da volatilidade, o que pode ser positivo ou negativo, se você souber usar esse aspecto a seu favor.

Todos esses fatores são importantes para compreender o que são criptomoedas. Como são vários detalhes, o Top Five, com Renato Breia, trata do assunto no vídeo a seguir. Veja e entenda melhor.

Como as criptomoedas surgiram?

As criptomoedas surgiram em 31 de outubro de 2008, com a criação do Bitcoin. Esse foi o primeiro ativo digital gerado no mundo. Seu surgimento ocorreu por meio de Satoshi Nakamoto, um pseudônimo, que enviou um e-mail naquele dia para as pessoas que estavam interessadas em criptografia.

O objetivo foi facilitar a troca de valores. Com isso, a expectativa era garantir mais liberdade financeira para as pessoas justamente porque não há regulamentação governamental. Assim, seria possível utilizá-las em todo o mundo sem necessidade de se preocupar com a alta do juro e o câmbio.

Isso porque o aumento da taxa Selic hoje — ou de qualquer outro indicador de referência no mundo — e a taxa de conversão de moedas não interferem nas criptomoedas. Desse modo, as operações financeiras são mais justas.

A diferença ocorre entre os diversos tipos de criptoativos, já que um deles pode ser mais valorizado do que outro. Além disso, existe uma equivalência em relação a moedas reais. Por exemplo, no dia 12 de abril de 2023, 1 Bitcoin (BTC) custava R$ 147.717,74. Porém, o processo de compra pode ser de menos de 1 ativo, como veremos adiante.

Como as criptomoedas funcionam

As criptomoedas funcionam como ativos digitais codificados e baseados em criptografia que permitem realizar e rastrear operações financeiras. Todos os dados são armazenados na blockchain. Assim, não existe cédula ou moeda física. As transações ocorrem totalmente no ambiente virtual.

Para gerenciar esses ativos, eles são armazenados em uma carteira virtual, que pode ser acessada por dispositivos com acesso à internet. A partir disso, você pode fazer a compra e a venda das moedas digitais sem burocracia nem problemas.

No entanto, para entender o verdadeiro conceito de criptomoedas, é preciso falar de blockchain. Essa cadeia de blocos — na tradução literal — é uma espécie de protocolo de confiança. Isso porque todos os dados e informações são registrados e compartilhados como medida de segurança e descentralização.

Por esse motivo, a blockchain é comparada a um livro razão da contabilidade. Afinal, é público e compartilhado. Com isso e devido à ausência de terceiros, cria-se um senso de confiança, porque as partes envolvidas acabam estabelecendo uma comunicação direta.

Todas essas características fazem com que a transparência e a segurança sejam termos bem relacionados ao que são as criptomoedas, porém ainda existem outros conceitos importantes: volatilidade e liquidez.

Neste momento, vale a pena perguntar: por que cripto é tão volátil? Essa pergunta precisa ser respondida considerando vários fatores. Por exemplo:

  • funcionamento 24x7 do mercado, ou seja, ele não tem fechamento;
  • liquidez global e instantânea, portanto há negociações ocorrendo no mundo todo e as vendas são executadas na hora;
  • capitalização de mercado baixa, no geral;
  • caráter especulativo devido à pouca compreensão dos investidores sobre o mercado.

Esses pontos explicam tanto a liquidez quanto a volatilidade. Para investidores moderados ou arrojados, os criptoativos permitem fazer a diversificação de carteira com muito pouco capital. Esse é um ponto positivo. Ainda é preciso analisar outros fatores, como veremos adiante.

Mineração

A explicação acima já permite entender o que são criptomoedas, mas ainda existe a mineração. Esse é um termo utilizado para indicar a geração de novas moedas digitais.

Basicamente, todo criptoativo tem um código complexo e impossível de alterar devido à criptografia. A blockchain garante o registro e a validade dessas transações, já que não existe um órgão central que assegure a veracidade.

Esse registro realizado na cadeia é feito pelos mineradores, que são usuários com computadores com alta capacidade de processamento. O objetivo é realizar operações matemáticas complexas. Quem consegue chegar ao resultado certo valida a operação e é remunerado com novas unidades do criptoativo.

No entanto, cada um deles tem uma limitação de unidades, dessa maneira, quanto mais computadores forem usados para minerar, mais complexos serão os problemas matemáticos.

Quais são as principais criptomoedas do mercado?

As principais criptomoedas do mercado são:

Bitcoin

É a primeira moeda digital descentralizada do mundo. Criada em 2008, surgiu em meio à crise financeira global da época. Atualmente, é o criptoativo mais importante e com o maior valor de mercado.

Ethereum

Consiste na segunda principal criptomoeda do mundo. Apesar disso, seu protocolo também pode ser usado para gerar tokens com diferentes finalidades.

Isso porque, no início, Ethereum era uma plataforma usada por desenvolvedores em seus projetos de smartcontracts. Assim, o ativo seria usado como um meio de remuneração.

Solana

Esse é um projeto de código aberto que permite à tecnologia blockchain fornecer soluções financeiras descentralizadas a fim de criar apps com essa mesma característica.

Seu objetivo é aprimorar a escalabilidade por meio do consenso de prova de história junto ao de prova de participação (mais usado na blockchain).

BNB

É a moeda da bolsa global de criptomoedas Binance. Essa é a maior exchange de criptomoedas do mundo no que se refere ao volume de negociações.

Litecoin

É uma moeda digital que replica as características do Bitcoin, mas oferece alguns benefícios. Por exemplo, menor tempo de transação, menor taxa de bloqueio e mais acessibilidade.

Criada por Charlie Lee, ex-funcionário da Google, costuma ser considerada uma alternativa mais eficiente para executar operações diárias.

Dash

Com essa moeda, a confirmação das operações é praticamente instantânea. Além disso, as transações são anônimas.

Qual o potencial de investimento?

O potencial de investimento em criptomoedas é elevado. No primeiro dia de 2023, a capitalização de mercado chegava a 795,55 bilhões de dólares. Já no dia 29 de janeiro, estava em 1,188 trilhão de dólares. Essa diferença representa uma alta de 49,3% em menos de 1 mês.

Esses dados demonstram de forma bastante precisa o alto potencial de rentabilidade dos criptoativos. Essa característica vantajosa é complementada por outros detalhes úteis, como a segurança e a transparência do sistema, assim como a criptografia. Ainda há a desvinculação de governos e fatores políticos.

Tudo isso faz com que entender o que são as criptomoedas e adquiri-las seja visto por muitas pessoas e especialistas como um bom negócio. De toda forma, recomenda-se sempre adotar as boas práticas do mercado financeiro.

Dentre elas, destacam-se a diversificação da carteira de investimentos e a atenção ao perfil de investidor. O propósito é ter certeza da decisão tomada, considerando os benefícios e os riscos de investir nos criptoativos.

Nesse sentido, vale a pena relembrar por que a diversificação de investimentos é importante. Essa regra de ouro do mercado financeiro serve para diminuir os riscos e aumentar a rentabilidade potencial do portfólio.

Portanto, ao investir em criptomoedas, você tem a chance de ganhar mais devido à alta volatilidade. Ainda assim, vale a pena ter alguns títulos mais conservadores, que vão compensar possíveis perdas.

Como funciona a compra e venda?

A compra e venda de criptomoedas funciona a partir das exchanges. Elas são corretoras de criptomoedas e oferecem um home broker que permite fazer as operações a qualquer momento do dia. O cadastro é feito pelo próprio site da instituição em poucos minutos e você já pode operar, considerando o preço do ativo. Ele é determinado por oferta e demanda. No entanto, você também pode adquirir cotas de fundos de criptoativos e Exchange Traded Funds (ETFs).

De toda forma, é importante saber analisar os movimentos do mercado para descobrir o melhor momento de fazer a transação financeira. Com isso, você consegue obter o melhor resultado ao fazer o seu investimento.

Normalmente, o cadastro na exchange é gratuito. Assim que você abrir a sua conta, basta transferir o dinheiro para ela e executar as ordens de compra e venda.

Se preferir, pode adquirir as cotas de fundos de criptomoedas ou ETFs em corretoras e plataformas de investimento. O processo é igual, via home broker. O cuidado é com os mecanismos de proteção da instituição.

Por isso, vale a pena se atentar a algumas dicas para começar a investir em criptomoedas. Elas são:

  • diversifique a sua carteira. Nunca coloque todo o seu capital apenas em criptoativos;
  • mantenha uma parcela pequena do portfólio nessa classe de ativos. O recomendado é ficar entre 1% e 2%, chegando a 5%, no máximo;
  • atente-se à regulamentação. Os fundos estão sob supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e têm gestão especializada. Ainda assim, verifique o histórico;
  • estude o mercado e tome decisões mais conscientes para entender todas as vantagens e desvantagens.

Por que investir em criptomoedas?

Existem vários motivos para investir em criptomoedas. Algumas das principais vantagens são a descentralização desses ativos, a segurança garantida pela blockchain e a diversificação da carteira de investimentos.

Ainda tem mais. Veja quais são os benefícios de optar por essa alternativa de investimento.

Alto potencial de rentabilidade

A possível valorização do preço dos ativos é significativa. Isso acontece por diferentes motivos, como segurança, transparência, descentralização e criptografia. Esses aspectos interferem em todos os criptoativos.

Porém, a rentabilidade no longo prazo é ainda maior em moedas digitais mais consolidadas, como o Bitcoin e o Ethereum. Muito disso é justificado pelos fundamentos das criptomoedas. Ou seja, a capacidade de desenvolvimento de tecnologia e aumento da utilidade para os usuários contribuem para a alta.

Baixos custos de operação

Apesar do valor de 1 criptoativo, como o Bitcoin ou a Ethereum, valer milhares de reais, você pode adquirir somente parte dele. Assim, não é necessário comprar uma moeda inteira. É possível adquirir frações com pouco dinheiro, o que torna o custo da operação baixo e o investimento, acessível. Ainda tem várias exchanges que cobram taxas reduzidas.

Rapidez nas transações

As transações financeiras são ágeis e confirmadas em poucos segundos. Isso acontece pelo próprio funcionamento da blockchain. Afinal, o intermediário é eliminado, pois o modelo de pagamento é P2P.

Quais são os riscos de investir em criptomoedas?

Os riscos de investir em criptomoedas são:

Alta volatilidade

Entender o que são criptomoedas passa por saber que esses ativos apresentam alta volatilidade. Ou seja, seu preço muda com frequência e isso gera dois efeitos: o potencial de rentabilidade mais alto e a chance de perdas, também, mais elevada.

Em outras palavras, esse é um produto financeiro mais arriscado, que exige um cuidado extra. Nesse sentido, é importante contar com uma carteira diversificada e capaz de reduzir o risco de prejuízos.

Falta de regulamentação do mercado

A descentralização tem seus pontos positivos, mas a falta de regulamentação do mercado traz riscos. Por exemplo, em caso de perdas ou golpes, não há muito a quem recorrer. Isso porque as criptomoedas fazem com que você tenha autonomia.

Portanto, tudo está restrito à sua carteira de criptomoedas. No entanto, se enviar a um endereço equivocado, perder a senha ou mesmo tiver o sistema invadido, pode perder tudo.

Falta de mecanismos de proteção

Por não ser regulamentado, o mercado não tem mecanismos de proteção adequados e está suscetível a manipulações. Algumas exchanges oferecem camadas de segurança extra para trazer mais confiabilidade. Ainda assim, ataques podem ocorrer no sistema.

Com todas essas informações, você conseguiu entender exatamente o que são criptomoedas, como elas funcionam e por que investir, porém essa análise também depende de considerar os riscos e outros fatores relevantes.

Ao avaliar bem todos os aspectos, é possível tomar uma decisão acertada e usar os criptoativos para potencializar a rentabilidade da sua carteira.

Gostou de saber mais sobre esses detalhes e quer se aprofundar no assunto? Leia sobre o respeito dos bancões pelo Bitcoin e entenda melhor todo o contexto.

Resumindo

O que é criptomoeda e como funciona?

A criptomoeda é uma moeda — ou ativo — digital que funciona como um tipo de dinheiro, porém totalmente digital. É possível comprá-la e adquiri-la em corretoras especializadas, mas sua emissão não é feita por nenhum governo. Portanto, é totalmente desvinculada e descentralizada, o que traz mais autonomia para os usuários.

Como funciona a compra de criptomoedas?

A compra de criptomoedas funciona a partir de uma exchange. Elas são corretoras especializadas, que permitem fazer a troca direta entre duas pessoas. Esse modelo é o P2P, que facilita as transações e ainda permite um investimento inicial baixo, especialmente porque é possível adquirir apenas frações do criptoativo.

É seguro investir em Bitcoins?

Sim, é seguro investir em Bitcoins. Assim como outras criptomoedas, o funcionamento é baseado na blockchain, em que todas as operações são registradas e armazenadas. Assim, o sistema fica protegido contra invasões. Por outro lado, existem riscos no mercado de criptoativos, em possíveis invasões às carteiras digitais e até de golpes.

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