Mudança no FGC em 2026 deve tornar captação mais cara

CMN altera regras do FGC a partir de 2026. Entenda como isso afeta seus investimentos em CDBs e veja o que muda para os bancos

Nord Research 01/09/2025 14:08 3 min
Mudança no FGC em 2026 deve tornar captação mais cara

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma mudança importante nas regras do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A nova regulamentação traz impactos diretos para os investimentos em CDBs.

As alterações passam a valer a partir do dia 1º de junho de 2026 e buscam inibir a tomada de riscos excessivos por parte dos bancos e, consequentemente, preservar a estabilidade do sistema financeiro.

A seguir, você entenderá o que muda com a nova regra do FGC e como isso pode influenciar suas decisões de investimento em renda fixa.

O que é o FGC e como funciona a garantia?

O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada para proteger investidores em caso de falência ou intervenção de bancos e outras instituições financeiras associadas. Ele garante saldos em conta e os investimentos de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em cada instituição ou conglomerado financeiro, respeitando um limite total de R$ 1 milhão a cada quatro anos.

Essa proteção se aplica a diversos produtos de renda fixa, com destaque para os principais: 

  • CDBs (Certificados de Depósito Bancário)
  • LCIs e LCAs
  • Letras de Câmbio
  • Poupança

O que mudou com a nova regra?

Entre as medidas aprovadas está a alteração na Contribuição Adicional (CA), taxa paga por instituições com maior perfil de risco. Atualmente, todas as associadas ao FGC contribuem mensalmente com 0,01% sobre o total dos depósitos cobertos pelo fundo, mas aquelas consideradas mais arriscadas também arcam com a CA.

Com a nova norma, essa contribuição extra dobrou de 0,01% para 0,02%. Além disso, o gatilho para a cobrança foi antecipado: antes, ela só era exigida quando as captações garantidas pelo FGC ultrapassavam 75% do Valor de Referência (VR); agora, o percentual caiu para 60%.

Outra mudança atinge as instituições excessivamente alavancadas. Nessas situações, quando o VR superar em dez vezes o patrimônio líquido ajustado, o valor excedente deverá ser aplicado em títulos públicos.

Como o Banco Master influenciou a alteração no FGC?

A nova norma foi estabelecida em meio às ações judiciais e investigações do Ministério Público sobre a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). 

O Banco Master costumava fazer captações oferecendo taxas elevadasCDBs a 120% do CDI, usando a cobertura do FGC como atrativo.  Contudo, com as alterações promovidas, a tendência é que esse comportamento mude.  

O que o investidor deve fazer agora?

Para quem já investe ou pensa em investir em CDBs com garantia do FGC, é hora de reavaliar a carteira com atenção redobrada:

  • Verifique se os emissores pertencem ao mesmo conglomerado financeiro.
  • Diversifique os investimentos, escolhendo bancos de grupos distintos para manter a cobertura total do FGC.
  • Acompanhe as movimentações do mercado e priorize instituições sólidas, mesmo que ofereçam uma rentabilidade um pouco menor.
  • Consulte um consultor de investimentos para alinhar seus objetivos com o novo cenário.

Se você tem ativos na sua carteira que te preocupa, pode agendar uma avaliação de carteira gratuita com nosso time de Wealth. A única condição é que seus investimentos somem mais de R$ 1 milhão.

Agende uma conversa e entenda como funciona a melhor consultoria personalizada do Brasil.

AGENDAR UMA AVALIAÇÃO DE CARTEIRA

Tópicos Relacionados
Compartilhar

Receba conteúdos e recomendações de investimento gratuitamente

Obrigado pelo seu cadastro!

Acompanhe nossos conteúdos por e-mail para ficar por dentro das novidades.