Michael Burry zera posição em China
Lendário investidor Michael Burry foi um dos poucos que antecederam a crise de 2008 e lucraram bilhões de dólares com ela.
A visão de Michael Burry sobre China
O lendário Michael Burry, médico americano, investidor e gestor de fundos hedge, que ganhou destaque no mundo financeiro por sua previsão precoce do colapso da bolha imobiliária de 2007-2008, vendeu toda a sua posição na China. Vale lembrar que ele foi um dos poucos investidores que antecederam a crise de 2008 e lucrou bilhões de dólares com ela.
Considerado um dos melhores investidores da era recente, Michael Burry teve seu sucesso documentado no livro "The Big Short", de Michael Lewis, que mais tarde foi adaptado para um filme aclamado pela crítica, no qual Burry foi interpretado por Christian Bale.
A razão de sua fama durante a crise imobiliária 2007-2008 foi sua postura contrária ao sentimento predominante do mercado. Na verdade, muitas das posições de Burry vão contra o que a maioria dos investidores acredita, ele é o cara contra o consenso.
Lá em 2008, enquanto a maioria do mundo financeiro acreditava na estabilidade e crescimento do mercado imobiliário, Burry analisou meticulosamente as práticas de empréstimo hipotecário e identificou uma crise iminente. Suas apostas contra o mercado imobiliário, que pareciam extravagantes na época, acabaram se mostrando extremamente lucrativas, consolidando sua reputação na comunidade de investimentos.
Ao invés de se aposentar e curtir a vida, o super Michael Burry segue à frente da Scion Asset Management. A mais recente movimentação em seus investimentos veio à tona por conta de um formulário (13-F) que todo gestor de investimentos deve fornecer à SEC (CVM americana).
Esse formulário mostrou que Burry vendeu, ao longo do segundo trimestre deste ano, toda a sua posição em ativos chineses, incluindo grandes nomes, como Alibaba e JD.com, que são gigantes asiáticas.
Estaria Michael Burry certo mais uma vez? Fato é que a China tem visto uma saída expressiva de investidores estrangeiros, muito por conta do baixo crescimento do país e da constante e crescente briga contra os Estados Unidos.
Apesar disso, muitas empresas chinesas, negociadas em bolsa de valores, estão com valor atrativo para quem foca no longo prazo (esse não é muito o perfil de Burry, ele tem majoritariamente posições mais táticas, de médio e curto prazo).
