Melhor investimento em renda fixa para 2024: o que afeta os títulos no ano que vem

Cenário atual indica prêmios de risco relevantes nas taxas de juros longas, mas perspectivas econômicas positivas devem fazer com que esse prêmio caia. Descubra se ainda temos alguma jornada de valorização e como se posicionar

Marilia Fontes 23/11/2023 09:49 4 min Atualizado em: 04/01/2024 11:35
Melhor investimento em renda fixa para 2024: o que afeta os títulos no ano que vem

Essa é a pergunta que eu mais ando recebendo agora que estamos chegando ao final do ano. Os investidores estão se preparando para talvez ter que alterar as suas carteiras e se adaptar ao novo cenário do ano que vem.

Acontece que o cenário do ano que vem será o mesmo cenário do final deste ano, portanto eu não acredito que teremos grandes mudanças nas carteiras que carregamos hoje em relação à renda fixa. 

Mas então qual é o cenário atual? 

Panorama do Cenário Macro

Passamos por uma época de juros altos que tentaram controlar uma inflação que surpreendia para cima. 

Ao longo deste ano, a situação mudou, não só para o Brasil, como também para todo o mundo. A inflação passou a dar sinais de arrefecimento, tanto nos núcleos quanto no índice cheio. 

Com isso, diversos países do mundo passaram a cogitar um ciclo de queda nas suas taxas de juros. O Brasil foi o pioneiro desse movimento, sendo um dos primeiros países a iniciar o ciclo de queda.

Melhor investimento em renda fixa 2024

No entanto, apesar do início do ciclo, nós não vimos ainda uma queda relevante das taxas de juros de longo prazo por aqui. Uma das explicações seria o risco fiscal que dominou o noticiário nos últimos meses. A possível alteração da meta fiscal e toda a vontade do governo em aumentar gastos e recolher mais impostos fizeram o mercado manter altos os prêmios de risco. 

Esse fator deve arrefecer ao longo do ano que vem, uma vez que não houve alteração da meta por não haver um consenso no Congresso a respeito da necessidade de alterá-la ou da própria credibilidade de fazê-lo. Se isso se mantiver ao longo do ano que vem, devemos ver uma queda nos prêmios de risco fiscal e isso deve ajudar o juro longo a cair, valorizando os títulos prefixados

Um outro fator que manteve as taxas de juros longas no Brasil altas foram as altas taxas americanas. O juro americano foi revisado para cima ao longo deste ano por conta de uma inflação mais resistente, mas os últimos dados de inflação têm mostrado um arrefecimento importante e deixado o mercado muito mais otimista a respeito de uma possível queda das taxas de juros americanas ao longo do ano que vem.

Se isso também se concretizar, é uma nova força para a queda dos juros longos no Brasil ao longo do ano que vem, beneficiando também os prefixados. 

Lembrando que quando eu digo prefixados, eu quero dizer qualquer título que tenha um componente prefixado, podendo ser os próprios prefixados ou os títulos indexados à inflação. 

Então, o cenário atual é que ainda temos prêmios de risco relevantes nas taxas de juros longas, mas perspectivas econômicas muito positivas que devem fazer com que esse prêmio caia.

Embora o prêmio atual não seja tão grande quanto os prêmios vistos em março deste ano, ainda temos alguma jornada de valorização desses títulos na nossa carteira de renda fixa. 

“Mas Marilia, quero ganhar muito dinheiro em 2024.”

Então, meu caro investidor, a grande oportunidade acredito que estará na bolsa.

A bolsa está muito barata em relação a valores históricos. Além disso, está sub alocada com fundos em investidores institucionais fora dela. 

As próprias pessoas físicas reduziram a sua posição de bolsa por conta da taxa Selic em patamares de dois dígitos, ou seja, se todo mundo que está fora da bolsa resolver voltar, afinal, essa é a grande oportunidade de performance, teremos um espaço bem grande para a valorização.

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