MALL11 agora é PMLL11: saiba o que muda com nova gestão

Genial Malls (MALL11) muda nome para Patria Malls (PMLL11). Entenda o que esperar da nova fase com a Pátria Asset

Otmar Schneider 19/07/2025 06:30 5 min
MALL11 agora é PMLL11: saiba o que muda com nova gestão

O fundo imobiliário Genial Malls (MALL11) anunciou uma mudança relevante após o anúncio da aquisição da operação pelo grupo Pátria: passou a se chamar Patria Malls, com gestão da Patria VBI Asset Management e novo ticker na B3: PMLL11

O que está mudando?

A mudança marca a entrada definitiva da gestora Pátria no controle do fundo, com a promessa de continuidade e profissionalismo. A Patria VBI Asset, conhecida por sua atuação consolidada no setor imobiliário, assume agora um portfólio com foco em shoppings — mantendo os mesmos ativos na carteira.

O movimento faz parte de uma estratégia maior da Pátria, que, após ter incorporado os fundos geridos pela Genial, alcança R$ 26 bilhões sob gestão.

Movimentos de consolidação de mercado são comuns, especialmente em momentos de crise. Eles ocorrem com empresas listadas na Bolsa, companhias de capital fechado e, cada vez mais, com fundos imobiliários.

Isso pode acontecer por diversos motivos, como a busca por maior eficiência, a necessidade de enfrentar a concorrência, a procura por novas oportunidades de crescimento, compra de ativos por um preço interessante, entre outros. 

Nos últimos tempos, esse processo de consolidação entre os fundos imobiliários tem se intensificado — e a Pátria tem sido um dos principais protagonistas desse movimento.

E o que isso significa para o cotista?

Apesar de a mudança ser estrutural — nova gestora, novo nome, novo ticker — os fundamentos do fundo, por enquanto, permanecem intactos. Os imóveis continuam os mesmos, bem como a exposição ao setor de shoppings, e não há previsão de alterações bruscas na política de distribuição de rendimentos.

A principal mudança é quem está no comando. E isso importa, claro!

A entrada de uma gestora maior e mais experiente pode representar maior capacidade de negociação com os locatários, melhor estrutura de análise e, potencialmente, maior eficiência operacional. 

Mas também exige acompanhamento: é preciso ver como a nova administração conduzirá o fundo no médio e longo prazo. Afinal, para os cotistas, o que interessa é o resultado entregue e o MALL11 tem um bom histórico de resultados. 

Espera-se que a nova gestão trilhe um caminho tão vitorioso quanto o que a Genial trilhou.

MALL11: histórico e performance

O MALL11 é um fundo de shopping que teve o início de suas atividades em 2017, ou seja, dispõe de um bom histórico. 

O fundo possui R$ 1,7 bilhão de patrimônio líquido, divididos em uma participação em 15 shopping centers, o que o torna um dos maiores fundos de shopping da Bolsa. 

Atualmente, o fundo possui um desconto de 17% frente ao VP (P/VP de 0,83), um DY anual de 9,76% e uma liquidez média diária de R$ 1,2 milhão. Um dos grandes nomes da indústria.

Mas não é apenas uma questão de tamanho. Ao longo de sua história, o fundo conseguiu entregar bons resultados, com rendimentos crescentes nos últimos anos, conforme pode ser visto na figura abaixo.

Evolução dos dividendos do MALL11. Fonte: Status Invest

Um dos grandes diferenciais do MALL11 é sua taxa de administração, de apenas 0,5% a.a., a menor entre os fundos de shopping de gestão ativa. E isso tende a influenciar nos resultados — e muito!

Taxas muito elevadas, que ultrapassam os 15% da receita, podem ser prejudiciais para os resultados distribuídos aos cotistas. 

Fundos de shopping: compare antes de investir

Abaixo, analisamos os maiores fundos do setor de shoppings listados na Bolsa, com base em dados do Clube FII.

Ranking dos maiores FIIs de shopping por VP. Fonte: Clube FII

Selecionamos os quatro maiores fundos em patrimônio líquido para uma comparação direta com o MALL11, focando em um dado que importa (e muito) para o investidor: o retorno total, que considera a valorização da cota somada aos rendimentos distribuídos — sei que você, cotista, gosta desse tipo de comparação.

O gráfico a seguir mostra a performance desses gigantes. E o que chama atenção é que o retorno do MALL11 é bastante interessante quando comparado aos outros grandes fundos do setor.

Desempenho do MALL11 comparado aos gigantes desse setor. Fonte: Mais Retorno

Isso não quer dizer que este ou aquele fundo seja melhor, pois, como foi dito antes, esse é o retorno total, ou seja, preço da cota + rendimentos distribuídos. O preço da cota a mercado ninguém controla. Os rendimentos distribuídos, por outro lado, refletem o trabalho feito pela gestão. 

Afinal, vale a pena seguir posicionado?

Se você já é cotista, não há motivo para pânico. Se você ainda não é, não há motivo para euforia. É prudente acompanhar os próximos relatórios e comunicações da nova gestão, para entender o posicionamento frente à realidade encontrada. 

Alguns pontos que devemos observar são eventuais mudanças na política de investimentos, no perfil de risco do fundo ou no comportamento de distribuição de rendimentos.

De qualquer forma, a mudança pode ser um bom momento para revisitar o fundo. O setor de shoppings ainda enfrenta desafios estruturais no pós-pandemia, com taxas de juros elevadas e inflação persistente, o que tende a impactar o setor varejista — incluindo os shoppings.

Não perca a referência: o fundo passa a ser negociado sob o ticker PMLL11 a partir da próxima terça-feira, 22 de julho.

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