5 ações que mais subiram e caíram em outubro na bolsa brasileira

Ações da Gol (GOLL4) foram as que mais subiram no Ibovespa no mês de outubro, com alta de +29,3%

Victor Bueno 01/11/2023 10:56 4 min Atualizado em: 04/01/2024 11:29
5 ações que mais subiram e caíram em outubro na bolsa brasileira

Confira as empresas que mais valorizaram e as que mais caíram em outubro, mês que o Ibovespa encerrou com uma desvalorização de -2,9%. Agora, o índice acumula ganho de apenas +3,1% em 2023 (após bater cerca de +12% em julho).

Leia nesta página:

5 ações que mais subiram em outubro

1. Gol (GOLL4) +29,3%

Encabeçando a lista de maiores altas de outubro, está a Gol, que teve um mês carregado de boas notícias e que impulsionaram suas ações para um movimento de alta de +29,3%. A companhia aérea anunciou a ampliação de sua parceria comercial com a Air France por 10 anos e, além disso, está prevendo 21 mil voos em 32 novos mercados para a temporada de verão.

2. JBS (JBSS3) +11,0%

A vice-liderança da lista vai para a JBS, cujas ações subiram +11,0% no período, impulsionadas, principalmente, pelo anúncio de que planeja investir R$ 15 bilhões no Brasil nos próximos três anos. O frigorífico também estuda uma dupla listagem na bolsa americana, o que pode impulsionar ainda mais seus investimentos até 2026. 

3. Ultrapar (UGPA3) +9,1%

Em terceiro lugar, a Ultrapar foi beneficiada por um “empurrão” do mercado financeiro em outubro e viu suas ações subirem +9,1% após o Santander mantê-la como sua preferência no segmento de distribuição de combustíveis, com a empresa podendo se beneficiar de ganhos de estoque no 3T23, devido ao aumento de preços pela Petrobras. 

4. CVC (CVCB3) +7,0%

A maior parte dos pregões da CVC em outubro foi negativa, porém a sessão do dia 10, em que as ações da companhia subiram mais de +16%, foi suficiente para que o mês fechasse no positivo, em +7%. Vale lembrar que o dia 10 foi extremamente positivo pelos juros globais em queda e pela notícia dos planos de reestruturação de dívida da CVC.

5. CSN Mineração (CMIN3) +6,8%

Com alta de +6,8%, os papéis da CSN Mineração ocuparam o quinto lugar nas maiores altas do mês, com o aumento do interesse por parte dos investidores após o Morgan Stanley elevar sua recomendação em CMIN3 para compra, apostando na alta do preço de minério de ferro em outubro — o que, de fato, aconteceu, mas em menor escala. 

5 ações que mais caíram em outubro

5 ações que mais caíram em outubro

1. Magazine Luiza (MGLU3) -37,3%

Abrindo as listas de maiores baixas de outubro, está o Magazine Luiza, que registrou queda de -37,3% em seu valor de mercado no período e, agora, acumula baixa de -51,5% no ano. O desempenho no mês ainda pode ser justificado pelo cenário de juros no país, que deve seguir pressionando os resultados da varejista nos próximos trimestres. 

2. Grupo Casas Bahia (BHIA3) -28,6%

Com queda de -28,6%, o Grupo Casas Bahia é mais uma varejista que segue vendo seu valor de mercado ser dizimado na bolsa brasileira. Após mudar de nome (de Via para Grupo Casas Bahia), realizar um aumento de capital com prêmio elevado e sem grandes perspectivas de curto prazo para uma recuperação de seus resultados, o mercado parece estar cada vez menos otimista com BHIA3.

3. Petz (PETZ3) -24,6%

Mesmo operando em um segmento mais resiliente dentro do varejo, as ações da Petz não estão isentas do mau humor de curto prazo do mercado e caíram -24,6% em outubro. Além do fator juros, as declarações menos otimistas do CEO com relação a uma possível fusão com outra grande empresa do mercado também acabaram pesando no mês. 

4. EZTec (EZTC3) -23,6%

O setor de incorporação/construção civil é mais um que é severamente afetado pelos juros, ainda mais para companhias com exposição ao segmento de média renda (demanda menos resiliente), como a EZTec. No mês, as ações da incorporadora caíram -23,6%, após divulgar sua prévia operacional do 3T23, com queda de -32% em suas vendas líquidas.

5. MRV (MRVE3) -22,7%

Assim como a EZTec, a MRV foi mais uma incorporadora a ver suas ações sofrerem após a prévia operacional do último trimestre, com queda de -22,7%. Entretanto, diferentemente da quarta colocada, a MRV entregou um aumento em suas vendas líquidas no 3T23 (+54%), porém a queima de caixa no período foi o que assustou os investidores no pregão após a divulgação. 

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