Ibovespa em agosto: Raia Drogasil (RADL3) dispara na Bolsa
IBOV fecha agosto com alta de +6,3%; Raia Drogasil lidera as altas, enquanto Raízen, as baixas.

Acima dos 141 mil pontos, o Ibovespa encerrou agosto no maior patamar de sua história.
Entre os destaques, vale mencionar a efetivação das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil, com o alívio de quase 700 itens terem ficado de fora da medida.
Além disso, a expectativa de um corte iminente de juros nos Estados Unidos tem impulsionado positivamente a Bolsa brasileira, já que exerce influência indireta sobre os juros domésticos.
Desempenho dos principais índices em agosto
Com os juros futuros voltando a cair no mês, todos os principais índices acionários fecharam o período subindo. O IBOV encerrou em alta de +6,3%, enquanto o SMLL subiu +5,9% e o IDIV, +5,4%.

Das 84 ações que compõem o IBOV, 65 registraram alta no período, enquanto as outras 19 fecharam em baixa.
O principal destaque positivo do mês foi a Raia Drogasil (RADL3), com alta de +30,3%, enquanto a maior queda foi para as ações da Raízen (RAIZ4), que caíram -17,6%.
As 5 ações que mais subiram em agosto
Veja a lista das cinco maiores altas do mês.
Empresa | Ticker | Var. (%) |
Raia Drogasil | RADL3 | +30,3 |
MRV | MRVE3 | +27,6 |
Hapvida | HAPV3 | +26,1 |
Eletrobras | ELET3 | +24,0 |
Minerva | BEEF3 | +22,1 |
Maiores altas do Ibovespa em agosto. Fonte: Bloomberg
1. Raia Drogasil (RADL3) +30,3%
No topo da lista das maiores altas de agosto estão as ações da Raia Drogasil, que registraram uma valorização de mais de +30%.
Após um período de fortes correções, os papéis da rede de farmácias Raia e Drogasil apresentaram recuperação no mês, refletindo os bons resultados do 2T25, com crescimento do lucro líquido, sustentado pelo controle de despesas e pelo aumento das vendas em todas as categorias, inclusive nas lojas maduras.
Nossa recomendação: neutra

2. MRV (MRVE3) +27,6%
Apesar do impacto negativo do braço americano da MRV, a Resia, as demais unidades de negócio no Brasil apresentaram resultados positivos. Excluindo a Resia, os números do segundo trimestre vieram acima do esperado, com maior receita líquida e Ebitda, ainda que as despesas financeiras elevadas tenham prejudicado a última linha do balanço.
Nossa recomendação: compra
3. Hapvida (HAPV3) +26,1%
Com a operadora de planos de saúde apresentando sinistralidade controlada, avanço do ticket médio, maior crescimento orgânico e estabilização das provisões judiciais na última divulgação de resultados, suas ações registraram forte recuperação em agosto.
Nossa recomendação: neutra
4. Eletrobras (ELET3) +24,0%
Sem grandes surpresas nos resultados, o principal fator de impulso para as ações da Eletrobras no período foi o anúncio da distribuição de dividendos no montante de R$ 4 bilhões, equivalente a aproximadamente R$ 1,76 por ação ordinária, acima do esperado pelo mercado.
Nossa recomendação: neutra
5. Minerva (BEEF3) +22,1%
Embora as ações da Minerva tenham recuado após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, o Morgan Stanley passou a recomendar “compra” para a empresa, apostando em um cenário favorável para o mercado global de carne bovina.
Nossa recomendação: neutra
As 5 ações que mais caíram em agosto
Veja a lista das cinco maiores quedas do mês.
Empresa | Ticker | Var. (%) |
Raízen | RAIZ4 | -17,6 |
Rumo | RAIL3 | -12,0 |
Prio | PRIO3 | -10,2 |
CVC | CVCB3 | -9,8 |
Embraer | EMBR3 | -5,5 |
Maiores baixas do Ibovespa em agosto. Fonte: Bloomberg
1. Raízen (RAIZ4) -17,6%
No topo da lista das maiores quedas do mês estão as ações da Raízen.
No primeiro trimestre da safra 2025/26 (equivalente ao 2T25 para o restante da Bolsa), a Raízen registrou um prejuízo de R$ -1,8 bilhão, revertendo o lucro líquido de R$ 1,1 bilhão obtido no mesmo período da safra anterior. O resultado foi impactado por condições climáticas adversas, perdas de inventário no Brasil e na Argentina, além da extensão da manutenção da refinaria de Buenos Aires.
Nossa recomendação: neutra
2. Rumo (RAIL3) -12,0%
Apesar de as exportações de soja permanecerem em patamares elevados, a oferta e a demanda na logística têm ficado abaixo do esperado, pressionando as tarifas de frete e, consequentemente, os resultados da companhia ferroviária.
Nossa recomendação: neutra
3. Prio (PRIO3) -10,2%
Além da queda no preço do barril de petróleo em agosto, a petroleira júnior PRIO foi impactada pelo comunicado da ANP sobre a interdição da operação do FPSO Peregrino, o que pode paralisar a produção do campo por um período de 3 a 6 semanas.
Nossa recomendação: compra
4. CVC (CVCB3) -9,8%
Embora os indicadores operacionais tenham mostrado sinais de melhora, os juros elevados continuam impactando negativamente as despesas financeiras da CVC, resultando em um prejuízo ajustado de R$ -15,9 milhões no 2T25, três vezes superior ao prejuízo de R$ -4,8 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Nossa recomendação: neutra
5. Embraer (EMBR3) -5,5%
Com a notícia do tarifaço de Donald Trump sobre o Brasil, que poderia impactar fortemente as exportações da Embraer para os Estados Unidos, as ações da fabricante de aviões entraram em uma sequência de fortes correções.
No entanto, após o decreto do presidente norte-americano que excluiu aeronaves e peças relacionadas da medida tarifária, a empresa apresentou certa recuperação, embora ainda se mantenha em patamares inferiores aos registrados em julho.
Nossa recomendação: neutra