Ibovespa em agosto: Raia Drogasil (RADL3) dispara na Bolsa

IBOV fecha agosto com alta de +6,3%; Raia Drogasil lidera as altas, enquanto Raízen, as baixas.

Hugo Cabral 01/09/2025 06:38 4 min
Ibovespa em agosto: Raia Drogasil (RADL3) dispara na Bolsa

Acima dos 141 mil pontos, o Ibovespa encerrou agosto no maior patamar de sua história. 

Entre os destaques, vale mencionar a efetivação das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil, com o alívio de quase 700 itens terem ficado de fora da medida. 

Além disso, a expectativa de um corte iminente de juros nos Estados Unidos tem impulsionado positivamente a Bolsa brasileira, já que exerce influência indireta sobre os juros domésticos.

Desempenho dos principais índices em agosto

Com os juros futuros voltando a cair no mês, todos os principais índices acionários fecharam o período subindo. O IBOV encerrou em alta de +6,3%, enquanto o SMLL subiu +5,9% e o IDIV, +5,4%.

 IBOV, IDIV, SMLL e Juros futuros em agosto/25. Fonte: Bloomberg

Das 84 ações que compõem o IBOV, 65 registraram alta no período, enquanto as outras 19 fecharam em baixa. 

O principal destaque positivo do mês foi a Raia Drogasil (RADL3), com alta de +30,3%, enquanto a maior queda foi para as ações da Raízen (RAIZ4), que caíram -17,6%.

As 5 ações que mais subiram em agosto

Veja a lista das cinco maiores altas do mês.

EmpresaTickerVar. (%)
Raia DrogasilRADL3+30,3
MRVMRVE3+27,6
HapvidaHAPV3+26,1
EletrobrasELET3+24,0
MinervaBEEF3+22,1

Maiores altas do Ibovespa em agosto. Fonte: Bloomberg

1. Raia Drogasil (RADL3) +30,3%

No topo da lista das maiores altas de agosto estão as ações da Raia Drogasil, que registraram uma valorização de mais de +30%.

Após um período de fortes correções, os papéis da rede de farmácias Raia e Drogasil apresentaram recuperação no mês, refletindo os bons resultados do 2T25, com crescimento do lucro líquido, sustentado pelo controle de despesas e pelo aumento das vendas em todas as categorias, inclusive nas lojas maduras.

Nossa recomendação: neutra

2. MRV (MRVE3) +27,6%

Apesar do impacto negativo do braço americano da MRV, a Resia, as demais unidades de negócio no Brasil apresentaram resultados positivos. Excluindo a Resia, os números do segundo trimestre vieram acima do esperado, com maior receita líquida e Ebitda, ainda que as despesas financeiras elevadas tenham prejudicado a última linha do balanço.

Nossa recomendação: compra

3. Hapvida (HAPV3) +26,1%

Com a operadora de planos de saúde apresentando sinistralidade controlada, avanço do ticket médio, maior crescimento orgânico e estabilização das provisões judiciais na última divulgação de resultados, suas ações registraram forte recuperação em agosto. 

Nossa recomendação: neutra

4. Eletrobras (ELET3) +24,0%

Sem grandes surpresas nos resultados, o principal fator de impulso para as ações da Eletrobras no período foi o anúncio da distribuição de dividendos no montante de R$ 4 bilhões, equivalente a aproximadamente R$ 1,76 por ação ordinária, acima do esperado pelo mercado.

Nossa recomendação: neutra

5. Minerva (BEEF3) +22,1%

Embora as ações da Minerva tenham recuado após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, o Morgan Stanley passou a recomendar “compra” para a empresa, apostando em um cenário favorável para o mercado global de carne bovina.

Nossa recomendação: neutra

As 5 ações que mais caíram em agosto

Veja a lista das cinco maiores quedas do mês.

EmpresaTickerVar. (%)
RaízenRAIZ4-17,6
RumoRAIL3-12,0
PrioPRIO3-10,2
CVCCVCB3-9,8
EmbraerEMBR3-5,5

Maiores baixas do Ibovespa em agosto. Fonte: Bloomberg

1. Raízen (RAIZ4) -17,6%

No topo da lista das maiores quedas do mês estão as ações da Raízen

No primeiro trimestre da safra 2025/26 (equivalente ao 2T25 para o restante da Bolsa), a Raízen registrou um prejuízo de R$ -1,8 bilhão, revertendo o lucro líquido de R$ 1,1 bilhão obtido no mesmo período da safra anterior. O resultado foi impactado por condições climáticas adversas, perdas de inventário no Brasil e na Argentina, além da extensão da manutenção da refinaria de Buenos Aires.

Nossa recomendação: neutra

2. Rumo (RAIL3) -12,0%

Apesar de as exportações de soja permanecerem em patamares elevados, a oferta e a demanda na logística têm ficado abaixo do esperado, pressionando as tarifas de frete e, consequentemente, os resultados da companhia ferroviária.   

Nossa recomendação: neutra

3. Prio (PRIO3) -10,2%

Além da queda no preço do barril de petróleo em agosto, a petroleira júnior PRIO foi impactada pelo comunicado da ANP sobre a interdição da operação do FPSO Peregrino, o que pode paralisar a produção do campo por um período de 3 a 6 semanas.

Nossa recomendação: compra

4. CVC (CVCB3) -9,8%

Embora os indicadores operacionais tenham mostrado sinais de melhora, os juros elevados continuam impactando negativamente as despesas financeiras da CVC, resultando em um prejuízo ajustado de R$ -15,9 milhões no 2T25, três vezes superior ao prejuízo de R$ -4,8 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.

Nossa recomendação: neutra

5. Embraer (EMBR3) -5,5%

Com a notícia do tarifaço de Donald Trump sobre o Brasil, que poderia impactar fortemente as exportações da Embraer para os Estados Unidos, as ações da fabricante de aviões entraram em uma sequência de fortes correções.

No entanto, após o decreto do presidente norte-americano que excluiu aeronaves e peças relacionadas da medida tarifária, a empresa apresentou certa recuperação, embora ainda se mantenha em patamares inferiores aos registrados em julho.

Nossa recomendação: neutra

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