IRBR3 cai 37% em um ano. Investidores do IRB erraram a aposta?

Confira quais são as perspectivas para os papéis do IRB e se vale a pena investir em IRBR3

Fabiano Vaz 14/08/2023 13:21 2 min Atualizado em: 15/08/2023 13:25
IRBR3 cai 37% em um ano. Investidores do IRB erraram a aposta?

O IRB Brasil (IRBR3) apresenta os resultados do segundo trimestre de 2023 nesta segunda-feira, 14, e deve reportar mais um trimestre negativo.

Os papéis da resseguradora fecharam a última semana em queda de -3,8%, cotados a R$ 39,15, acompanhando a cautela dos investidores. No período de um ano, a ação IRBR3 desvaloriza -37%.

No período de um ano, as ações do IRB recuam 37,26%
Fonte: Bloomberg

Entenda a forte queda das ações IRBR3

As razões para o fraco desempenho das ações do IRB (IRBR3) têm relação com a forte queima de caixa devido ao alto volume de pagamentos de sinistros e retrocessão.

A companhia também tem prejuízos acumulados de trimestres passados. Embora  possua um benefício fiscal, equivalente a 30% do lucro tributável no período, as provisões com impostos continuam elevadas.

Em paralelo, o IRB ainda é assombrado pelos escândalos de fraudes contábeis descobertos em junho de 2020. A retomada da confiança não ocorreu completamente.

Contornando a situação

O IRB tem buscado medidas para reforçar a sua estrutura de capital, como o follow-on de R$ 1,2 bilhão realizado no ano passado.

A reestruturação da resseguradora também passou pela grande reformulação da diretoria da companhia no mês passado.

IRBR3 é oportunidade?

A ação do IRB (IRBR3) continua a negociar com múltiplos pouco atraentes, considerando a baixa rentabilidade atual e incertezas da rentabilidade (ROE) futura.

Negociando a 0,8x patrimônio, IRBR3 pode parecer barata, mas a empresa não entrega lucratividade e viu sua rentabilidade despencar nos últimos anos.

Além disso, o próprio CEO da companhia não consegue dar visibilidade sobre o nível de rentabilidade que o IRB deveria dar no futuro.

Acreditamos que os papéis do IRB devem continuar com forte volatilidade, principalmente porque a resseguradora tem demorado a melhorar sua capacidade de geração de caixa operacional.

Apesar dos avanços recentes da sua reestruturação, a companhia não proporciona visibilidade de resultados futuros.

Dessa forma, reiteramos nossa recomendação de VENDER.


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