VGBL vale a pena ainda com cobrança de IOF?
Nova alíquota de 5% de IOF incidirá sobre aportes mensais superiores a R$ 50 mil

No Brasil, a estabilidade regulatória é quase um luxo. Recentemente, mais uma vez, o governo surpreendeu o mercado ao editar um novo decreto que alterou de forma expressiva a cobrança de IOF — e um dos “alvos da vez” foi a previdência privada, mais especificamente os planos do tipo VGBL.
IOF sobre aportes em planos VGBL
A partir de agora, aportes mensais acima de R$ 50 mil em VGBL passam a sofrer a incidência de IOF de 5%. Isso mesmo: 5% direto sobre o valor investido, logo na entrada. E o mais preocupante? Essa mudança foi feita por meio de decreto presidencial, ou seja, sem necessidade de aprovação do Congresso, sem consulta ao setor e sem aviso ao investidor.
Uma canetada que pegou em cheio a indústria de previdência privada e todo o mercado de planejamento patrimonial.
A medida caiu como uma bomba entre seguradoras, gestores e consultores. Afinal, o VGBL é historicamente um dos principais veículos utilizados para planejamento de longo prazo, sucessão patrimonial e diferimento fiscal. Seu uso é amplamente defendido por especialistas — inclusive aqui na Nord Wealth — justamente por seus benefícios únicos dentro do sistema financeiro.
Mas com esse novo custo adicional, será que o VGBL ainda vale a pena?
É isso que vamos analisar a seguir, com base em simulações reais que comparam o desempenho de aportes em fundos previdenciários com os fundos tradicionais — tanto no cenário com IOF quanto em estratégias que buscam evitar essa tributação adicional.

VGBL vale a pena ainda com cobrança de IOF?
Sim. Apesar do susto, o VGBL continua sendo uma das ferramentas mais eficientes para quem busca construir patrimônio de longo prazo com inteligência fiscal e sucessória.
O produto tem uma série de vantagens únicas: não sofre come-cotas, pode ser tributado a apenas 10% no regime regressivo e, como tem natureza de seguro, é isento de inventário e ITCMD em muitas jurisdições, facilitando o processo de sucessão.
Tem como evitar o IOF no VGBL?
Para responder a essa pergunta, fizemos duas análises práticas comparando um fundo VGBL com um fundo de investimento tradicional, assumindo um retorno moderado de 1% ao mês (cerca de 12,7% ao ano).
A ideia foi colocar na ponta do lápis o impacto da nova regra — e como escapar dela.
Análise 1 – Aporte direto de R$ 500 mil
Neste cenário, o investidor realiza um único aporte de R$ 500 mil no VGBL. Com a nova regra, R$ 25 mil vão direto para o IOF. Ainda assim, ao longo de 11 anos, o fundo VGBL acumula R$ 1.639.855, enquanto o fundo tradicional chega a R$ 1.526.912.

Em resumo, mesmo com o IOF, o VGBL ainda entrega quase R$ 113 mil a mais — graças à vantagem tributária no longo prazo.
Análise 2 – Aportes escalonados de R$ 50 mil ao mês
Aqui, o mesmo total de R$ 500 mil é aportado em parcelas mensais de R$ 50 mil, escapando do IOF. Os valores que aguardam alocação são investidos temporariamente em outros produtos e redirecionados posteriormente ao VGBL. Resultado? O fundo previdenciário chega a R$ 1.722.809 — quase R$ 200 mil acima do fundo tradicional, mesmo com uma estratégia simples de escalonamento.

A conclusão é clara: mesmo com o novo IOF, o VGBL continua sendo um excelente veículo para investidores de longo prazo. Mas, como sempre, a forma como se aporta faz toda a diferença. Com um planejamento bem estruturado, é possível contornar a nova regra, preservar os benefícios do produto e ainda aumentar a eficiência da sua estratégia.
Sua previdência ainda é eficiente?
Se tem algo que o investidor brasileiro já aprendeu — às vezes da forma mais dolorosa — é que o jogo pode mudar a qualquer momento. A majoração do IOF sobre aportes em VGBL é só mais um capítulo da imprevisibilidade fiscal e regulatória do país.
Sem aviso, sem transição, sem debate. Para quem não está atento, isso pode significar perda de eficiência, aumento de custo e uma estratégia inteira comprometida da noite para o dia.
É justamente nesse cenário que a atuação da Nord Wealth se torna essencial. Em um país onde as regras do jogo mudam com frequência e sem aviso-prévio, ter ao lado um parceiro que antecipa riscos, ajusta rotas e constrói planejamentos resilientes faz toda a diferença.
Na Nord, avaliamos caso a caso, levando em conta não apenas os produtos disponíveis, mas também seus objetivos de vida, a tributação envolvida e as estratégias mais inteligentes para o seu momento.
Seja otimizando aportes, buscando alternativas mais eficientes ou revisando seu plano previdenciário à luz das novas regras, estamos sempre um passo à frente — para proteger seu patrimônio e fazê-lo render mais.
Se quiser entender como ajustar sua previdência à nova realidade e proteger seu planejamento contra surpresas regulatórias, marque já uma conversa conosco aqui!
A hora de agir é agora.
Leia também: PGBL e VGBL: qual a diferença entre eles?

