Como investir no exterior: guia completo para brasileiros começarem
Aprenda como investir no exterior de forma segura, diversificando seu patrimônio em moeda forte. Conheça as melhores opções para brasileiros começarem

Saber como investir no exterior é o primeiro passo para quem deseja proteger o patrimônio, diversificar a carteira e acessar ativos globais com potencial de valorização. A boa notícia é que, hoje, investir fora do Brasil está cada vez mais acessível — mesmo para quem está começando.
Neste guia, você vai entender como funciona o investimento fora do país, desde a escolha dos ativos até a abertura de conta em corretoras internacionais. Vamos explicar como transferir recursos com segurança, quais são os principais tipos de aplicações disponíveis — como ações, ETFs, REITs e BDRs — e o que considerar em relação a impostos, câmbio e riscos.
Se seu objetivo é montar uma estratégia sólida e internacionalizar parte do seu portfólio, aqui você encontra todas as etapas para começar a investir no exterior com confiança.
Por que investir no exterior?
Há muitas vantagens em investir fora do Brasil. As principais são:
- acesso a ativos de qualidade e natureza superior aos ativos domésticos: seja por meio de equity em empresas muito superiores às encontradas no mercado brasileiros, ou pelo crédito;
- segurança jurídica e econômica muito maior que a encontrada no Brasil;
- benefício cambial de estar investido em moedas que não apresentam a mesma devastação de valor que o Real brasileiro;
- economias movidas à competição, onde a taxa de juros possibilita investimentos com taxas de retorno satisfatórias — ao contrário do Brasil;
- economias desenvolvidas possuem variações menores que mercados subdesenvolvidos.
Além disso, a diversificação internacional está totalmente alinhada à filosofia da Nord, que recomenda a construção de carteiras sólidas e protegidas contra riscos locais.
Para efeito de comparação, é interessante observar como a bolsa de valores brasileira (IBOV) desempenhou em dólares na comparação com o S&P 500 (principal índice americano) e com o MSCI World (índice de ativos mundiais):

Outra comparação interessante de ser feita é como o CDI desempenhou em reais e em dólares ao longo da última década.

Ambos os gráficos acima dão uma boa ideia de como um investidor com ativos fora do Brasil teve uma performance muito superior àqueles que se restringem apenas a ativos domésticos. Seja essa diferença na renda fixa ou na renda variável.
Como investir no exterior morando no Brasil?
Com a tecnologia e o avanço das plataformas digitais, você pode diversificar sua carteira com ações, fundos e outros produtos fora do país de forma prática, segura e legalizada. Confira as principais opções disponíveis.
Ações internacionais
Investir diretamente em ações internacionais é uma das formas mais buscadas por brasileiros que querem exposição a gigantes globais como Apple, Amazon, Microsoft, entre outras listadas nas bolsas americanas. Para isso, é necessário abrir conta em uma corretora estrangeira habilitada a operar com investidores não residentes nos Estados Unidos.
Além do acesso a empresas consolidadas, você também se beneficia da solidez do mercado norte-americano e da possibilidade de dolarizar parte do seu patrimônio.
ETFs (fundos de índice)
Os ETFs — ou Exchange Traded Funds — são uma maneira prática e eficiente de diversificar seus investimentos no exterior. Com um único ativo, você acessa um conjunto de ações com exposição a setores, regiões ou índices específicos. É o caso do SPY, que replica o S&P 500, ou do QQQ, focado nas empresas de tecnologia da Nasdaq.
A grande vantagem dos ETFs é a simplicidade: eles são negociados como ações, têm baixo custo e oferecem ampla diversificação com apenas uma operação.
BDRs
Para quem prefere simplicidade e não quer abrir conta fora do país, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são uma excelente porta de entrada. Eles funcionam como certificados que representam ações de empresas estrangeiras e são negociados diretamente na B3, a bolsa brasileira.
O investimento é feito em reais e você pode acessar empresas como Google, Tesla ou Meta com facilidade, sem precisar enviar dinheiro para fora do Brasil. É uma forma prática de começar a investir no exterior mantendo a operação 100% nacional.

REITs (fundos imobiliários americanos)
Os REITs (Real Estate Investment Trusts) são fundos imobiliários negociados nas bolsas dos Estados Unidos. Eles permitem investir no setor imobiliário norte-americano com foco em distribuição de dividendos, já que são obrigados por lei a distribuir a maior parte dos lucros aos cotistas.
É uma opção interessante para quem busca renda passiva em dólar e diversificação geográfica em um setor tradicionalmente resiliente, como o imobiliário.
Como abrir conta em corretoras no exterior?
Abrir conta em corretoras internacionais se tornou simples e acessível para brasileiros que desejam investir fora do país. Plataformas como Avenue, Nomad e Interactive Brokers oferecem processos totalmente digitais, que podem ser concluídos em poucos minutos, direto do seu celular ou computador.
Confira o passo a passo básico para começar.
1. Escolha a corretora ideal para o seu perfil
Avenue e Nomad são opções bastante populares entre brasileiros e oferecem navegação em português, suporte local e integração com bancos nacionais. Já a Interactive Brokers é mais tradicional e robusta, indicada para quem busca acesso a um número maior de mercados e produtos financeiros globais.
2. Preencha o cadastro online
Acesse o site ou aplicativo da corretora escolhida e clique para abrir a conta. Você precisará informar dados pessoais, como nome completo, CPF, endereço e profissão. Algumas plataformas também pedem que você responda perguntas sobre seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
3. Envie os documentos solicitados
O próximo passo é o envio dos documentos. Geralmente, são exigidos: uma foto de um documento oficial com foto (como RG ou CNH), comprovante de residência recente e, em alguns casos, uma selfie para validar a identidade.
4. Aguarde a análise e aprovação da conta
Após o envio, a corretora realiza uma análise cadastral. Esse processo costuma levar entre algumas horas e dois dias úteis, dependendo da plataforma. Depois de aprovado, você já poderá acessar sua conta.
5. Transfira os recursos
Com a conta ativa, será possível enviar dinheiro do Brasil para a corretora. Isso pode ser feito por meio de transferência internacional ou, em casos como o da Avenue e Nomad, via TED nacional, com conversão automática para dólar.
6. Pronto para investir
Depois que os recursos estiverem disponíveis na conta, você poderá começar a investir no exterior em ações, ETFs, REITs e outros ativos, de acordo com o seu plano e perfil.
Abrir uma conta internacional é o primeiro passo para quem quer aprender como investir no exterior com segurança e autonomia.
Quanto dinheiro você precisa para começar a investir no exterior?
Muita gente ainda acredita que investir fora do Brasil é algo restrito a quem tem muito dinheiro, mas isso não é verdade. Hoje, é possível dar os primeiros passos com valores bastante acessíveis, dependendo da corretora e do tipo de ativo escolhido.
Algumas plataformas internacionais permitem a compra de frações de ações, o que significa que você pode investir em empresas como Apple, Amazon ou Google com menos de 10 dólares. Esse modelo é ideal para quem quer começar pequeno, mas já pensando em longo prazo.
Além disso, há alternativas ainda mais acessíveis, como os BDRs e ETFs, que podem ser comprados diretamente na B3, com valores a partir de R$ 100. Eles permitem diversificação com baixo custo, sendo ótimos pontos de partida para quem quer se expor ao mercado global.
Mais importante do que o valor inicial é a constância nos aportes. Manter uma rotina de investimentos mensais, mesmo que com valores modestos, pode gerar resultados expressivos ao longo do tempo — especialmente quando combinados com a diversificação internacional.
Como enviar dinheiro para investir no exterior?
Para investir no exterior, o envio de dinheiro pode ser feito de três maneiras principais: serviços especializados, bancos tradicionais e plataformas integradas com corretoras.
Entre os serviços especializados, plataformas como Remessa Online e Wise oferecem transferências práticas e com taxas competitivas. A Remessa Online aplica um spread entre 1% e 1,4%, além de uma tarifa externa. Já a Wise utiliza o câmbio comercial, com IOF de 0,38% ou 1,1%, e taxa de serviço a partir de 0,33%.
Bancos tradicionais também realizam remessas, como o Inter, que oferece uma plataforma de conta global. O banco não cobra taxas de corretagem em investimentos e aplica spreads de câmbio a partir de 0,99%, tornando-se uma opção interessante para movimentações em dólar.
Já plataformas integradas, como Nomad e Avenue, permitem realizar o câmbio e investir diretamente. A Nomad possui spread de câmbio a partir de 2%, enquanto a Avenue trabalha com spreads entre 0,5% e 1,95%, variando conforme o volume e o plano de corretagem escolhido.
Vale lembrar que remessas de até US$ 10.000 não exigem declaração específica ao Banco Central, mas é fundamental manter o controle de todas as movimentações para fins fiscais.Além da empresa escolhida, o volume de dinheiro movimentado pode impactar diretamente nos custos da operação. Para quem é cliente da Nord Global ou Wealth da Nord, é possível acessar condições diferenciadas, com taxas mais competitivas para otimizar seus investimentos internacionais.
Quais os riscos de investir no exterior?
Investir no exterior oferece diversas vantagens, mas também envolve riscos. Conheça os principais:
- risco cambial: a variação na cotação entre o real e outras moedas pode afetar o valor dos seus investimentos, gerando perdas ou ganhos inesperados;
- risco de mercado: a volatilidade dos mercados internacionais, influenciada por fatores econômicos e geopolíticos, pode impactar o desempenho dos ativos;
- risco de juros internacionais: a mudança nas taxas de juros nos EUA, por exemplo, pode afetar o retorno de títulos e outros investimentos internacionais;
- eventos globais e desastres naturais: pandemias, desastres naturais e outras crises podem impactar a economia global e, consequentemente, seus investimentos no exterior.
Aspectos tributários dos investimentos no exterior
Investir no exterior envolve obrigações fiscais importantes. Ao declarar sua renda anualmente, é necessário informar todos os bens e direitos no exterior, como ações, imóveis e contas bancárias. Mesmo que o valor investido seja abaixo do limite de tributação, a declaração é obrigatória.
Além disso, quando houver lucro na venda de ativos no exterior, como ações ou imóveis, incide Imposto de Renda sobre o ganho de capital. A alíquota pode ser de até 15%, dependendo do valor do lucro obtido.
Outro aspecto importante é a variação cambial. A flutuação da moeda estrangeira pode impactar o valor do investimento. Caso a moeda se valorize, a diferença gerada será tratada como ganho de capital e tributada.
Manter registros organizados de todas as operações, como comprovantes de compra e venda e extratos de corretoras, é essencial. Isso garante que você possa declarar corretamente todos os investimentos e evitar problemas com a Receita Federal.
Nord Global: a sua melhor opção!
A Nord Global é a solução ideal para investidores brasileiros que desejam acessar o mercado internacional com segurança e curadoria profissional. Como uma assinatura especializada da Nord Research, ela oferece uma abordagem focada exclusivamente em ativos internacionais.
Os investidores recebem orientação especializada em todas as etapas, desde a seleção dos ativos até a execução dos investimentos. Além disso, a plataforma oferece conteúdos educacionais contínuos, ajudando os clientes a aprimorar seus conhecimentos sobre o mercado global.
Por fim, com o Nord Global, você tem acesso a uma combinação de segurança, confiabilidade e investimentos internacionais de alto potencial, sempre com a confiança de um serviço especializado, ideal para quem deseja diversificar sua carteira de forma estratégica.

