HGRE11 lucra milhões com venda de imóvel e limpa o portfólio

Fundo se desfez de ativo vago com ganho de capital; veja todos os detalhes

Otmar Schneider 20/05/2025 17:40 2 min
HGRE11 lucra milhões com venda de imóvel e limpa o portfólio

O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) Patria Escritórios (HGRE11) comunicou ao mercado que realizou uma escritura pública de venda e compra para a alienação de quatro conjuntos do Ed. Berrini One, em São Paulo. O valor total da operação foi de R$ 68,1 milhões (R$ 23 mil/m²), já recebidos à vista pelo Fundo.

Retorno do investimento 

O imóvel foi adquirido em 2018, sendo que o custo total da aquisição foi equivalente a R$ 52,5 milhões (R$ 17.730,68/m²). 

Portanto, vemos mais uma venda que trouxe benefícios aos cotistas do HGRE11, já que o preço de venda de R$ 68,1 milhões representa um valor 29,7% superior ao montante investido (TIR de 10,8% a.a) e 15,7% superior a seu valor no laudo referente a 2024, proporcionando um lucro em regime caixa de R$ 15,61 milhões (R$ 1,32 por cota). 

Com a conclusão da operação, a compradora passa a ser responsável integral por todos os direitos e obrigações associados aos conjuntos vendidos. Isso inclui tanto as despesas do conjunto 321, que permanece vago, quanto a titularidade dos contratos de locação dos demais espaços, passando a receber diretamente os aluguéis atualmente vigentes, no valor aproximado de R$ 306,7 mil mensais (R$ 0,03 por cota). Assim, o Fundo deixa de ter qualquer obrigação financeira ou direito de receita sobre esses conjuntos.

Nossa visão

Mesmo sendo um ativo AAA, o imóvel está localizado na Berrini, que é considerada uma região mais secundária dentro do mercado corporativo de São Paulo. Além disso, conforme já destacado, um dos conjuntos apresentava vacância correspondente a 6,8% da área total da operação, o que gerava custos recorrentes ao Fundo com despesas condominiais e de manutenção. 

Vale lembrar, ainda, que os conjuntos localizados nos andares 4º, 6º, 7º, 8º, 9º e 11º do mesmo edifício permanecem como propriedade do Fundo e não fizeram parte desta transação.

Portanto, apesar de a TIR não ter sido tão elevada, a alienação é positiva, uma vez que permitiu ao Fundo se desfazer de um espaço vago e, ao mesmo tempo, reforçar a estratégia da gestão de reduzir a exposição a ativos menos estratégicos, concentrando esforços em propriedades de maior qualidade e mais aderentes ao perfil core do portfólio — além de contribuir para a geração de ganho de capital aos cotistas.

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