H&M Brasil não é ameaça para varejistas de moda locais, ponta analista

A H&M, varejista de moda de origem sueca, irá abrir lojas físicas e um e-commerce no Brasil em 2025, segundo informou a companhia

Rafael Ragazi 21/07/2023 09:37 2 min
H&M Brasil não é ameaça para varejistas de moda locais, ponta analista

A varejista sueca, Hennes & Mauritz (H&M), famosa em mercados europeus e nos EUA, anunciou que vai abrir lojas físicas e operação online no Brasil em 2025.

O movimento faz parte da expansão da H&M na América do Sul. Segundo a companhia, as operações serão concentradas em grandes cidades do Sudeste e a estratégia é avançar no país ao longo do tempo.

A gigante de moda abriu a primeira loja no continente em 2012, no México, e atualmente, está presente no Peru, Uruguai, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Panamá e Costa Rica.

"Com uma população de mais de 210 milhões de habitantes no Brasil e uma forte valorização da moda, há um potencial considerável de expansão no mercado", disse a H&M em comunicado.

Parceria da H&M com a Dorben Group

Essa é a segunda vez que a empresa comunica planos para atuar no Brasil.

Desta vez, a H&M fez uma parceria com a Dorben Group, responsável pelas operações de varejistas em mais de 10 países do sul-americanos, para apoiá-la nessa expansão.

Entrada da sueca não ameaça locais

A princípio, não vemos que a entrada da H&M no Brasil terá impactos sobre os principais players do varejo de moda local, Lojas Renner (LREN3) e C&A (CEAB3), principalmente porque o posicionamento da H&M provavelmente vai ser muito parecido com o da Zara.

Apesar de essas empresas lá fora serem vistas como a Renner e a Riachuelo são vistas aqui, como fast-fashion, quando elas chegam ao Brasil a realidade, principalmente de impostos, faz com que os seus preços sejam mais altos.

Como isso impacta os fundos imobiliários?


Nos shoppings, a H&M já manteve contato com Multiplan e Aliansce Sonae BR Malls, resultado da fusão entre as duas empresas. As negociações se intensificaram nos últimos meses e já há acordo assinado para identificação e seleção dos primeiros pontos, segundo informações do Valor.

Sendo assim, a perspectiva de abertura de lojas físicas pela varejista abre espaço para disputas por ocupações em shoppings centers pelo país, podendo contribuir em alguma medida para o aumento de receitas e redução da vacância dos FIIs do segmento, que já se encontra em patamares baixos.

O mesmo racional também vale para os FIIs de galpões logísticos cujos imóveis estão predominantemente localizados dentro do raio de 30 km das principais capitais, uma vez que eles poderão ter seus espaços demandados pela varejista para estocar e abastecer a sua operação online.

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