Renda Fixa: o que é, como funciona e quais são os melhores
Entenda o que é renda fixa, como funciona esse tipo de investimento, quais são suas opções, vantagens e como escolher a melhor para seu perfil

A renda fixa é um tipo de investimento conhecido por oferecer mais segurança e previsibilidade. Ela costuma atrair quem busca proteger o patrimônio e evitar grandes sustos no caminho.
Com a alta da Selic nos últimos anos, esse tipo de aplicação voltou a chamar atenção. Afinal, ela passou a entregar retornos mais atrativos — e com menos riscos do que outros investimentos mais voláteis.
Neste conteúdo, você vai entender de forma simples como funciona a renda fixa, quais são os principais tipos disponíveis no mercado e como escolher o que faz mais sentido para o seu momento
Sumário
- Como funciona um investimento em renda fixa?
- Tipos de investimento em renda fixa
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
- LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio)
- Letras Financeiras
- Debêntures, CRIs e CRAs
- Tesouro Direto
- Títulos públicos federais
- DPGE
- Quais são as vantagens e desvantagens da renda fixa?
- Risco e retorno em renda fixa
- Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?
- Como escolher o melhor investimento de renda fixa?
- 1. Conheça seu perfil de investidor
- 2. Defina seus objetivos e prazos
- 3. Avalie a liquidez
- 4. Diversifique mesmo dentro da renda fixa
- Nord Research: conteúdo para investir com mais segurança e retorno
Como funciona um investimento em renda fixa?
Quando você investe em renda fixa, está emprestando dinheiro para um banco, empresa ou até para o governo. Em troca, recebe esse valor de volta com juros — que podem ser fixos ou acompanhar algum índice, como a inflação ou o CDI.
Os tipos mais comuns de rentabilidade são:
- Prefixada: você já sabe quanto vai receber desde o início.
- Pós-fixada: o retorno acompanha um índice, como CDI ou Selic.
- Híbrida: combina uma taxa fixa com a variação da inflação (IPCA).
Além da rentabilidade, é importante prestar atenção a alguns pontos:
- Prazo de vencimento: quando o dinheiro volta para você.
- Liquidez: se é possível resgatar antes do vencimento.
- Tributação: a maioria dos ativos tem Imposto de Renda regressivo e IOF nos primeiros 30 dias.
- Garantia: alguns investimentos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos - FGC (até R$ 250 mil por CPF e por instituição).
Tipos de investimento em renda fixa
O mercado oferece várias opções. Confira as mais comuns:
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O CDB é emitido por bancos e pode ter liquidez diária ou prazo fixo. Tem cobertura do FGC e pode render de forma prefixada, pós-fixada ou híbrida.
LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio)
Indicadas para quem busca eficiência fiscal, as LCIs e LCAs são títulos ligados aos setores imobiliário e do agronegócio. A vantagem? Isenção de IR para pessoas físicas e também garantia do FGC.
Letras Financeiras
Voltadas para investidores com horizonte de longo prazo, as Letras financeiras são emitidas por instituições maiores, oferecem prazos mais longos e rendimentos mais altos. Porém, não têm cobertura do FGC.

Debêntures, CRIs e CRAs
São títulos de empresas ou securitizadoras. Têm maior potencial de retorno, mas também mais riscos. Podem ser isentos de IR, como debêntures incentivadas, CRIs e CRAs.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa criado pelo governo federal que permite a investidores pessoa física comprarem títulos públicos federais de forma simples e online. Por meio da plataforma do Tesouro, é possível aplicar valores acessíveis com alta segurança, já que esses títulos são garantidos pelo Tesouro Nacional.
Além de ser um dos investimentos mais seguros do mercado, o Tesouro Direto oferece liquidez diária e é ideal tanto para iniciantes quanto para quem busca uma alternativa estável na carteira.
Títulos públicos federais
Os títulos do Tesouro se dividem em:
- Tesouro Selic: ideal para reserva de emergência, pois tem liquidez diária e pouca oscilação.
- Tesouro IPCA+: protege seu poder de compra no longo prazo, combinando uma taxa fixa com a inflação.
- Tesouro Prefixado: oferece uma taxa fixa desde o momento da compra.
Os títulos Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado passam pela marcação a mercado, isto é, apresentam oscilações nos preços diariamente e podem apresentar até mesmo rentabilidade negativa caso o investidor venda antecipadamente em um momento de elevação das taxas negociadas. Mas, caso leve o título ao vencimento, o investidor receberá exatamente a remuneração acordada na compra do título.
Cada tipo de título atende a perfis e objetivos diferentes. Por isso, entender seu planejamento financeiro é essencial na hora de escolher.
DPGE
É uma modalidade de investimento voltada para aplicadores com valores mais altos. Criado para ampliar a captação de recursos por bancos de menor porte, o Depósito a Prazo com Garantia Especial tem proteção ampliada do FGC (até R$ 20 milhões). É comum em bancos menores, oferecendo taxas mais atrativas.
Quais são as vantagens e desvantagens da renda fixa?
Investir em renda fixa tem benefícios claros, mas também limitações. Confira a seguir o comparativo.
Vantagens
- Mais segurança, especialmente em títulos públicos.
- Retorno previsível ou mais fácil de estimar.
- Alguns produtos são isentos de IR (LCI e LCA).
- Proteção do FGC em CDBs, LCIs e LCAs.
- Acessível: você pode começar com pouco dinheiro.
Desvantagens
- Retorno limitado em juros baixos: pode ter menor atratividade com Selic baixa.
- Liquidez restrita: alguns investimentos só podem ser resgatados no vencimento.
- Tributação regressiva: quanto menor o prazo, maior o IR.
Risco e retorno em renda fixa
Na renda fixa, uma regra básica ajuda a guiar suas escolhas: quanto maior o risco, maior deve ser o retorno oferecido.
Os títulos públicos, como os do Tesouro Direto, são considerados os mais seguros da renda fixa. Na sequência vêm os investimentos emitidos por bancos e depois os títulos de empresas, que costumam ter mais riscos envolvidos — afinal, além do risco da própria empresa, entram fatores como o setor de atuação e o cenário econômico.
Por isso, sempre vale comparar: se um CDB ou uma debênture estão oferecendo uma taxa maior do que um título público, o retorno extra precisa compensar o risco adicional. E atenção: dentro das categorias de bancos e empresas, existem perfis bem diferentes — alguns mais sólidos, outros mais arriscados.
Para lidar com isso, existe um processo chamado análise de crédito, que ajuda a entender melhor o risco de cada emissor. Se você ainda não se sente confortável em fazer essa análise sozinho, buscar orientação de um especialista pode ser um ótimo caminho.

Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?
Renda fixa e renda variável são duas classes de investimentos com características distintas — e entender essas diferenças é essencial para tomar decisões mais conscientes.
A renda fixa oferece maior previsibilidade e segurança. Nela, você já sabe (ou tem uma boa estimativa) de quanto vai receber no vencimento. É o caso de aplicações como Tesouro Direto, CDBs e LCIs, que rendem com base em taxas definidas ou em indicadores como CDI ou IPCA.
Por outro lado, a renda variável não garante retorno. Investimentos como ações, BDRs e fundos imobiliários dependem da oscilação do mercado e podem gerar lucros ou perdas. Aqui, o desempenho está atrelado a fatores econômicos, resultados das empresas, política e até eventos internacionais.
Vale destacar que essas classes não competem entre si — se complementam. Enquanto a renda fixa traz estabilidade e previsibilidade, a variável oferece maior potencial de valorização no longo prazo.
Montar uma carteira que combine as duas categorias é uma estratégia eficaz para equilibrar rendimento e segurança, ajustando o peso de cada uma conforme seus objetivos, prazo e apetite por risco.

Como escolher o melhor investimento de renda fixa?
Para saber qual aplicação faz mais sentido para você, é preciso olhar para três fatores: seu perfil, seus objetivos e o tempo que pretende deixar o dinheiro investido. Veja como pensar sobre isso de forma prática:
1. Conheça seu perfil de investidor
- Conservador: prefere segurança e previsibilidade. Títulos como Tesouro Selic, CDBs de grandes bancos e LCIs/LCAs com liquidez diária são indicados.
- Moderado: aceita algum risco em troca de melhores retornos.
- Arrojado: busca maior rentabilidade e está disposto a correr mais riscos.
2. Defina seus objetivos e prazos
- Curto prazo (até 1 ano): liquidez e segurança são prioridades. Busque investimentos com resgate fácil e baixo risco.
- Médio prazo (1 a 5 anos): você pode abrir mão de liquidez em troca de retorno melhor. CDBs com vencimento e Tesouro Prefixado podem ser boas escolhas a depender do cenário econômico.
- Longo prazo (mais de 5 anos): títulos como Tesouro IPCA+ podem ser interessantes para proteger o poder de compra.
3. Avalie a liquidez
Nem todo investimento de renda fixa permite o resgate a qualquer momento. Antes de aplicar, confira se o ativo tem liquidez diária ou se o valor só poderá ser retirado no vencimento.
4. Diversifique mesmo dentro da renda fixa
Mesmo sendo uma categoria mais estável, a renda fixa oferece diversas opções. Diversificar entre emissores (bancos, empresas e governo) e prazos diferentes ajuda a reduzir riscos e aumentar o potencial de retorno.
Nord Research: conteúdo para investir com mais segurança e retorno
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