Grupo GPS (GGPS3) reporta lucro de R$ 156 milhões no 2T25

Grupo GPS (GGPS3) tem lucro de R$ 156 milhões no 2T25, com receita em alta e foco na integração da GRSA. Veja os destaques do balanço

Danielle Lopes 12/08/2025 20:00 3 min
Grupo GPS (GGPS3) reporta lucro de R$ 156 milhões no 2T25

No segundo trimestre de 2025 (2T25), o Grupo GPS (GGPS3) registrou uma receita de R$ 4,298 bilhões — crescimento de 23% em comparação com o 2T24. O Ebitda ajustado ex-IFRS16 atingiu R$ 405 milhões, avanço de 16% no mesmo período.

Destaques financeiros do 2T25. Fonte: GPS RI

O lucro líquido ajustado recuou 6% na base anual, encerrando o trimestre em R$ 156 milhões.

Aquisições contribuindo nos resultados

No 2T25, a receita líquida do Grupo GPS totalizou R$ 4.298 milhões, representando um crescimento de 23% em relação ao 2T24. Esse avanço foi impulsionado tanto por aquisições — com destaque para GRSA, RHMed e Nutricar — quanto pelo crescimento orgânico de 6%, reflexo da conquista de novos contratos mesmo em um ambiente mais competitivo e com pressão por preços mais baixos.

No trimestre encerrado em junho, a receita sem considerar aquisições totalizou R$ 3.177 milhões, equivalente a 74% do montante. Já as aquisições responderam por R$ 1.121 milhões, o que corresponde a 26% da receita do trimestre.

O Ebitda ajustado ex-IFRS16 atingiu R$ 405 milhões no trimestre, com alta de 16% frente ao mesmo período do ano anterior. Apesar do crescimento absoluto, a margem Ebitda recuou 0,6 ponto percentual, encerrando o trimestre em 9,4%. 

Essa queda na margem Ebitda foi atribuída principalmente ao impacto não recorrente de despesas relacionadas à integração das aquisições recentes, especialmente da GRSA, cuja estrutura operacional ainda está em ajuste.

O lucro líquido ajustado somou R$ 156 milhões no 2T25, queda de 6% em comparação ao 2T24. A redução da rentabilidade foi influenciada pelo recuo da margem operacional e pelo aumento das despesas financeiras, que cresceram 19% na mesma base de comparação, refletindo o maior custo da dívida e o efeito da consolidação das novas empresas adquiridas.

A margem líquida ficou em 3,6%, inferior aos 4,8% registrados no 2T24, refletindo principalmente o impacto das despesas financeiras e os custos relacionados à integração das empresas adquiridas.

Do ponto de vista financeiro, a companhia encerrou o trimestre com uma posição de caixa robusta de R$ 2.699 milhões e dívida líquida de R$ 2.584 milhões, resultando em uma alavancagem de 1,6x Ebitda ajustado dos últimos doze meses. Esse índice é 0,6x menor que o observado no 2T24, reflexo direto da geração de caixa e da eficiência na integração das aquisições.

O fluxo de caixa das atividades operacionais totalizou R$ 845 milhões no semestre, superando o Ebitda e representando 105% da geração operacional. Já o fluxo de caixa das atividades de financiamento foi negativo em R$ 647 milhões, impactado por pagamentos de dividendos (R$ 227 milhões), exercício de opções de compra de adquiridas (R$ 197 milhões) e amortização de dívidas e debêntures. 

Em contrapartida, o fluxo de investimentos foi positivo em R$ 1.383 milhões, beneficiado pelo resgate líquido de aplicações financeiras no valor de R$ 1,6 bilhão.

Integração desafia margens no curto prazo

A companhia reforçou sua visão de que 2025 será um ano desafiador, especialmente pela complexidade da integração da GRSA e pela necessidade de manter o crescimento orgânico em um ambiente competitivo. Ainda assim, segue confiante na capacidade de execução e na disciplina comercial.

Os resultados demonstram um bom ritmo de crescimento de receita, mas com impactos negativos de curto prazo sobre a rentabilidade. A tese de expansão via aquisições continua avançando, mas requer cautela quanto à preservação das margens e à evolução do lucro líquido. 

A alavancagem está sob controle e o caixa é confortável, o que reduz riscos financeiros. Ainda assim, os investidores devem monitorar a capacidade da empresa em capturar as sinergias prometidas e reverter os efeitos transitórios sobre os resultados.

Mantemos recomendação de compra para as ações de GPS.

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