Fundos imobiliários: o caminho que me levou à liberdade financeira
Descubra como os fundos imobiliários ajudaram a construir minha renda passiva e independência financeira. Uma história real e cheia de aprendizados

A independência financeira é o sonho de muitos investidores que descobrem o mundo dos investimentos. Afinal, todos querem ter liberdade e dinheiro para curtir a vida. Ser o senhor do próprio tempo, do próprio destino.
Confesso: essa é uma sensação extraordinária. E, no meu caso, os fundos imobiliários tiveram um papel decisivo para consolidar a minha independência.
A edição de hoje está mais intimista, com espaço para reflexões que vão além dos números e gráficos. Porque, para mim, o mais importante não é saber tudo, mas tentar entender os porquês.
Adoro “FII-losofar”, com a licença do trocadilho.
De onde eu vim
Vou te contar um pouco sobre mim, para que você entenda a lógica dos investimentos pelo meu olhar.
Minha história não tem nada de especial. Sou filho de servidores públicos, nascido em Brasília (DF). Eles se separaram quando éramos ainda muito pequenos. Dos três filhos, dois se tornaram funcionários públicos em Brasília: eu e minha irmã.
Fomos influenciados pelos pais? Talvez sim, mas Brasília respira serviço público. E ser funcionário público (ou melhor, servidor público) era visto como o caminho mais “tradicional” na cidade que não tem muitas indústrias e grandes empresas.
Era o “caminho mais seguro” a se trilhar. E quero que você fixe o pensamento nessas palavras: tradicional e segurança — termos que definem o setor imobiliário e, também, a mim.
Fui um “concurseiro”. Fiz vários concursos públicos e fui aprovado e convocado para assumir em cinco deles.
A primeira aprovação foi em 1988 e não cheguei nem a assumir: todos os funcionários públicos com menos de dois anos (não tinham estabilidade) e os concursados aprovados foram demitidos (ou impedidos de assumir o cargo) pelo então presidente Collor. Alguns anos depois, entrei no Corpo de Bombeiros como soldado, esperando a Procuradoria-Geral da República me convocar para assumir o cargo no qual fui aprovado.
Nesse meio tempo, fui aprovado no concurso para oficiais do CBMDF. Para minha surpresa, fui chamado na mesma época para ambos — CBMDF e PGR — e tive que tomar uma das decisões mais difíceis, ou seja, para qual lado minha vida iria a partir de então.
Escolhi o CBMDF porque tinha um melhor plano de carreira (eu iria de tenente a coronel) e conseguiria me “aposentar” (no ambiente militar usamos a palavra “reserva”) após 30 anos de serviço, independentemente da idade, ou seja, ainda jovem. Era a escolha mais lógica, foi o que pensei.

Por que escolhi o setor imobiliário
Algumas decisões que tomei ao longo da vida me trouxeram exatamente para onde me encontro agora. Embora tenhamos a tendência de achar que controlamos tudo, que somos os responsáveis pelo nosso próprio destino, na verdade, as experiências vivenciadas e a aleatoriedade influenciam nas decisões. É “herança” combinada com “sorte e revés”.
Trabalhei ainda menor de idade como assistente em uma imobiliária — quase todos os meus tios maternos eram corretores de imóveis desde o início de Brasília. Assim, aprendi a gostar do setor imobiliário. Cursei Engenharia Civil, o que também me levou nessa direção.
Nos bombeiros, trabalhei no setor de aprovação de projetos de engenharia e fiscalização de obras. Comecei a vivenciar o setor e a enxergá-lo como um caminho rumo à independência.
Meu cunhado sempre foi “do comércio” e começamos um negócio juntos: uma lanchonete arrendada. O arrendamento levava exatamente o lucro do mês, trabalhávamos muito para não ter lucro suficiente para pagar pelo nosso tempo.
E isso influenciou muito como vejo a tese de aluguel de um imóvel: o dono sempre ganha o seu, independentemente de haver lucro da empresa ou não. Havia segurança na renda do proprietário, que não dependia das minhas vendas. Esse conhecimento do setor imobiliário foi se consolidando em minha vida.
O aporte como pilar da construção patrimonial
Sempre fui superavitário. Ganhava um bom salário e sempre levei uma vida simples. O dinheiro que sobrava era investido em ativos.
A Bolsa só entrou em minha vida a partir do ano 2000. No entanto, como tive experiências com “compras e vendas”, iniciei pelo trade, só depois me tornei investidor de longo prazo. O propósito era aumentar patrimônio, não renda. Ainda não entendia esse jogo.
O grande acerto foi priorizar, desde o início, a construção patrimonial e de outras fontes de renda, provenientes, principalmente, de negócios. Na construção patrimonial, o aporte é rei! O maior erro foi achar que ganharia muito dinheiro com Bolsa, comprando e vendendo ativos.
As experiências anteriores me iludiram quanto a isso, pois ativos com baixa liquidez que eu negociava (imóveis e carros, por exemplo) podiam ser vendidos por um preço muito superior ao da compra em pouco tempo. Isso não ocorre normalmente na Bolsa, onde os ativos são líquidos e muito bem arbitrados (os negociantes de Bolsa são tomadores de preços profissionais).
Conheci os fundos imobiliários (FIIs) em 2007. Me pareceu um produto excelente, o que eu estava procurando para construir renda. Patrimônio sem renda conta história, mas não enche barriga. Com o tempo, fui conhecendo outros investidores pela internet e depois alguns pessoalmente.
Fui aumentando o conhecimento e os valores investidos em fundos imobiliários, que retornavam uma renda mensal crescente, ano a ano. Parece que eu tinha encontrado o que faltava: uma forma de produzir renda independentemente do trabalho.
O papel dos fundos imobiliários na minha renda
No início, a renda dos FIIs é bem pequena. Alguns poucos reais. Com o tempo ela cresce. Ano a ano.
Para quem é superavitário e possui uma renda extra, não é difícil fazer aportes de cerca de 30% da renda — foi o meu caso. E, a esse ritmo, em 15 anos você consegue uma segunda renda mais ou menos do mesmo tamanho da primeira, considerando-se o retorno que houve no passado. Claro que retorno passado não é garantia de retorno futuro, mas é uma boa expectativa. Não é nada impossível de se obter.
Percebi estar no caminho certo quando os aportes ficaram menores do que o valor do reinvestimento dos dividendos. A carteira começou a funcionar sozinha.
Com o dinheiro que você precisa e o tempo disponível, só viver o sonho da aposentadoria, não é mesmo? Bom, vou te contar o que ninguém te conta: para quem é pai, não dá para viajar o tempo inteiro, pois os filhos precisam frequentar escolas, os netos requerem atenção e você percebe que o lugar melhor para estar é perto da família e dos amigos — não viajando sozinho pelo mundo ou deitado em uma rede na praia.
Aposentadoria: sonho e realidade
Trabalhar por 30 anos, guardar um bom dinheiro, receber uma renda mensal proveniente da aposentadoria e dos investimentos e… viajar! Ou até mesmo ficar o dia inteiro deitado na rede (ou no sofá), em uma praia deserta ou em uma casa no campo.
Não importa a variação: esse sonho sempre leva a um lugar comum: não precisar trabalhar, ficar o tempo todo livre e ocioso, podendo ser preenchido por restaurantes, viagens e experiências. Esse é o sonho sonhado.
Fui morar um tempo na Alemanha, em 2017, onde pensei que construiria meu futuro e de minha família. Por diversos motivos, esse sonho não foi para frente — mas essa é outra conversa.
Agora vem uma reflexão: o que fazer com o tempo extra após a tão sonhada aposentadoria? E a resposta é: o que se gosta. Liberdade financeira não é ficar sem fazer nada. É usar o tempo de vida para fazer o que se gosta. Ninguém aguenta ficar uma vida inteira sem fazer nada.
Eu não aguentei nem três semanas ficando em casa e vendo minha esposa sair para o trabalho e meus filhos para a escola.
Eu gosto de ensinar, sempre fui “professor”. Também gosto de investir. Então aqui é meu lugar preferido. Faço o que gosto e sou bem remunerado para isso.
Ser livre é fazer algo produtivo, útil e que se goste. Ou não fazer! Ou seja: é ter a escolha, não a obrigação.
Os fundos imobiliários me ajudaram a consolidar minha independência financeira, por meio de uma renda passiva recorrente, mensal e crescente. É patrimônio que gera renda. Me trouxeram previsibilidade e segurança, coisas que sempre procurei em minha vida.
O emprego público me deu segurança, porém a fonte de renda vinda dele perde poder de compra ao longo dos anos, pois quase nenhuma categoria consegue reajustes que compensem a inflação anual.
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Reflexão final: liberdade é ter escolha
Para quem ainda não se aposentou, a aposentadoria fica cada dia mais difícil e distante — e os salários, cada vez mais baixos.
Fundos Imobiliários não são perfeitos, mas são uma excelente ferramenta na construção de uma renda passiva que complementa a sua aposentadoria. O caminho vale a pena, acredite.
Você não vai gostar de depender apenas de uma fonte de renda no futuro, ser dependente de governos, amigos ou familiares. Você merece algo melhor e pode construir isso com os investimentos.
Agora, reflita: se amanhã a sua única fonte de renda secasse, por quanto tempo conseguiria manter seu padrão de vida?
E, olhando mais adiante, você já tem um plano claro para se aposentar com tranquilidade?
Quer começar sua jornada com FIIs? Veja nossa carteira recomendada de fundos imobiliários e aprenda a gerar renda mensal com segurança.
A decisão é sua, mas o caminho não precisa ser solitário. Estamos juntos nessa caminhada — conte comigo para construir e proteger o seu futuro financeiro.