Fundos DI: conheça os detalhes desse investimento

Os fundos DI são alternativas seguras e de fácil resgate, ideal para reserva de emergência e diversificação da carteira. Saiba mais!

Nord Research 26/04/2023 16:20 6 min Atualizado em: 16/08/2023 11:31
Fundos DI: conheça os detalhes desse investimento

Os fundos DI são opções de baixo risco e alta facilidade de resgate, ideal para uma reserva de emergência, investidores conservadores e diversificação da carteira. Conheça outras características dessa aplicação financeira.

Se você busca investimentos mais seguros para evitar perdas, precisa conhecer os fundos DI. Do mesmo jeito, eles também são alternativas para investidores mais tolerantes a riscos, mas que querem diversificar a carteira e ter uma reserva de emergência.

Até porque, todos os passos dados no mercado financeiro envolvem riscos, maiores ou menores. Assim, ter uma reserva de emergência de alta liquidez (facilidade de resgate do dinheiro) — característica dos fundos DI — é importante.

Pensando nisso, quer saber mais sobre os fundos DI e como eles podem ser aliados dos seus planos financeiros? Continue a leitura e entenda o que são, como funcionam, vantagens, desvantagens e muito mais!

Sumário

O que são fundos DI?

Você também pode conhecê-los como Fundos de Renda Fixa Referenciados DI. Trata-se de uma modalidade de investimento que reúne vários investidores para aplicar dinheiro principalmente em títulos do Governo e outros ativos de renda fixa.

Ou seja, os fundos DI — assim como os demais fundos de investimentos — são como um condomínio residencial. Isso porque um grupo de pessoas reúne recursos para custear serviços comuns, como um playground e a manutenção do prédio, no caso do condomínio.

Enquanto isso, nos fundos de investimento, os investidores contribuem com um dinheiro que será investido em aplicações financeiras. E ainda, tanto no caso dos fundos de investimento como em condomínios, existe um responsável pelo gerenciamento em nome dos moradores ou dos investidores.

Além disso, cada um aproveita o condomínio ou os investimentos proporcionalmente ao valor investido. O ponto é que se torna mais simples, fácil e econômico investir por meio de fundos de investimento, como o DI.

Carteira de investimento

Ao escolher esse tipo de aplicação financeira, pelo menos 80% será aplicado em renda fixa, com regras de remuneração pré-definidas. Ou seja, o mercado pode se valorizar ou desvalorizar após a aplicação, a rentabilidade continua previsível e estável, em certa medida.

Dos 80% de renda fixa, 95% devem ser atrelados à Selic, taxa básica de juros no Brasil. Os demais 5% podem ser aplicados em títulos de renda fixa privados. Entre eles, Certificado de Depósito Bancário (CDI), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), por exemplo.

A determinação de porcentagem do fundo DI é feita pela Anbima, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. É ela que estipula normas para instituições financeiras, como corretoras de valores, organizando o mercado brasileiro.

Como funcionam os fundos DI?

Para encontrar essas respostas é importante entender as características deste fundo, que envolvem rentabilidade, tributação, liquidez, custos, etc. Confira!

Rentabilidade

Os fundos DI acompanham o desempenho da taxa do CDI, influenciada pela inflação, cenário político e econômico do país, etc. Em geral, quando a Selic sobe, o CDI também tende a subir. Assim, essa taxa pode ter oscilações ao longo do tempo.

Contudo, isso representa uma porcentagem pequena, em torno de 0,01% ao dia. Logo, a rentabilidade dos títulos que compõem os fundos DI aumenta ou diminui conforme a variação do CDI.

Ou seja, quando um investidor aplica em um fundo DI, ele espera obter uma rentabilidade próxima à variação do CDI. Esse fundo tem rentabilidade diária e mesmo ao sacar o valor investido no dia seguinte, já é possível aproveitar o acréscimo, conforme o CDI.

Tributação

A cobrança de impostos nos fundos DI cobra o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR (Imposto de Renda). No primeiro caso, a cobrança ocorre apenas se o resgate for feito em menos de 30 dias a partir da aplicação. Então, se o investimento ficar mais que esse período, ocorre a isenção de IOF.

Logo, quanto maior o tempo de aplicação, menor será o IOF cobrado. Por exemplo, se o resgate ocorrer no mesmo dia da aplicação, a alíquota será de 96% sobre o rendimento. Já se o resgate for após 30 dias, o valor é de 0%.

O IR também têm regras semelhantes: quanto maior o tempo de investimento, menor será o valor cobrado sobre o rendimento obtido. Quer dizer, a cobrança segue a seguinte tabela:

  • até 180 dias: 22,5% sobre o rendimento;
  • de 181 a 360 dias: 20% sobre o rendimento;
  • de 361 a 720 dias: 17,5% sobre o rendimento;
  • acima de 720 dias: 15% sobre o rendimento.

Liquidez

É possível resgatar o valor rapidamente sem que haja desconto no valor. Alguns fundos permitem o resgate em até 1 dia após a solicitação e outros no mesmo dia em que esse processo é realizado.

Custos

O custo envolvido nos fundos DI é a taxa de administração, remunerando as instituições que realizam a gestão e a administração do investimento. É como se elas fossem os síndicos de um condomínio, que zelam pelo bom funcionamento do prédio.

Quais são as principais vantagens dos fundos DI?

Esse tipo de investimento é vantajoso pela segurança oferecida, já que a maioria das aplicações é feita em títulos emitidos pelo Governo Federal.

Este é considerado bom pagador, por ter muita capacidade de arrecadar dinheiro com impostos, por exemplo. Então, investir nos melhores títulos públicos pode ser uma opção segura.

Outra vantagem é a facilidade de resgate, permitindo que o investidor tenha o dinheiro investido em pouco tempo. Isso é especialmente útil na reserva de emergência, voltada para proteger o seu patrimônio.

Quais são as principais desvantagens dos fundos DI?

Eles são opções com rentabilidade baixa, até por ter uma alta taxa de administração — cerca de 1% ao ano —, que ‘’consome’’ boa parte dos ganhos. Além disso, os fundos DI não são protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

Isso significa que em caso de falência ou outro problema das instituições financeiras que comprometa o pagamento aos investidores, não existe indenização.

No entanto, essa desvantagem pode ser compensada pela segurança de pagamento do Governo. Ainda assim, você pode perder todo o seu dinheiro com fundos de investimento se não tomar alguns cuidados, como conhecer o gestor.

Como investir em fundos DI?

É preciso abrir conta em uma corretora de valores para acessar os fundos disponíveis no mercado. A escolha do melhor para você depende do seu perfil/tipo de investidor, objetivos financeiros e particularidades do investimento.

Então, tirou as suas principais dúvidas sobre os fundos DI? Como visto, eles são aplicações financeiras de baixo risco e alta liquidez, indicados para reserva de emergência. Quanto mais você sabe buscar informações sobre um investimento, mais acertadas tendem a ser as suas escolhas.

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Resumindo

Como escolher um fundo DI?

Conheça o seu perfil de investidor, defina os seus objetivos financeiros, análise histórico do fundo, acompanhe as taxas de administração e outras informações relevantes.

Qual é o rendimento do fundo DI?

Ele acompanha o desempenho da taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e pode render 100% desse índice.

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