Frasle (FRAS3) avalia follow on de R$ 300 milhões para expansão
Frasle (FRAS3) estuda oferta subsequente de ações para captar R$ 300 milhões e ampliar presença internacional.
A Frasle (FRAS3), fabricante de autopeças controlada pela Randoncorp, está avaliando a realização de uma oferta de ações primária — que direciona os recursos para o caixa da companhia — e secundária, com a possível venda total ou parcial das ações da Dramd, holding controladora da Randon.
Em fato relevante, a companhia informou que contratou o BTG Pactual e o Itaú BBA como assessores e ressaltou que ainda irá avaliar a possibilidade da oferta.
Frasle follow on: nossa visão
A operação pode movimentar aproximadamente R$ 300 milhões, valor que consideramos relativamente baixo. Para efeito de comparação, a participação da Dramd na FRAS3 está atualmente avaliada em cerca de R$ 950 milhões.
Em nossa análise, esse montante pode servir como uma forma de testar o apetite do mercado: uma reação negativa poderia levar ao cancelamento da oferta, enquanto uma resposta mais favorável abriria espaço para um aumento no volume total da operação.
Por volta das 12h40, as ações da Frasle registravam alta de +1,55%, cotadas a R$ 27,45, em reação ao anúncio.
Desempenho financeiro e perspectivas
No primeiro trimestre de 2025, a Frasle registrou lucro líquido de R$ 70 milhões, uma queda de -35,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, a receita da companhia cresceu +58,3%, atingindo R$ 1,3 bilhão. O forte crescimento da Fras-le foi impulsionado pela consolidação da sua aquisição da Dacomsa (México), que representou cerca de 24% da receita total no primeiro trimestre.
No comunicado, a empresa ainda comunicou que descontinuou o seu guidance por ser um procedimento adotado nessas transações. Não entendemos que isso é um ponto negativo, dado que o crescimento da companhia continua e o guidance é apenas uma ferramenta para gerar mais visibilidade ao mercado.
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Mercado de capitais: retomada gradual
Caso avance, a oferta da Frasle será a quinta do tipo realizada na B3 em 2025, sinalizando uma retomada gradual do mercado de capitais brasileiro. Empresas como Caixa Seguridade, Azul, Orizon e Méliuz já concluíram operações semelhantes neste ano.
