Fórum Econômico Mundial: importância do encontro em Davos para superar os desafios globais

O Fórum Econômico Mundial discute problemas globais que influenciam o mercado financeiro e, consequentemente, as decisões de investimento.

Nord Research 20/02/2024 18:00 10 min Atualizado em: 01/04/2024 14:27
Fórum Econômico Mundial: importância do encontro em Davos para superar os desafios globais

Entenda a importância e como as discussões do Fórum Econômico Mundial influenciam as condições do mercado e impactam decisões de investimentos.

O Fórum Econômico Mundial pode impactar o cenário econômico global e influenciar as decisões de investimento e as condições do mercado. Por exemplo, o Fórum fala sobre questões globais e tendências, como o impacto da Inteligência Artificial (IA) na economia e no emprego.

Ao discutir isso, ele aumenta a conscientização sobre os desafios que as novas tecnologias trazem para o mercado de trabalho. Dessa maneira, investidores atentos ao debate sobre o impacto da IA conseguem ajustar suas estratégias de investimento.

Isso significa incluir empresas bem adaptadas às mudanças tecnológicas e evitar aquelas que corram o risco de ficar para trás.

Então, quer entender mais sobre o Fórum Econômico Mundial? Continue a leitura e fique por dentro do assunto!

O que é o Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial é uma organização internacional sem fins lucrativos sediada na Suíça. Ela reúne líderes de governos, empresas, academia e sociedade civil para discutir assuntos mundiais, econômicos e sociais.

O objetivo principal do WEF — sigla em inglês e FEM em português — é encontrar soluções para os desafios mais críticos do mundo. Entre eles, pobreza, mudanças climáticas, desigualdade e desenvolvimento econômico.

Assim, o FEM faz encontros anuais em Davos, na Suíça. Nele, diversos participantes se reúnem para participar de debates, painéis e sessões de networking. É o caso do CEO da Microsoft, Satya Nadella, o CEO da OpenAI, Sam Altman, o presidente de Israel Isaac Herzog, entre outros.

História do Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial foi fundado em 1971 por Klaus Schwab, engenheiro e economista alemão. A ideia surgiu para criar um espaço onde líderes empresariais europeus pudessem discutir os desafios econômicos.

Com isso, o primeiro encontro do FEM ocorreu em Davos, com a participação de cerca de 450 líderes empresariais de toda a Europa. Desde então, o FEM cresceu e se tornou um evento anual maior, atraindo líderes de todo o mundo.

Encontros em Davos

Os Encontros em Davos referem-se à conferência anual realizada pelo Fórum Econômico Mundial na cidade suíça de Davos-Klosters. Durante as reuniões, os participantes participam de uma série de sessões, debates e painéis sobre economia, comércio, tecnologia, saúde, etc.

Importância do Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial é importante por diversas razões. Créditos: Freepik

O Fórum Econômico Mundial é importante por diversas razões, como:

  • plataforma de diálogo global — o Fórum Econômico Mundial fornece uma plataforma para líderes mundiais, economistas, investidores e empresários discutirem questões globais;
  • colaboração multissetorial — o FEM facilita a colaboração entre diferentes setores da sociedade, como governos, empresas, academia e sociedade civil ao buscar soluções para problemas econômicos, sociais e ambientais;
  • influência nas políticas — ao reunir líderes influentes de todo o mundo, o FEM pode influenciar políticas e impulsionar a adoção de medidas concretas para enfrentar desafios globais;
  • promoção da inovação — o FEM promove a inovação ao fornecer um espaço para compartilhar ideias e melhores práticas, incentivando o desenvolvimento de soluções criativas e sustentáveis para problemas complexos;
  • responsabilidade social e ambiental — o FEM promove práticas de negócios responsáveis, incentivando líderes empresariais a considerar não apenas o lucro, mas também o impacto social e ambiental de suas atividades;
  • construção de um mundo mais justo e sustentável — ao incentivar ações e promover mudanças positivas ao nível global, o Fórum Econômico Mundial ajuda a construir um mundo mais justo, próspero e sustentável para todos.

Principais feitos e realizações do Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial tem realizações que mostram o papel significativo dele em promover a paz, cooperação global e desenvolvimento sustentável. Saiba mais!

Mediação de acordos de paz

O FEM serviu como mediador em conflitos internacionais, facilitando a assinatura de acordos de paz entre nações. Por exemplo:

  • declaração de Davos entre Turquia e Grécia em 1988 — os países estavam prestes a entrar em guerra, mas chegaram a um acordo com ajuda do FEM;
  • reuniões ministeriais entre Coreia do Norte e Coreia do Sul em 1989 — isso ajudou a abrir um canal de comunicação entre os dois países, que historicamente tinham uma relação tensa após a divisão da península coreana;
  • encontro entre Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental em 1989 para discutir a reunificação do país — encontro que iniciou conversas sobre a reunificação do país, dividido durante a Guerra Fria com a construção do Muro de Berlim.

Promoção do diálogo global

O Fórum Econômico Mundial promove o diálogo e a cooperação entre líderes de diferentes países e setores. Com isso, ele oferece um espaço para falar sobre assuntos globais e buscar soluções conjuntas.

Colaboração público-privada

O FEM facilita a colaboração entre governos, empresas, academia e sociedade civil na busca por soluções para desafios econômicos, sociais e ambientais. Isso ocorre ao incentivar práticas de negócios sustentáveis.

Inovação e desenvolvimento

O Fórum Econômico Mundial promove a inovação e o desenvolvimento. Afinal, ele reúne líderes empresariais, acadêmicos e governamentais para compartilhar ideias, melhores práticas e promover iniciativas globais positivas.

Fortalecimento das relações internacionais

Por meio de seus encontros anuais e outros eventos, o FEM contribui para fortalecer as relações internacionais. Assim, é possível criar pontes entre diferentes países, promover a compreensão mútua e a cooperação global.

Previsões do FEM para os desafios globais

Existem diversas previsões do Fórum Econômico Mundial para os desafios globais. Acompanhe!

Aumento da instabilidade global

A previsão para 2024 é que o mundo seja atormentado por crises perigosas. Entre elas, guerra, conflito, polarização política e impactos crescentes das mudanças climáticas, desestabilizando a ordem global.

Risco de catástrofes globais

É prevista uma forte instabilidade e risco moderado de catástrofes globais nos próximos 2 anos. A situação é ainda mais pessimista para os próximos 10 anos, que tende a passar por uma ordem mundial turbulenta, segundo o Global Risks Report.

Desafios relacionados ao clima

Os riscos relacionados ao clima são uma das principais ameaças mundiais, com eventos climáticos extremos liderando a lista. Inclusive, há preocupações quanto ao despreparo das nações para lidar com mudanças de longo prazo e potencialmente irreversíveis.

Propagação de desinformação

A desinformação é uma das principais ameaças a curto prazo, principalmente com a popularização da inteligência artificial.

Necessidade de cooperação global

Com a diminuição da confiança, polarização política e cenário geopolítico instável, o Global Risks Report mostra a importância da colaboração global para enfrentar os desafios. Dessa forma, fica mais fácil garantir a segurança e a prosperidade humana.

Fórum Econômico Mundial em Davos 2024

O Fórum Econômico Mundial em Davos de 2024 teve o lema “Reconstruindo a confiança”. Esse evento juntou líderes mundiais, CEOs de empresas, representantes da sociedade civil, meios de comunicação e líderes jovens de várias regiões do mundo.

O objetivo principal do evento foi trabalhar em conjunto para reconstruir a confiança e enfrentar os desafios globais de 2024. Isso incluiu discussões sobre questões como:

  • guerra na Ucrânia;
  • aumento da inflação e das taxas de juros;
  • outros riscos que afetam todo um sistema, podendo gerar incertezas e fragilidades na economia global.

Diante disso, o Fórum promoveu soluções voltadas para o futuro e enfrentar os desafios mais urgentes por meio da cooperação público-privada. Por exemplo, o Grupo Iberdrola, participou ativamente do evento trazendo perspectivas e propostas tecnológicas para melhorar o futuro e estimular o crescimento econômico.

Ignacio Galán, presidente executivo do Grupo Iberdrola, falou sobre a importância de capacitar as pessoas para aproveitar as oportunidades da transição energética. Para entender melhor, conheça as principais pautas do FEM!

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas são uma das principais pautas do Fórum Econômico Mundial. Alguns pontos discutidos sobre o assunto são:

  • reconhecimento da urgência — o FEM reconhece a urgência das mudanças climáticas, especialmente após os cientistas terem informado que 2023 foi o ano mais quente da história;
  • identificação como um grande risco global — o relatório Riscos Globais do FEM conclui que as mudanças climáticas são um dos maiores riscos que o mundo enfrenta atualmente;
  • falta de cooperação global suficiente — o relatório destaca o baixo nível de cooperação entre os líderes globais quanto às mudanças climáticas;
  • alerta sobre potencial de catástrofe global — o FEM adverte sobre os possíveis efeitos catastróficos das mudanças climáticas, como inundações, incêndios florestais e aumento das temperaturas.

Avanços na IA generativa

Os avanços na IA generativa foram pauta do Fórum Econômico Mundial devido ao seu potencial para transformar as economias. Saiba mais:

  • transformação econômica — a inteligência artificial generativa pode revolucionar setores inteiros da economia, automatizando tarefas, criando novas oportunidades de negócios e impulsionando a inovação;
  • implicações éticas — o uso da IA generativa levanta questões éticas importantes, especialmente relacionadas à privacidade, discriminação algorítmica e desigualdade social;
  • impacto nos empregos — a popularização da IA pode afetar e muito o mercado de trabalho, bem como aumentar a desigualdade social;
  • riscos para a democracia — a IA pode interferir nas eleições, principalmente sem regulamentação.

Descarbonização das indústrias

A descarbonização das indústrias refere-se ao processo de redução das emissões de gases de efeito estufa geradas por atividades industriais. Entre elas, produção de energia, manufatura, transporte e construção.

Assim, empresas e governos definem metas ambiciosas de descarbonização, como alcançar neutralidade de emissões ou emissões líquidas zero até determinados anos, como 2030 ou 2040.

Além disso, muitas empresas lançam planos de ação climática, que detalham medidas para atingir metas de descarbonização. Isso inclui:

  • investimentos
  • aumento da eficiência energética;
  • transição para fontes renováveis de energia;
  • adoção de práticas sustentáveis de produção.

A descarbonização das indústrias também traz benefícios econômicos e sociais significativos. Por exemplo:

  • criar empregos na indústria de energia limpa;
  • estimular a inovação tecnológica;
  • reduzir os custos de saúde associados à poluição do ar;
  • fortalecer a segurança energética.

Inovação e adaptação climática

Com os impactos das alterações climáticas aumentando em frequência e intensidade, líderes e comunidades devem se preparar para enfrentar esses desafios.

Diante desse contexto, a tecnologia é essencial na construção da capacidade adaptativa. Afinal, ela permite gerenciar os riscos climáticos de forma mais eficaz. É o caso de tecnologias digitais e baseadas em dados, muitas vezes integradas com inteligência artificial.

Brasil em Davos

O Brasil foi representado no FEM em 2024 por uma comitiva do Governo Federal. Créditos: Freepik

O Brasil foi representado no FEM em 2024 por uma comitiva do Governo Federal, liderada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. A seguir, saiba mais detalhes sobre a participação do Brasil nesse evento:

  • participação ministerial — a comitiva brasileira inclui ministros de diferentes pastas, como Saúde, Meio Ambiente, Minas e Energia, além de outros representantes importantes do governo;
  • temas em debate — cada representante brasileiro participa de debates e painéis específicos relacionados aos temas de suas respectivas áreas de atuação;
  • compromissos e prioridades — os representantes do Brasil destacam os compromissos do governo em relação a questões ambientais. Entre eles, o desmatamento zero, a proteção dos povos tradicionais, a democracia, a sustentabilidade e o combate à desigualdade;
  • intercâmbio de ideias e parcerias — a participação do Brasil em Davos proporciona oportunidades para o intercâmbio de ideias. E ainda, para o compartilhamento de experiências e estabelecimento de parcerias com líderes globais, organizações internacionais e setores da sociedade civil.

Conforme mencionado, o Fórum Econômico Mundial é uma organização sem fins lucrativos que discute problemas mundiais, como mudanças climáticas e desigualdade social. Indiretamente, isso impacta nas decisões de investimentos e nas condições do mercado financeiro.

Então, o nosso post tirou as suas principais dúvidas sobre o assunto? Aproveite a visita e nos siga nas redes sociais para ficar por dentro das próximas atualizações de conteúdo. Estamos no FacebookInstagramLinkedInTwitter (x)YouTubeSpotify!

Resumindo

Quem é o líder do Fórum Econômico Mundial?

O líder do Fórum Econômico Mundial é Klaus Schwab, engenheiro e economista alemão, que também é o fundador e presidente do FEM.

O que é o Fórum Econômico Mundial e qual o seu objetivo?

O Fórum Econômico Mundial é uma organização sem fins lucrativos com reunião anual para discutir assuntos globais com líderes de todo planeta. Seu objetivo é pensar em soluções para os problemas discutidos.

Quem faz parte do Fórum Econômico Mundial?

Faz parte do Fórum Econômico Mundial líderes de, no mínimo, 40 países. Entre eles, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, representando o Brasil. E ainda, chefes de estado, como Emmanuel Macron, presidente da França e o Phạm Minh Chính, primeiro-ministro do Vietnã.

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