Finanças pessoais: o que são despesas fixas e gastos variáveis?

Você sabe quanto gasta mensalmente? Entenda o que são despesas fixas e gastos variáveis e como elas podem afetar seu orçamento pessoal.

Nord Research 17/01/2024 12:00 6 min Atualizado em: 18/01/2024 12:11
Finanças pessoais: o que são despesas fixas e gastos variáveis?

Sumário

A gestão eficaz das finanças pessoais é essencial para garantir que as famílias possam se manter no dia a dia, mas muitos não organizam seus gastos mensais, impactando suas finanças. Para se ter ideia, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha em dezembro de 2023, 67% dos brasileiros não possuem reserva de emergência. E apenas 10% guardam dinheiro para se manter por um período inferior a três meses. 

Os custos familiares incluem despesas fixas, como aluguel, e variáveis, como alimentação. Sem controle, economizar para o futuro ou emergências pode ser difícil. Leia o artigo e entenda como organizar suas finanças para uma vida financeira saudável. 

O que são despesas fixas?

As despesas fixas são custos regulares e previsíveis que compõem a estrutura financeira. São compromissos essenciais que ocorrem em intervalos regulares, geralmente mensais. Alguns exemplos comuns de despesas fixas são:

  • Aluguel ou prestação da casa;
  • Condomínio;
  • Contas de água, luz e gás;
  • Internet e telefone;
  • Pagamentos de empréstimos;
  • Assinaturas de sites de streaming ou canais pagos;
  • Seguro residencial ou do carro;
  • Clubes e taxas de adesão;
  • Mensalidade de escolas ou faculdades. 

Uma despesa fixa não precisa ser, necessariamente, mensal. Por exemplo, o IPTU ou IPVA são despesas fixas, mas que ocorrem anualmente.  Quanto mais elevados forem esses custos fixos, menos preparado você estará caso surjam outros custos inesperados.

O que são gastos variáveis?

Já os gastos variáveis são mais flexíveis e sujeitos a alterações mensais. Essas despesas dependem do estilo de vida e das escolhas individuais. Não é possível prever, com precisão, quais serão os valores. 

Alguns exemplos são:

  • Compras de supermercado;
  • Refeições fora de casa;
  • Cinema;
  • Restaurantes;
  • Atividades recreativas;
  • Compras de roupas e calçados;
  • Entrega de comida ao domicílio;
  • Combustível;
  • Transporte público;
  • Manutenção do veículo;
  • Presentes. 

Custos variáveis é o mesmo que custos emergenciais?

É importante lembrar que custos variáveis e emergenciais são despesas distintas, embora ambas afetem as finanças pessoais.

Custos variáveis referem-se a despesas que podem mudar e estão sujeitas a ajustes, como gastos com lazer, compras ou despesas com entretenimento. Esses custos, geralmente, são opcionais e oferecem alguma flexibilidade para economizar.

Já as despesas emergenciais são aquelas imprevistas e urgentes, como despesas médicas inesperadas, reparos na casa ou custos relacionados a outras crises. Esses gastos são considerados necessários, mas podem ser difíceis de prever e planejar.

Por exemplo, a manutenção preventiva do seu carro é considerada um gasto variável. No entanto, se o carro quebra no meio da rodovia e você precisar pagar a franquia do seguro ou um mecânico, esse é considerado um gasto emergencial.

Estratégias para gerenciar despesas fixas e gastos variáveis

É importante saber gerenciar corretamente as despesas fixas e custos variáveis para ter uma boa gestão financeira. Confira algumas dicas de boas estratégias. 

Faça um orçamento detalhado

O primeiro passo é fazer uma lista detalhada de todas as despesas fixas e estime os gastos variáveis com base na média mensal.

Lembre-se de incluir todas as despesas fixas, desde aluguel até contas de serviços públicos. Além disso, estimativas mensais para os gastos variáveis podem ser baseadas em médias anteriores. Dessa forma, você terá uma visão melhor de seu orçamento e consegue fazer um bom planejamento financeiro

Nesse planejamento, sempre priorize as despesas fixas para garantir que compromissos essenciais sejam atendidos primeiro.

Controle os gastos variáveis

Estabeleça limites mensais específicos para gastos variáveis, como lazer e compras. Assim, você pode monitorar de perto essas despesas e identificar oportunidades de economia, ajustando seu comportamento de gastos conforme necessário para manter o equilíbrio financeiro, especialmente se você tem um salário fixo mensal.

Faça uma reserva de emergência

Mantenha uma reserva financeira para lidar com imprevistos e evitar impactos negativos nas despesas fixas.

Essa reserva atua como uma rede de segurança, impedindo que impactos negativos nas despesas fixas afetem significativamente sua estabilidade financeira. Você pode manter essa reserva no banco ou em investimentos de renda fixa, por exemplo. 

Faça uma revisão periódica do orçamento

Mudanças nos gastos variáveis ou alterações nas despesas fixas podem ocorrer, por isso, realize revisões do orçamento para acompanhar e ajustar conforme necessário. 

Revisar o orçamento com frequência é uma boa estratégia para controlar as finanças. 

Essa prática permite uma gestão financeira mais dinâmica e adaptável, garantindo que seu orçamento reflita com precisão sua situação financeira atual. O ideal é que você faça essa revisão semestral e anualmente, pelo menos. 

Mantenha os custos fixos em até 50% do seu ganho líquido

Para lhe dar a máxima flexibilidade, é recomendável manter os seus custos fixos o mais baixo possível. De modo geral, o ideal é que seus custos mensais nunca devem ultrapassar 50% do seu salário líquido.

Aliás, 30 ou 40% seria ainda melhor, mas nem sempre isso é possível dependendo de diversos fatores, como salário, do local de residência ou preço do aluguel na região. O objetivo é ajustar os custos fixos para equilibrar as despesas com a receita disponível, proporcionando uma reserva financeira para outras necessidades e imprevistos.

Investimentos são considerados custos fixos ou variáveis?

Investimentos geralmente não são considerados nem custos fixos, nem custos variáveis. Na verdade, eles são classificados como uma categoria separada e exclusiva: investimentos.

Isso porque, investimentos, como ações, títulos, imóveis e outros ativos, têm um propósito diferente. Eles são destinados a aumentar a riqueza ao longo do tempo, e os retornos desses investimentos podem variar com base nas condições do mercado. 

Além disso, os investimentos não se enquadram diretamente como custos, pois não são despesas incorridas para manter as operações diárias, mas sim estratégias que visam o crescimento patrimonial

No entanto, você pode considerar os custos associados aos investimentos, como taxas de corretagem e gestão, em suas despesas fixas, caso prefira. Mas, lembre-se apenas das taxas, uma vez que o valor investido não entra nessa categoria. 

Conclusão

Neste artigo, entendemos que a gestão eficiente das despesas fixas ou variáveis são fundamentais para um orçamento saudável e uma vida financeira equilibrada. As despesas fixas, são aqueles compromissos fixos como o aluguel. Já as variáveis são aquelas que podem variar, como gastos com lazer. 

É importante lembrar que investimentos não se enquadram nas categorias de custos fixos ou variáveis, sendo uma entidade própria com o objetivo de promover o crescimento patrimonial ao longo do tempo. 

Gostou de saber sobre esse assunto? Acompanhe o blog da Nord Research e fique por dentro de outras dicas sobre o mercado financeiro. 

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