GOLB11 BTG Pactual: vale a pena investir no ETF de ouro?
Conheça o GOLB11, o ETF de ouro lançado pelo BTG Pactual. Veja como funciona, riscos, vantagens e se vale a pena investir
O BTG Pactual Asset lançou o GOLB11, o novo ETF de ouro do Brasil, em um cenário de valorização histórica do metal precioso. Em 2025, o ouro acumula uma alta de +49%, impulsionado por incertezas geopolíticas, maior demanda dos Bancos Centrais e expectativas de cortes nas taxas de juros globais.
O GOLB11 combina contratos futuros de ouro com aplicações em títulos públicos pós-fixados (LFTs). O produto tem exposição cambial, ou seja, além do desempenho do ouro em si, a movimentação do dólar perante o real também impacta a performance do fundo.
O que é o GOLB11 e como funciona?
O GOLB11, listado na B3, replica o Índice Futuro de Ouro B3 (IFGOLD B3), que reflete o comportamento do contrato futuro de ouro mais próximo do vencimento, enquanto o caixa é alocado em LFTs, parcela que segue a Selic.
O fundo possui uma taxa de administração de 0,40% ao ano, prazo de liquidez D+2 e aplicação mínima a partir de R$ 100.
Composição e benchmark do GOLB11
O IFGOLD B3 busca refletir o desempenho do ouro negociado nos contratos futuros da B3, como se o investidor estivesse aplicando diretamente nesses contratos. Ele acompanha a variação diária dos preços futuros do ouro e também considera o rendimento do dinheiro aplicado em taxa DI de um dia, que simula o retorno do valor em caixa.
Para manter o índice sempre atualizado e evitar o vencimento dos contratos, a B3 faz uma rolagem periódica, ou seja, troca gradualmente um contrato que está perto de vencer por um novo, garantindo que o índice continue acompanhando o mercado futuro de ouro sem interrupções.
Em resumo, o IFGOLD B3 combina duas fontes de retorno: a variação do preço do ouro futuro e o rendimento da taxa DI diária sobre o valor em caixa.
A bolsa de valores brasileira lançou o índice em julho de 2025, com um valor base de 1.000 pontos, e este índice atua como referência para produtos, como o ETF GOLB11, que tem como objetivo replicar seu desempenho.
Para os leitores interessados no lado mais técnico da metodologia do índice, a imagem abaixo apresenta mais informações:

Quais são as vantagens do ETF GOLB11?
O ouro pode entrar na carteira do investidor em diferentes contextos econômicos, tanto para fim de proteção em momentos de incertezas geopolíticas quanto para capturar alfa, ou seja, foco especificamente no retorno da commodity.
Uma possível vantagem do GOLB11 é combinar derivativos (contratos futuros de ouro) e LFTs, com o caixa rendendo mesmo enquanto a posição em futuros é rolada, o que pode beneficiar a performance do produto.
No entanto, é necessário observarmos na prática se essa vantagem divulgada pelo BTG realmente irá se materializar.
Quais são os riscos de investir no GOLB11?
Apesar da forte performance do ouro, o metal está com preços mais esticados, o deixando mais sensível a correções no curto prazo.
Desde o dia 20 de outubro de 2025, por exemplo, o ouro caiu -10% em meio à redução do risco geopolítico com negociações entre EUA e China, assim como realização de lucros por parte dos investidores devido às altas valorizações ao longo do ano.
Para quem o GOLB11 é indicado?
É indicado para quem busca exposição ao ouro sem precisar recorrer ao mercado internacional ou comprar o metal físico, sobretudo para investidores moderados e arrojados, dispostos a lidar com uma possível volatilidade.
Vale a pena investir no GOLB11?
Nossa visão atual para o ouro permanece construtiva, sustentada pela continuidade da demanda dos bancos centrais e pelo cenário de incertezas que coloca o ouro como uma opcionalidade para diversificar a carteira.
Entretanto, o nível de preço já elevado exige uma abordagem cautelosa em relação ao nível de exposição. A assimetria de retorno atualmente é menor do que em períodos anteriores, como há um ou dois anos.
Diante desse contexto, o acompanhamento do cenário de perto continua sendo fundamental. Embora não recomendamos uma alocação elevada neste momento, consideramos haver espaço para uma participação moderada na carteira.

