Engie (EGIE3) reporta lucro líquido de R$ 823 milhões (+4%). Veja o que fazer com o papel
Companhia também informou as datas de pagamento dos dividendos intercalares e complementares referentes ao exercício de 2024

A Engie (EGIE3) reportou resultados acima do consenso de mercado no 1T25, alcançando uma receita líquida de R$ 3 bilhões, representando um crescimento de +16%. O Ebitda foi de R$ 2 bilhões, uma alta de +12%, enquanto o lucro líquido atingiu R$ 823 milhões, um incremento de +4%, com todos os resultados comparados ao mesmo período do ano anterior.

Atualmente nossa cobertura na Engie possui recomendação de “Compra”.
Principais destaques da Engie (EGIE3) no 1T25
A geração de energia elétrica nas usinas operadas pela Engie foi de 11,6 mil GWh (5,4 mil MW médios) no 1T25, queda de -17% na comparação anual, em especial pela menor geração nas usinas hidrelétricas, devido às condições meteorológicas menos favoráveis, que foi parcialmente compensada pelo aumento nas usinas complementares, com a entrada em operação de novos conjuntos eólicos e fotovoltaicos.
A quantidade de energia vendida (líquida das operações de trading) foi de 9,6 mil GWh (4,4 mil MW médios), +12% maior, em função, principalmente, do acréscimo do volume de venda às distribuidoras e ao ambiente livre. Assim, a receita operacional líquida alcançou R$ 3 bilhões (+16%).
Os custos operacionais cresceram +25%, resultando em um Ebitda ajustado de R$ 2 bilhões (+12%). Com o resultado financeiro (negativo) subindo +19%, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 823 milhões (+4%).
Os investimentos da empresa totalizaram R$ 1 bilhão no trimestre, queda de -70% em relação ao 1T24, enquanto a posição de caixa foi de R$ 5,6 bilhões.
Por fim, a dívida bruta atingiu R$ 26,3 bilhões e, assim, sua dívida líquida (dívida bruta - caixa) ficou em R$ 20,7 bilhões, encerrando o trimestre com uma alavancagem (dívida líquida/Ebitda) de 2,7x (vs. 2,3x no 1T24).

O que esperar da Engie (EGIE3) para 2025
Para 2025, podemos esperar que a companhia continue investindo em seu portfólio, já que possui R$ 8,5 bilhões de investimentos comprometidos para o período de 2025 a 2027.
Outro aspecto relevante é o retorno que a empresa consegue gerar sobre o capital próprio e de terceiros (dívida). Nesse sentido, o ROIC da Engie, apesar de ter recuado -1,8 p.p., para 16%, ainda se destaca como um dos mais altos da bolsa, o que oferece boa visibilidade sobre a eficiência de seus investimentos.
Considerando a sólida capacidade operacional da Engie, os novos investimentos em andamento, a excelente rentabilidade e o nível de alavancagem controlado, acreditamos que a empresa continuará a gerar bons retornos para os acionistas. Assim, mantemos uma visão positiva e sustentável para a companhia.
Engie anuncia novos dividendos
Além dos resultados, a Engie definiu o dia 27 de maio de 2025 para o pagamento dos dividendos intercalares (~R$ 1,14 por ação) referentes ao exercício de 2024, enquanto os dividendos complementares (~R$ 0,88 por ação) serão pagos no dia 23 de dezembro de 2025. O dividend yield da Engie dos últimos 12 meses é de 6%.
Vale a pena comprar Engie (EGIE3) após lucro do 1º trimestre?
Posicionada em um setor previsível e resiliente, além dos ótimos níveis de rentabilidade, a Engie apresenta excelentes perspectivas de crescimento de lucros e também de distribuição de dividendos. Negociando a 10x lucros (abaixo da média histórica da Bolsa), reiteramos nossa recomendação de compra para EGIE3 na carteira Nord Dividendos.
Para investir nas ações da Engie é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker EGIE3.

