Cenário econômico mundial na reta final de 2023 e os seus investimentos
Economia global aponta para crescimento consistente e tudo isso é grandioso demais para você ignorar. Descubra o que está por vir
Na última terça-feira,14, observamos um rali dos mercados globais depois de dados de inflação americana melhores do que o esperado.
Tanto o número cheio quanto os núcleos de inflação mostraram a continuidade da desinflação para números mais próximos da meta.
Se a inflação americana está de fato caindo e se aproximando da meta, significa que o atual patamar de juro (5,5%) está sendo suficiente para desaquecer a economia. E se isso é verdade, o patamar atual eventualmente terá que ser reduzido.
Ou, pelo menos, esse é o script que o livro-texto sugeriria para descrever esse processo.
Mas uma coisa muito esquisita anda acontecendo nos EUA e no mundo.
A inflação está caindo, mas a atividade não.
Cenário econômico mundial no fim de 2023
O que faz a inflação cair em um ciclo de aperto monetário é a atividade fraca ou a recessão.
Os juros sobem, retraindo o crédito e fazendo com que as pessoas consumam menos. Se as pessoas consomem menos, as empresas vendem menos. As empresas que vendem menos acabam demitindo alguns funcionários. Esses funcionários perdem seus salários e consomem menos. E assim gira a roda.
No entanto, quando olhamos para os dados de atividade americana, vemos uma atividade ainda forte, com um mercado de trabalho ainda aquecido, sem nenhum sinal de recessão.
Então, como é que podemos explicar essa grande desinflação sem a necessária queda na atividade?
Será que a inflação caiu por mágica?
Essa foi a discussão que tivemos nesse final de semana do Clube Nord. O clube é uma junção de um grupo bem seleto de investidores e nos reunimos de 3 a 4 vezes por ano para discutir profundamente temas econômicos e teses de mercado.
Nas eleições, por exemplo, chamamos o ex-presidente Michel Temer para falar sobre o novo governo.
Quando a bolsa estava deprimida abaixo de 100 mil pontos, conversamos sobre se esse seria ou não o melhor ponto de compra da história da bolsa. Na época, ficou discutido que sim. E olha onde a bolsa está agora...
Desta vez, discutimos duas coisas, a queda mágica da inflação e a revolução da inteligência artificial.
Segue aqui um breve resumo da razão de a inflação ter cedido sem que a atividade tivesse que cair.
Razões pelas quais a inflação nos EUA está desacelerando
Segundo Fabio Kanczuk, economista do ASA e ex-diretor do Banco Central, que estava conosco nesse encontro, só tem uma coisa que explica uma queda de inflação com atividade forte: choque de produtividade.
O choque de produtividade é o único fenômeno que permite que a desinflação aconteça ao mesmo tempo de um crescimento econômico. Épocas como a Revolução Industrial, por exemplo, permitiram uma produção em larga escala, com custos marginais decrescentes e crescimento da produção.
A internet também revolucionou o mercado, com melhora da eficiência na comunicação e execução.
A entrada da China no mercado de trabalho mundial, com produtos mais baratos, também permitiu crescimento com queda nos preços.
Mas então, o que estaria provocando o choque atual?
Alguns candidatos aparecem como preferidos na minha cabeça:
1. Trabalho remoto
A pandemia fez com que milhares de pessoas passassem a trabalhar remotamente, inclusive pessoas que já estavam fora da força de trabalho, por exemplo, as mulheres. Além disso, o mercado de trabalho potencial passou a ser global, com pessoas do mundo todo podendo trabalhar para qualquer empresa, no que eu chamo de globalização da mão de obra.
2. Inteligência Artificial
Com o aniversário de um ano do lançamento do ChatGPT, já podemos ver diversos tipos de trabalho sendo executados em muito menos tempo do que demoravam antes. A automatização dos processos com personalização da experiência é um ganho imenso de produtividade.
Esses fenômenos podem nos colocar em um cenário bem diferente do que os economistas pintavam até então.
Uma revolução silenciosa
Não teremos mais a tão esperada recessão americana. Teremos crescimento e inflação controlada.
Isso significa que provavelmente os juros não vão cair tão cedo, ou não podem cair muito. Por outro lado, significa também que os ativos de risco não vão sofrer uma correção.
Nos EUA, as ações ligadas à inteligência artificial estão com preços bem salgados. As oportunidades são escassas, mas estamos tentando encontrá-las para recomendar para você no Nord Global.
Mas o fato é que as ações que subiram fazem parte da infraestrutura da Inteligência Artificial. Talvez tenham outras ações, de empresas inclusive de outros setores, que se beneficiam mais da IA do que a própria NVIDIA.
O Facebook, por exemplo, foi uma das empresas que mais se beneficiou da internet e que não tem nada a ver com a própria infraestrutura da internet. Entende?
São essas empresas que temos que ir atrás.
Aqui, no Brasil, as empresas vão demorar um pouco mais para se adaptar à tecnologia, mas isso também vai acontecer, com o grande benefício de elas estarem muito baratas.
A IA pode melhorar a perfuração de campos de petróleo, com perfurações mais assertivas. Pode melhorar a logística, indicando o caminho mais eficiente. Pode distribuir melhor a energia ao longo da cadeia, sem picos de consumo. Pode dirigir carros ou robôs de entrega. Pode fazer uma cirurgia complexa. Pode melhorar a informação que você recebe sobre investimentos.
Enfim...
O mundo será outro. Completamente outro. Estamos apenas começando. Tem muito crescimento para vir e tudo isso é grandioso demais para você ignorar. Está na hora de virar o leve do seu barco para essa grande tendência.
Se precisar de ajuda, estaremos bem de olho no tema tanto no Nord Global quanto nos diversos produtos de ações Brasil da Nord.
Inclusive, estamos na Black Week, e essa é a melhor oportunidade do ano para você fazer parte das assinaturas!
Ainda, se quiser fazer parte do Clube Nord e discutir as principais tendências de investimento, como as que discutimos hoje, em eventos presenciais e exclusivos, clique aqui.
